Por Victor Emanuel Vilela Barbuy
Há exatos cento e vinte anos,
nasceu Plínio Salgado, na pequena cidade montanhesa de São Bento do Sapucaí, na
Serra da Mantiqueira, na região paulista do Vale do Paraíba. Brilhante escritor,
jornalista e orador, profundo pensador e doutrinador político patriótico,
nacionalista e tradicionalista, Plínio Salgado foi, ainda, o criador e
principal líder do grande movimento de renovação moral e social a que
denominamos Integralismo e o arauto de um Brasil Novo e Maior, sendo, nas
palavras do ilustre pensador e escritor tradicionalista português Hipólito
Raposo, “o mais eloquente intérprete da Brasilidade”.[i]
Como observou, no mesmo sentido, o jusfilósofo espanhol Francisco Elías de
Tejada y Spínola, um dos maiores vultos do pensamento tradicionalista hispânico
e do jusnaturalismo tradicional, ou clássico, Plínio Salgado, “profeta
incandescente e sublime de seu povo”, “encarnação viva do Brasil melhor”[ii],
foi o primeiro pensador patrício a efetivamente compreender a Tradição
Brasileira, sendo, pois, nas palavras de Tejada, o “descobridor bandeirante das
essências de sua pátria”.[iii]
Plínio Salgado, esse nobre
“cavaleiro do Brasil Integral”, na expressão de Ribeiro Couto, veio ao Mundo a
22 de janeiro de 1895, em São Bento do Sapucaí, pequena e bucólica “cidade
colonial” que, ainda no dizer de Ribeiro Couto, “repousa entre verdes lavouras,
num píncaro de serra, na Mantiqueira”.[iv]
Seus pais foram o Coronel Francisco das Chagas Esteves Salgado, farmacêutico e
chefe político da região, e D. Ana Francisca Rennó Cortez, professora
normalista formada em São Paulo, no último ano do Império.
Nas veias de Plínio Salgado
comungavam, nas palavras de Francisco Elías de Tejada, “as variadas genealogias
que forjaram a gente brasileira”.[v]
Seu avô paterno, Manuel Esteves da Costa, era português, nascido em São Pedro
do Sul, distrito de Viseu, estudou humanidades em Coimbra e emigrou para o
Brasil por conta da perseguição que sofreu em razão de suas ideias miguelistas.
Como escreveram Francisco Elías de Tejada[vi]
e Maria Amélia Salgado Loureiro, filha e biógrafa de Plínio Salgado,[vii]
Manuel Esteves da Costa e os demais miguelistas pugnaram pela autêntica
Tradição Portuguesa e, por conseguinte, contra a invasão liberal europeia, que
iria destruir, na Península Hispânica, ou Ibérica, a substância do Portugal
Profundo e Verdadeiro. Manuel Esteves da Costa se casou, em Pindamonhangaba, na
região do Vale do Paraíba, com D. Mariana Salgado Cerqueira César, que viria a
ser a avó paterna de Plínio Salgado e pertencia a uma das mais antigas e
tradicionais famílias daquela região e descendia de bandeirantes como
Bartolomeu Bueno, o primeiro “Anhanguera”, e Manuel Preto, o conquistador de
Guairá, retratado por Plínio Salgado, aliás, em seu poema épico em prosa A voz do Oeste (1934), que inspirou
Juscelino Kubitschek, amigo e grande admirador de Plínio Salgado, a edificar a
cidade de Brasília.[viii]
Os avós maternos de Plínio
Salgado, por sua vez, foram o Professor Antônio Leite Cortez, natural de
Taubaté e descendente de castelhanos e portugueses, e de D. Matilde Sofia
Rennó, também professora e filha do médico alemão Johann Rennow, que adotou, no
Brasil, o nome de João Rennó de França, e de D. Ana Joaquina Ferreira,
curitibana que descendia de alguns dos primeiros habitantes de São Paulo do
Campo de Piratininga, dentre os quais podemos destacar a figura de Pero Dias,
guardião das chaves daquela vila quando de sua fundação.
