Thursday, August 25, 2011

A crise do Brasil de nossos dias e a sua única possível solução

A crise do Brasil de nossos dias e a sua única possível solução*




As graves denúncias de corrupção no Ministério do Turismo, somadas a todos os demais escândalos no mesmo sentido que temos tido desde o início do (des)governo Rousseff, só demonstram o quanto nosso sistema está assentado sobre paradigmas falidos e o quão grave é a crise que ora assola o Brasil, assim como todo o Mundo, e que é, antes de tudo, a crise do Homem. Isto porque o homem de nossos dias é um ser desenraizado, que, segundo pondera Heraldo Barbuy, em oração de paraninfo intitulada Sumo Bem e suma riqueza, trocou o culto de Deus, o Sumo Bem, pelo culto das riquezas materiais, buscando a sua acumulação ilimitada. É um ser sem Tradição e sem Pátria, que, para citarmos o poeta Paulo Eiró, “sonha monumentos e só ruínas semeia, para pousada dos ventos”.

Não mais se aprende a amar a Pátria acima de tudo, exceto de Deus e dos valores morais e sociais. Não mais se aprende a colocar o Bem Comum acima do bem particular. Não mais se aprende a valorizar a sabedoria e a honestidade, hoje desprezadas em face do dinheiro e da “esperteza”. São estes apenas alguns traços não apenas da crise brasileira, mas de toda a crise do Mundo Moderno, que é o Mundo antinatural, antitradicional, liberal-burguês por excelência, ou, em uma palavra, o Mundo que vive sob o signo do Império de Calibã, do Império do Bezerro de Ouro, ou do Império de Mamon.

Nosso sistema jurídico-político não está de acordo com a nossa História, com a nossa Tradição, os nossos costumes, a nossa vocação de Império, não brotando nossas instituições da natureza e da experiência, mas sendo produtos abstratos da razão, copiados de povos estrangeiros e criados para um Homem e uma Sociedade que não existem nem tampouco existirão. Avessa à Constituição Natural, Tradicional, Social e Histórica da Nação Brasileira, nossa ordem jurídico-política não espelha o País real, o Brasil Profundo, Autêntico e Verdadeiro, se constituindo, antes, em um conjunto de estatutos de natureza ideológica. Alicerçada, pois, em mitos, quimeras, nossa ordem jurídico-política é um grande edifício erigido sobre a areia, estando, pois, destinada a cair por terra.

Ainda profundamente inspirada nos velhos e mofados princípios da ideologia liberal, assassina da verdadeira Liberdade e da Democracia autêntica, a democracia brasileira não é uma verdadeira Democracia, mas um véu de escárnio, ou, como diria Goffredo Telles Junior, um “manto de irrisão”.

O Estado Brasileiro, dominado por uma classe política corrupta por excelência e servidora dos interesses dos grandes grupos econômico-financeiros internacionais, por partidos que não passam de quadrilhas que só querem enriquecer à custa do Bem Comum e impor seus viciados juízos, de forma arbitrária, a toda a Sociedade, dividindo e infelicitando a Nação, bem como a desviando de sua vocação histórica.

A representação política, inspirada em mitos liberal-democráticos há muito derrotados no embate com os fatos, a exemplo daqueles do “Sufrágio Universal”, da “Soberania do Povo” e da “Vontade Geral”, não passa de uma grande impostura, como reconhecem todos os que se debruçam sobre a realidade nacional, desde o mais humilde e iletrado campônio de nossos sertões ao jurista, pensador ou cientista social.

No campo da Filosofia impera, em nosso País, uma verdadeira babel, um ecletismo absoluto, em que se misturam confusamente as correntes filosóficas mais distintas, cujo único elo se encontra na aversão votada à Verdade, à Tradição, à natureza e à realidade,

Economicamente, o Brasil ainda é escravo do odioso sistema capitalista, sendo vital salientar que o capitalismo, que não se confunde com a Propriedade, sendo, antes, um destruidor desta, pode ser definido como o sistema econômico caracterizado pela separação entre o Trabalho e o Capital, com a supremacia deste sobre aquele, e em que o crescimento ilimitado deste é considerado o objetivo final e único de toda a produção. Cumpre ressaltar, ainda, que o comunismo marxista, filho do liberalismo, se baseia nas mesmas premissas materialistas deste, e que todos os Estados controlados pelos adeptos do credo marxista foram ou são Estados regidos pelo sistema do capitalismo de Estado, que, em nossos dias, especialmente na China, convive muito bem com o capitalismo individualista.

