Saturday, August 13, 2011

Celso Amorim e o Ministério da Defesa

Celso Amorim e o Ministério da Defesa*




Como todos bem sabemos, a Sra. Dilma Rousseff, a pedido de seu padrinho “Lula”, nomeou no último dia 04 de agosto o Sr. Celso Amorim Ministro da Defesa, em um dos atos mais vergonhosos desde o início de seu vergonhoso (des)governo e que só demonstrou que a tão decantada “deslulização” do (des)governo Dilma, isto é, o suposto afastamento da cria de seu criador, não passa de um mito, como temos denunciado à exaustão desde o princípio.

“Esquerdista” confesso, apoiador de tiranos como os irmãos Castro, de Cuba, e Omar Hassan al-Bashir, do Sudão, e de tiranetes como Hugo Chávez da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, Celso Amorim, como Ministro das Relações Exteriores do (des)governo “Lula”, conduziu a nossa política externa de forma ideológica, contrária ao interesse nacional e às tradições brasileiras e de acordo com os interesses do “bolivarianismo” chavista.

Claro e lamentabilíssimo exemplo da política externa de Amorim se deu na desastrosa atuação do “nosso” (des)governo na crise hondurenha, apoiando o candidato a tirano José Manuel Zelaya, que violara a Constituição hondurenha e colocara em marcha um golpe contra as instituições democráticas daquele país ao propor a reforma da Carta Magna, com o claro propósito de se perpetuar no poder. Como sabemos, a Justiça hondurenha cassou o mandato de Zelaya por ele haver pleiteado a reeleição, o que é inconstitucional naquele país, e então as Forças Armadas, usando o poder que lhes é facultado pela Constituição, de que são garantidoras, depuseram o tiranete. Enfim, tudo se deu legalmente, constitucionalmente, como demonstrou a insuspeita “Comissão da Verdade”, que a “esquerda” internacional exigiu que fosse constituída para apuração dos fatos e que foi estabelecida pela Organização dos Estados Americanos (OEA), dirigida pelo socialista chileno José Miguel Insulza, apoiador de Zelaya. O relatório da referida comissão, que saiu no último mês de julho, demonstrou que Zelaya e sua camarilha foram os únicos responsáveis pela crise hondurenha e os únicos golpistas e que o Judiciário e as Forças Armadas agiram plenamente de acordo com a Constituição hondurenha.

Ao contrário do que proclamam os adeptos da ideologia “petista”, não foi graças a Celso Amorim e ao (des)governo “Lula” que o Brasil passou a desempenhar um papel de relevo no concerto internacional. O papel de relevo que o Brasil tem desempenhado nesse campo se dá, em verdade, graças à sua importância natural e apesar de Amorim e do (des)governo petista e, ademais, nem se compara ao papel de relevo que o Brasil desempenhou durante o Império e - sob a égide do Barão do Rio Branco, um dos “homens de mil” do Império, para empregarmos a expressão de Oliveira Vianna – também durante os primeiros anos da República, cumprindo assinalar que naquele tempo a nossa política externa, ao contrário daquela de hoje, se dava de acordo com as tradições nacionais e o interesse nacional e não por razões de caráter ideológico.

Julgamos inadmissível que um homem que claramente odeia tudo aquilo que as Forças Armadas da Nação representam e que sempre se pautou pela ideologia e não pelas tradições, pelo interesse e segurança nacional ou pela realidade seja Ministro da Defesa. E estamos quase certos de que, infelizmente, Amorim não cumprirá o “recado” que lhe foi dado pelo General Augusto Heleno, no Jornal da Noite, da Rede Bandeirantes de Televisão, de 05 de agosto último, no sentido de que “as Forças Armadas são instituições de Estado, apolíticas, apartidárias” e de que o “comprometimento ideológico tem repercussão altamente negativa no meio militar”.

Por fim, cumpre ressaltar que as Forças Armadas não têm ideologia, mas têm doutrina, sendo equivocada a confusão que hoje em dia se faz entre ideologia e doutrina, bem como entre ideologia e ideário ou programa político, como restou demonstrado por diversos pensadores políticos de relevo, sendo a ideologia um conjunto de princípios e normas práticas de caráter apriorístico e abstrato, criado pela mente humana, não resultando da Tradição e da experiência histórica e sendo investido de valor dogmático. Daí o historiador e pensador tradicionalista português João Ameal, propugnador, como nós, do verdadeiro Nacionalismo, se insurgir, na obra Europa e os seus fantasmas, contra a afirmação de que o nacionalismo seria uma ideologia, afirmando que o Nacionalismo “será a doutrina que preconize e mantenha o culto da realidade-nação, que estimule os homens a subordinarem os interesses particulares ao nobre imperativo do interesse nacional” [1].



Por Cristo Rei e pela Terra de Santa Cruz!

Victor Emanuel Vilela Barbuy.

São Paulo, 09 de agosto de 2011



[1] AMEAL, João. Europa e os seus fantasmas. Porto: Livraria Tavares Martins, 1945, pp. 292-293.





*O presente artigo foi publicado, com o título Ao correr da caneta (5), na última edição do semanário Gazeta de Jarinu, de Jarinu-SP.





1 comment:

Sérgio de Vasconcellos said...

Excelente! Anauê!