Como fez notar Francisco Elías de
Tejada, repercutem na linhagem intelectual de Plínio Salgado várias
procedências diversas, presididas sempre, em seu entender, pela “tradição
sentimental e humana” daqueles miguelistas que, como há pouco salientamos,
representavam a autêntica Tradição Portuguesa.[ix]
O Coronel Francisco das Chagas
Esteves Salgado, pai, como há pouco dissemos, de Plínio Salgado, era um homem
profundamente patriota e nacionalista na acepção sadia, equilibrada e
construtiva do termo e tinha o costume de reunir os filhos à noite para lhes
narrar os feitos de Felipe Camarão, de Henrique Dias, do General Osório, do
Duque de Caxias, dos almirantes Barroso e Tamandaré e de outros vultos da
História Pátria, incutindo-lhes, assim, desde cedo, o amor ao Brasil e às suas
tradições históricas.
Pouco depois dessas primeiras
aulas de patriotismo, D. Ana Francisca, que já ensinara Plínio a rezar e também
lhe incutira o temor a Deus e lhe narrara histórias bíblicas, começou a dar ao
filho lições de História do Brasil, Geografia, Aritmética e Francês.
Em 1907, Plínio, que havia iniciado
os estudos secundários no Externato São José, dirigido pelo Professor José
Calazans Nogueira, seguiu para Pouso Alegre, Minas Gerais, onde estudou
humanidades no tradicional Ginásio Diocesano São José, em que também estudavam
Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida e Teodoro Quartim Barbosa, com os
quais o então futuro autor da Vida de
Jesus (1942) firmou uma grande amizade, que se estenderia por toda a vida.
O falecimento do pai, no ano de
1911, forçou Plínio a abandonar os estudos e a retornar a São Bento a fim de
cuidar da mãe e dos irmãos menores.
D. Ana Francisca, que ainda
lecionava em sua escola isolada para meninas, que funcionava nos fundos de sua
residência, transformou outro cômodo da casa em sala de aula, abrindo uma
escola para meninos e confiando-a a Plínio.
Pouco mais tarde, Plínio
principiou a trabalhar como agrimensor e topógrafo judicial. Em seguida, obteve
o cargo de inspetor escolar no Município e, em virtude de se haver habilitado
para requerer em juízo e promover o andamento dos feitos, foi nomeado
solicitador, exercendo a função de advogado quando não havia advogados.
Por esse tempo, fundou, com o
primo Joaquim Rennó Ferreira, o semanário Correio
de São Bento, primeiro periódico da cidadezinha serrana, sentinela da terra
bandeirante que muito se assemelha a um presépio vivo na Serra da Mantiqueira,
como evocou, num belo poema, o jornalista, escritor e editor Cláudio de Cápua.[x]
Em 1913, Plínio Salgado se mudou
para São Paulo, onde planejava concluir o curso secundário, interrompido quando
da morte de seu pai, e, em seguida, ingressar no curso de Direito da
tradicional Academia do Largo de São Francisco. Por conta, porém, da situação
de pobreza da família, agravada com o início da I Guerra Mundial, Plínio
abandonou os estudos em 1914, antes de ingressar na aludida faculdade, e deixou
a Capital Paulista, retornando a São Bento.
Embora não tendo formação
jurídica, Plínio Salgado, que, conforme salientou Ronaldo Poletti, “associava,
como é notório, ao lado de sólidos conhecimentos em humanidades, uma intuição
profunda reveladora de premonição atinente a fatos e a ideias futuras”, fez, em
sua obra, inúmeras referências ao Direito, ciência da qual cuidou dos pontos de
vista teórico e prático.[xi]
Por suas reflexões sobre temas como o Homem, o Estado e a ideia de Império,
podemos dizer que Plínio Salgado, defensor do Direito Natural Tradicional, ou
Clássico, e do Estado Ético de Direito e de Justiça a que denominou Estado
Integral, embora não tendo sido um jurista, foi e é, sem dúvida alguma, um dos
mais notáveis jusfilósofos do Brasil. Cumpre sublinhar que, como enfatizou
Ronaldo Poletti, as ideias jurídicas de Plínio Salgado tiveram um desdobramento
na obra e na ação de diversos juristas patrícios, “cujas formações se deram ou
completaram a partir de um ponto comum”, que vem a ser o pensamento do egrégio
autor de O ritmo da História (1949) e
de Direitos e deveres do Homem
(1948). Dentre tais juristas, destacou Poletti Miguel Reale, San Tiago Dantas,
Alfredo Buzaid, Goffredo Telles Junior e Loureiro Junior,[xii]
aos quais poderíamos acrescentar, dentre outros vultos do Direito e das letras
jurídicas, Rubem Nogueira, Arthur Machado Paupério, Ignacio da Silva Telles,
Alberto Cotrim Neto, Ítalo Galli, Cláudio De Cicco, Acacio Vaz de Lima Filho e
o próprio Poletti.