Encerremos este artigo. Que, no momento de crise em que vivemos, possamos proclamar a imperiosa necessidade de restauração do Homem Tradicional, do Homem Integral, ou, simplesmente, do Homem, como ser formado de corpo e alma, de matéria e espírito, e dotado de inteligência e livre-arbítrio, cujo fim último é Deus e que deve praticar, em sua passagem pela terra, as virtudes que o nobilitam. Que, no momento de crise em que vivemos, possamos pugnar por uma ordem jurídico-política autêntica, de acordo com o Caráter Nacional, e por uma Democracia Integral, uma Democracia Orgânica em que haja efetiva representação e participação popular, por meio dos Grupos Naturais componentes da Sociedade. Que, no momento de crise em que vivemos, possamos lutar pela restauração do primado da Filosofia Tomista, a única verdadeiramente realista e a única capaz de realmente responder aos problemas que assolam o Mundo. E que, no momento de crise em que vivemos, possamos, por fim, defender a edificação de uma Nova Ordem Social e Econômica, que nada tem que ver com a denominada “Nova Ordem Mundial”, cujos princípios antinaturais e antitradicionais deploramos, sendo, ao contrário, a Ordem Social e Econômica Cristã, Solidarista, Sociedalista e Distributivista, inspirada, antes e acima de tudo, nas perenes lições dos Santos Evangelhos. É do triunfo de tais princípios que depende a salvação deste nosso vasto Império da Terra de Santa Cruz-Brasil.





Por Cristo Rei e pela Terra de Santa Cruz!

Victor Emanuel Vilela Barbuy

São Paulo, 16 de agosto de 2011-LXXVIII.





*Publicado na edição da Gazeta de Jarinu de 19 de agosto de 2011 (ano I, nº 34, p. 3).

Sunday, August 21, 2011

Nota de pesar pelo falecimento de Nilza Perez


Nilza Perez
É com profundo pesar que vos comunicamos a notícia de que, no último dia 12 de agosto, entregou sua alma a Deus nossa companheira Nair Nilza Perez de Rezende, ou, simplesmente, Nilza Perez, como se tornou mais conhecida.

Escritora, jurista, jornalista e advogada militante, Nilza Perez, que nasceu em Leopoldina, Minas Gerais, a 02 de janeiro de 1919, se mudando aos quinze anos para o Rio de Janeiro, onde aderiu ao Integralismo, ingressando na Ação Integralista Brasileira, pertenceu à Câmara dos Quatrocentos, órgão consultivo que reunia expressivas figuras do Movimento do Sigma. Em 2005, o documentário O soldado de Deus, de Sérgio Sanz, exibiu magníficos trechos de um depoimento em que Nilza falou a respeito do Integralismo e de sua trajetória neste Movimento, a cuja Doutrina se manteve fiel até o fim de sua passagem pela terra.

A primeira advogada trabalhista do Rio de Janeiro e a primeira mulher a fazer uma sustentação oral no Supremo Tribunal Federal, Nilza Perez, por sua intensa atividade como advogada trabalhista, foi agraciada com a medalha da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, no grau de Comendador, pelo Tribunal Superior do Trabalho, e com a medalha da Ordem do Mérito do Trabalho, no grau de Cavaleiro, pela Presidência da República.

Uma das grandes mulheres do Integralismo, ou, se preferirdes, das mulheres de mil do Movimento Sigmático, Nilza Perez, heroica paladina dos nobres valores cristãos, patrióticos e nacionalistas no sentido sadio e edificador do vocábulo “nacionalismo”, continua viva em nossos corações e em seu legado. E permanecerá como um exemplo a todas as mulheres esta grande brasileira que lutou pela dignidade da mulher, sem cair nos erros de tantas “feministas” inimigas da Tradição e da Família, mas, ao contrário, erguendo bem alto o facho dos valores perenes sintetizados pela divisa “Deus, Pátria e Família”.

Nilza Perez! Presente!



Victor Emanuel Vilela Barbuy, Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira.

São Paulo, 18 de agosto de 2011-LXXVIII.

