Por Eduardo Ferraz
Escondendo os rostos com capuzes, toalhas e camisas na cabeça, uma horda de marginais equipados com pedaços de madeira e barras de ferro parecia estar se sublevando em algum complexo prisional brasileiro. Com tática similar às identificadas em rebeliões nas unidades de detenção, os marginais invadiam as salas aos berros para intimidar quem estivesse presente e procuravam por alvos pré-determinados, como as câmeras de segurança.
No entanto, era composto o punhado de vândalos por “estudantes” da Universidade de São Paulo (USP). Vestindo moletons de marcas famosas e calçados importados, os “revolucionários” invadiram o prédio da Reitoria da universidade em protesto contra a desocupação de outro prédio do campus e também contra a abordagem policial que flagrou três alunos com maconha no estacionamento da faculdade.
É fato que a Polícia Militar agiu corretamente em todos os momentos, desde a detenção dos delinqüentes que consumiam maconha – pois, apesar de infelizmente não ser mais punido com pena de reclusão, o consumo de maconha, como de qualquer outra droga ilícita, continua sendo crime – à ordeira desocupação do prédio da reitoria durante a madrugada de terça (08/11).
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Como se fosse insuficiente apresentar provas dos sucessivos crimes praticados pelos marginais e mesmo a manifestação em favor da presença da Polícia Militar no campus organizada pelos verdadeiros estudantes da USP, é possível apresentar outros argumentos e dados que corroboram a necessidade e a legitimidade da permanência da polícia no local. Segundo dados publicados no jornal O Estado de São Paulo, por exemplo, nos poucos meses de presença da polícia no campus os furtos a veículos caíram 92,3%, os roubos tiveram queda de 66,7% e os delitos de lesão corporal diminuíram 77,8%.
A presença da polícia no campus não é um fato que se discuta! Ao contrário do que pregam os aspirantes a intelectuais do PSTU e do PCO – diretamente envolvidos no problema, a universidade não dispõe de soberania, como se fosse um país ou uma cidade-estado dentro da cidade de São Paulo. Ela dispõe de autonomia, como qualquer autarquia dedicada a uma atividade técnica. Autonomia não é soberania. A presença da polícia em qualquer lugar do Brasil não pode ser restringida em função de meia dúzia de revoltados que pretendem criar nas cidades brasileiras uma zona livre para a ação criminosa – no caso o tráfico de drogas.
Paredes da reitoria foram pixadas com ilustrações, digamos, interessantes.
PSTU e PCO, por sua vez, além de realizarem defesa pública da legalização das drogas, defendem em suas páginas e folhetos que os estudantes seus militantes resistam àquilo que chamam de “militarização da universidade”. Até mesmo um abaixo assinado que revela o nome e a localização de professores possivelmente comprometidos com a “revolução” nas diversas universidades foi disponibilizado como forma de demonstrar apoio público à ação militante do partido. O que explica então a resposta dos militantes marxistas: convocar ontem (09/11) nova assembléia e decidir pela greve geral (?) na universidade.
Veja, a pergunta é necessária: para que serve uma greve de estudantes? Em uma greve de estudantes de universidade pública não é possível identificar outro prejudicado que não seja o próprio estudante de universidade pública. A lógica é essa, se as débeis reivindicações não são atendidas, fazem os demais estudantes reféns do grupo que controla o DCE “Livre” da USP.
Felizmente estes marginais não representam sequer 3% dos estudantes da USP – quase 90 mil alunos – e não conseguiram cooptar ou contar com a simpatia dos verdadeiros estudantes universitários. É pela ação destes últimos, aliás, que a greve não é geral. Alunos do Centro de Engenharia Elétrica e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, por exemplo, redigiram nota declarando total repúdio às ações unilaterais do DCE, a quem consideram grupos “antidemocráticos” e reforçando que não haverá adesão ou paralisação das atividades em seus respectivos perímetros.
Fica aqui registrado o repúdio aos milhares de militantes infiltrados nas universidades públicas brasileiras; que cumprem dentro das universidades objetivos estratégicos e não acadêmicos. É preciso expressar também o repúdio aos professores que subscrevem tais atitudes ilícitas, os mesmos que corroem como pragas centenas de cursos importantes para a nação, bem como a mente saudável de jovens alunos a partir das aulas de ideologização marxista.
Devem ser expulsos da universidade e levados à justiça os vândalos que violaram o código penal e cometeram crimes contra o patrimônio público, prejudicando as pessoas realmente interessadas em estudar. É preciso que pessoas lúcidas e verdadeiramente comprometidas com a ordem nacional neutralizem os marxistas nas universidades. Eles já não significam nada, estão isolados e não devem representar mais os estudantes. A atitude das pessoas honestas é a solução.
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