De volta a São Bento do Sapucaí, Plínio
Salgado, aproveitando as horas de lazer, leu autores como Spencer, Comte, Kant,
Hegel, Schopenhauer, Nietzsche, Büchner, Haeckel, Lamarck, Gustave Le Bon,
Jhering, William James e Ingenieros, ao mesmo tempo em que se aprofundava no
conhecimento de nossa Literatura, assim como das literaturas portuguesa,
francesa, espanhola, italiana, inglesa, alemã e russa.
No ano de 1918, Plínio, que já
tivera trabalhos publicados na Revista do
Brasil e no Correio Paulistano e
coordenara, em 1915, a publicação do Almanaque
de São Bento, casou-se com Maria Amélia Pereira.
Por esse tempo, era ele a figura
central da cidadezinha de São Bento do Sapucaí, sendo diretor do jornal local,
secretário do Tiro de Guerra, presidente do clube de futebol, orador do
Gabinete de Leitura, diretor do externato e do grupo dramático e agrimensor.
Ainda em 1918, enquanto se
convalescia da gripe espanhola, que o atingira, Plínio leu o livro Farias Brito e a reação espiritualista,
de Almeida Magalhães e, em seguida, as obras do próprio Farias Brito e de
Jackson de Figueiredo, abandonando, assim, o materialismo e retornando ao
espiritualismo cristão, ao mesmo tempo em que, preocupado com a questão
nacional, lia também autores como Alberto Torres e Euclides da Cunha.
Conforme fez salientar Francisco
Elías de Tejada, “o que Plínio Salgado levanta desde a sua conversão
intelectual em 1918 são duas colunas solidíssimas: Cristo e o Brasil”, e o que
ele nega são “as ideias estrangeiras que corrompem o Brasil e repelem o reinado
social de Jesus Cristo”, a saber, o liberalismo, a liberal-democracia, os
totalitarismos de todos os tipos, o positivismo e a herança do século XIX. O
resultado disto será, ainda segundo Francisco Elías de Tejada, “o Integralismo
como ação, como volta à Tradição brasileira” e, “por meta intelectual e
política, a aproximação cada vez mais profunda, de Santo Tomás de Aquino”.
Existe na obra pliniana, ainda de acordo com o ilustre jusfilósofo castelhano,
“uma lógica evidente”, e, pois, “ano após ano, vão ficando mais claras as suas
ideias, quer aperfeiçoando conceitos, quer estabelecendo mais exatamente as
suas posições; mas são exposições e esclarecimentos conservados sempre em torno
daquelas duas temáticas centrais, de Cristo e da pátria brasileira”.[xiii]
Em 1919, Plínio perdeu a esposa
quinze dias depois de esta haver dado à luz Maria Amélia, única filha do casal,
e teve publicado o seu primeiro livro, o volume de versos parnasianos Tabor, elogiado pela Revista do Brasil, cujo proprietário era
então Monteiro Lobato, e de que consta o célebre soneto Canção das Águias.
Nesse mesmo ano, Plínio Salgado,
que tempos antes fundara, ao lado do Dr. Gama Rodrigues, o Partido
Municipalista, primeira agremiação política do País a defender o Municipalismo,
deixou São Bento do Sapucaí em virtude de problemas políticos e seguiu para a
Capital Paulista.