Saturday, August 13, 2011

Celso Amorim e o Ministério da Defesa

Celso Amorim e o Ministério da Defesa*




Como todos bem sabemos, a Sra. Dilma Rousseff, a pedido de seu padrinho “Lula”, nomeou no último dia 04 de agosto o Sr. Celso Amorim Ministro da Defesa, em um dos atos mais vergonhosos desde o início de seu vergonhoso (des)governo e que só demonstrou que a tão decantada “deslulização” do (des)governo Dilma, isto é, o suposto afastamento da cria de seu criador, não passa de um mito, como temos denunciado à exaustão desde o princípio.

“Esquerdista” confesso, apoiador de tiranos como os irmãos Castro, de Cuba, e Omar Hassan al-Bashir, do Sudão, e de tiranetes como Hugo Chávez da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, Celso Amorim, como Ministro das Relações Exteriores do (des)governo “Lula”, conduziu a nossa política externa de forma ideológica, contrária ao interesse nacional e às tradições brasileiras e de acordo com os interesses do “bolivarianismo” chavista.

Claro e lamentabilíssimo exemplo da política externa de Amorim se deu na desastrosa atuação do “nosso” (des)governo na crise hondurenha, apoiando o candidato a tirano José Manuel Zelaya, que violara a Constituição hondurenha e colocara em marcha um golpe contra as instituições democráticas daquele país ao propor a reforma da Carta Magna, com o claro propósito de se perpetuar no poder. Como sabemos, a Justiça hondurenha cassou o mandato de Zelaya por ele haver pleiteado a reeleição, o que é inconstitucional naquele país, e então as Forças Armadas, usando o poder que lhes é facultado pela Constituição, de que são garantidoras, depuseram o tiranete. Enfim, tudo se deu legalmente, constitucionalmente, como demonstrou a insuspeita “Comissão da Verdade”, que a “esquerda” internacional exigiu que fosse constituída para apuração dos fatos e que foi estabelecida pela Organização dos Estados Americanos (OEA), dirigida pelo socialista chileno José Miguel Insulza, apoiador de Zelaya. O relatório da referida comissão, que saiu no último mês de julho, demonstrou que Zelaya e sua camarilha foram os únicos responsáveis pela crise hondurenha e os únicos golpistas e que o Judiciário e as Forças Armadas agiram plenamente de acordo com a Constituição hondurenha.

Ao contrário do que proclamam os adeptos da ideologia “petista”, não foi graças a Celso Amorim e ao (des)governo “Lula” que o Brasil passou a desempenhar um papel de relevo no concerto internacional. O papel de relevo que o Brasil tem desempenhado nesse campo se dá, em verdade, graças à sua importância natural e apesar de Amorim e do (des)governo petista e, ademais, nem se compara ao papel de relevo que o Brasil desempenhou durante o Império e - sob a égide do Barão do Rio Branco, um dos “homens de mil” do Império, para empregarmos a expressão de Oliveira Vianna – também durante os primeiros anos da República, cumprindo assinalar que naquele tempo a nossa política externa, ao contrário daquela de hoje, se dava de acordo com as tradições nacionais e o interesse nacional e não por razões de caráter ideológico.

Julgamos inadmissível que um homem que claramente odeia tudo aquilo que as Forças Armadas da Nação representam e que sempre se pautou pela ideologia e não pelas tradições, pelo interesse e segurança nacional ou pela realidade seja Ministro da Defesa. E estamos quase certos de que, infelizmente, Amorim não cumprirá o “recado” que lhe foi dado pelo General Augusto Heleno, no Jornal da Noite, da Rede Bandeirantes de Televisão, de 05 de agosto último, no sentido de que “as Forças Armadas são instituições de Estado, apolíticas, apartidárias” e de que o “comprometimento ideológico tem repercussão altamente negativa no meio militar”.

Por fim, cumpre ressaltar que as Forças Armadas não têm ideologia, mas têm doutrina, sendo equivocada a confusão que hoje em dia se faz entre ideologia e doutrina, bem como entre ideologia e ideário ou programa político, como restou demonstrado por diversos pensadores políticos de relevo, sendo a ideologia um conjunto de princípios e normas práticas de caráter apriorístico e abstrato, criado pela mente humana, não resultando da Tradição e da experiência histórica e sendo investido de valor dogmático. Daí o historiador e pensador tradicionalista português João Ameal, propugnador, como nós, do verdadeiro Nacionalismo, se insurgir, na obra Europa e os seus fantasmas, contra a afirmação de que o nacionalismo seria uma ideologia, afirmando que o Nacionalismo “será a doutrina que preconize e mantenha o culto da realidade-nação, que estimule os homens a subordinarem os interesses particulares ao nobre imperativo do interesse nacional” [1].



Por Cristo Rei e pela Terra de Santa Cruz!

Victor Emanuel Vilela Barbuy.

São Paulo, 09 de agosto de 2011



[1] AMEAL, João. Europa e os seus fantasmas. Porto: Livraria Tavares Martins, 1945, pp. 292-293.





*O presente artigo foi publicado, com o título Ao correr da caneta (5), na última edição do semanário Gazeta de Jarinu, de Jarinu-SP.





Tuesday, August 09, 2011

Nota de pesar pelo falecimento de Hélio Pellegrini

Hélio Pellegrini
Havendo sido informados da passagem do ínclito companheiro Comendador Hélio Pellegrini para a Milícia do Além, ocorrida no último dia 05 de julho, consideramos oportuno fazer uma homenagem, singela porém sincera, a esse grande Brasileiro e Integralista que dedicou tantos anos de sua longa vida à luta por um Brasil Maior e Melhor.
Defendendo sempre a tríade “Deus, Pátria e Família”, nobre como nenhuma outra, o companheiro Comendador Hélio Pellegrini sempre pugnou por um nacionalismo justo, equilibrado, sadio e edificador, uma Democracia Orgânica-Integral, uma Sociedade Orgânica, um Estado Ético e uma Economia Solidária e Ética.
Nascido em Ribeirão Preto a 18 de abril de 1920, Hélio Pellegrini ingressou, ainda bastante jovem, na Ação Integralista Brasileira (AIB), primeiro “movimento de massas” da História do Brasil e primeiro partido de âmbito nacional desde o fim do Império, que constituiu o mais extraordinário grupo da intelectualidade nacional. Mais tarde, ingressou no Partido de Representação Popular, que levou adiante os ideais cristãos, patrióticos e nacionalistas do Integralismo entre os anos de 1945 e 1965. Por tal Partido foi Vereador em Monte Aprazível de 1956 a 1959 e de 1960 a 1963, presidindo a Câmara dos Vereadores daquele Município de 1959 a 1960 e em 1963. Em 1964, participou ativamente do Movimento cívico-político-militar de 31 de Março, que culminou na deposição do demagógico governo de João Goulart.
Major honorário do 17º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo, a Força Pública Paulista de tão gloriosa história, Hélio Pellegrini foi fundador da Sociedade dos Veteranos de 1932 – MMDC, Núcleo Coronel Nelson de Paula Campos, que presidiu entre os anos de 1994 e 1996. Foi também Técnico da Profilaxia do Tracoma, do Instituto do Tracoma e Higiene Visual do Estado de São Paulo. Foi, ainda, Presidente do Jockey Club de São José do Rio Preto de julho de 1974 a janeiro de 1975, Presidente do Movimento Cívico Rio-Pretense (MOCIRP) em 1976 e um dos fundadores do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de São José do Rio Preto.
Estamos certos de que o companheiro Comendador Hélio Pellegrini jamais morrerá, pois viverá eternamente ao lado de Deus, princípio e fim de todas as coisas, e também em nossos corações, servindo de exemplo a todos os verdadeiros patriotas e nacionalistas desta Terra de Santa Cruz-Brasil.
Sejam estas tão singelas palavras minha homenagem ao grande Soldado de Deus e da Pátria e Bandeirante do Brasil Profundo, Autêntico e Verdadeiro que foi e é Hélio Pellegrini.

Hélio Pellegrini! Presente!


Victor Emanuel Vilela Barbuy, Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira.

São Paulo, 08 de agosto de 2011-LXXVIII.

Saturday, August 06, 2011

Ao correr da caneta (4)

Ao correr da caneta (4)*




Recente pesquisa do insuspeito IBOPE demonstrou que a maioria dos brasileiros é contrária à união entre pessoas do mesmo sexo e à decisão do STF que, violando não só a Constituição, mas também a Lei Natural, a Ordem Natural, a Lei Eterna e a Lei Divina Positiva, considerou que os pares homossexuais podem ser considerados “entidades familiares”. A baixíssima audiência da telenovela Amor e Revolução, do SBT, que não apenas deturpa vergonhosamente a História Pátria, achincalhando as Forças Armadas da Nação e fazendo a apologia do comunismo e do terrorismo, mas também promove o homossexualismo, igualmente demonstra que o povo brasileiro rejeita este vício de tão nefastas consequências no campo moral e social. O mesmo podemos dizer do desagrado de parte considerável do público da novela Insensato Coração, da Rede Globo de Televisão, com a apologia que este folhetim televisivo vem fazendo do homossexualismo e do nefasto PLC-122, que pretende criminalizar qualquer crítica ao homossexualismo, sendo por isso chamado por alguns de “lei da mordaça gay”.

Para nós, a verdadeira e autêntica Democracia não tem sua base na vontade da maioria, na tirania do número, no despotismo da quantidade, mas sim em Deus, Princípio e Fim de todas as coisas e Destino Supremo da Pessoa Humana, se inspirando nos perenes ensinamentos do Evangelho. Para nós não há que se falar, outrossim, em leis contra aquilo que é justo por natureza e de acordo com a Lei Eterna e a Lei Divina do Decálogo e dos santos Evangelhos, ainda que contem tais leis com o beneplácito das multidões. Daí afirmarmos que mesmo que contasse com o apoio da maior parte dos brasileiros, o que felizmente não ocorre, não seria justa a equiparação da união homossexual ao casamento e à família, do mesmo modo que jamais será uma verdadeira Democracia o país que violar a Ordem Natural e qualquer uma das leis que antecedem as leis humanas.

Mesmo, porém, aqueles que ainda acreditam no velho e mofado mito liberal-democrático da “vontade popular soberana e onipotente” e em outras quimeras que infelizmente ainda norteiam a vida política nacional certamente também não aceitarão o “casamento” ou a “família” homossexual e deverão proclamar, conosco, que não há Democracia no Brasil, ainda que seus argumentos, ao contrário dos nossos, não se baseiem na Religião, na Moral, no Direito, na História e na Sociologia, mas sim na opinião expressada pela maioria. E cumpre ressaltar que tomamos o homossexualismo apenas como exemplo, havendo na hora presente diversos outros exemplos de atos e fatos contrários à Moral e à Natureza e, como tais, altamente prejudiciais ao Bem Comum, e também rejeitados pela maior parte da população brasileira, mas que os últimos (des)governos vêm tentando impor. O PNDH-3, do (des)governo do autoproclamado Partido dos Trabalhadores, está cheio de tais exemplos, assim como já estavam os PNDHs 1 e 2, que remontam ao (des)governo FHC.

Assim, tanto nós outros, adeptos da autêntica Democracia, da Democracia Orgânica, da Democracia Cristã de um Toniolo e de um Leão XIII, de um Cardeal Cerejeira e de um Plínio Salgado, quanto os adeptos da liberal-democracia, cujos erros não cansamos de denunciar e que consideramos a praga destruidora da verdadeira Democracia, concordaremos em afirmar que a Democracia não existe no Brasil de nossos dias. Para nós outros, adeptos da autêntica Democracia, há ainda a agravante no sentido de que o atual (des)governo, como, aliás, todos os que temos tido há décadas, não promove efetivamente a Justiça Social, servindo, antes e acima de tudo, aos interesses dos grandes grupos econômicos e financeiros internacionais.

Já que falamos em Justiça Social, julgamos oportuno recordar, para o governo de certos “liberal-conservadores”, que tal termo foi cunhado pelo jesuíta italiano Luigi Taparelli D’Azeglio, magno mestre tomista do Direito Natural, para quem tal forma de justiça nasce espontânea da ideia do Direito, devendo “igualar de fato todos os homens naquilo que diz respeito aos direitos de humanidade” [1]. E já que falamos dos “liberal-conservadores”, reputamos relevante sublinhar que é triste ver tantos cristãos se proclamarem discípulos do judeu Von Mises e do ateu Von Hayek, críticos abertos da Doutrina Social da Igreja, e julgando poder servir a um só tempo a Deus e a Mamon, a Cristo e ao Bezerro de Ouro, bem como defender os tradicionais valores cristãos e ao mesmo tempo o sistema liberal-capitalista, principal destruidor de tais valores.

Era isto o que tínhamos a dizer.



Por Cristo Rei e pela Terra de Santa Cruz!

Victor Emanuel Vilela Barbuy, São Paulo, 03 de agosto de 2011.

[1] TAPARELLI, Luigi. Saggio teoretico di Dritto Naturale appoggiato sul fatto. Livorno: Vincenzo Mansi Editora, 1843, p. 151.


* Publicado na edição da Gazeta de Jarinu de 05 de agosto de 2011