Em fevereiro de 1922, quando já
era redator do Correio Paulistano,
participou ativamente da Semana de Arte
Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo.
No ano de 1926, publicou O estrangeiro, que é, cronologicamente,
o primeiro romance social em prosa modernista da Literatura Brasileira. Como
ressaltaria Menotti Del Picchia, o romance de estreia de Plínio Salgado
“confirmou-se como um marco renovador do romance brasileiro”, abrindo “a série
das grandes obras que, num radioso renascimento de um sadio nacionalismo,
escachoaram do Norte tendo na vanguarda a já histórica Bagaceira de José Américo de Almeida”.[xiv]
Este último escreveu a Plínio, como observou Cláudio de Cápua, uma carta em que
afirma que depois de haver lido O
estrangeiro considerara esta obra o primeiro romance, em importância, do Modernismo
e resolvera reescrever totalmente o seu livro A bagaceira, que viria a ser publicado em 1928.[xv]
O estrangeiro,
maior poema em prosa do Modernismo Brasileiro,[xvi]
teve um sucesso verdadeiramente extraordinário. A primeira edição se esgotou em
menos de vinte dias e o burburinho que se fez em torno da obra na imprensa
nacional foi algo realmente notável. Plínio Salgado, porém, ignoraria tudo o
quanto então se publicava a respeito dele e de sua revolucionária obra, não
fosse por seu amigo Fernando Callage, que colecionava todos os artigos, uma vez
que, naquela ocasião, em São Bento do Sapucaí, falecia a mãe de Plínio, que,
estando já à beira da morte, tomou o livro do filho nas mãos, projetando lê-lo
mais tarde, quando estivesse melhor, o que infelizmente não ocorreu.
Considerado por Wilson Martins a
maior realização romanesca brasileira da década de 1920, ao lado de O esperado, também de Plínio Salgado,[xvii]
e classificado por Rachel de Queiroz como “o primeiro romance modernista”,[xviii]
O estrangeiro, que seria considerado
pelo autor o seu primeiro Manifesto Integralista[xix],
fez do futuro criador da Ação Integralista Brasileira um escritor nacionalmente
consagrado, tanto pelo público quanto pela crítica.
Dentre os diversos críticos
literários e escritores de renome que elogiaram O estrangeiro na imprensa, nos meses seguintes à sua publicação,
podemos citar Agripino Grieco, Afrânio Peixoto, Tasso da Silveira, Augusto
Frederico Schmidt, Cassiano Ricardo, Nuto Sant’Anna, Jackson de Figueiredo, José
Américo de Almeida, Tristão de Athayde e Monteiro Lobato. Este último dedicou
ao romance um magnífico artigo intitulado Forças
novas e publicado no jornal A manhã,
do Rio de Janeiro, aos 19 de setembro de 1926.
No referido artigo, o autor de Cidades mortas e de O presidente negro, havendo reconhecido que “Plínio Salgado
consegue o milagre de abarcar todo o fenômeno paulista, o mais complexo do
Brasil, talvez um dos mais complexos do mundo, metendo-o num quadro panorâmico
de pintor impressionista”, frisou que “todo o livro é uma inaudita riqueza de
novidades bárbaras, sem metro, sem verniz, sem lixa acadêmica – só força, a
força pura, ainda não enfiada em fios de cobre, das grandes cataratas brutas”.
E terminou o escritor patrício o seu artigo sobre O estrangeiro dizendo que “Plínio Salgado é uma força nova com a
qual o país tem que contar”.[xx]
Como já mais de uma vez observamos,[xxi]
em O estrangeiro e nos dois romances sociais
em prosa modernista que se lhe seguiram e que com ele compõem as denominadas Crônicas da vida brasileira (O esperado, de 1931, e O cavaleiro de Itararé, de 1933), Plínio
Salgado se revelou o genial cronista, intérprete de uma época de dúvidas e de
incertezas que, sob o signo dos mais sadios e edificadores ideais cristãos,
patrióticos e nacionalistas e absolutamente livre das questões da forma e do
estilo, demonstrou ser arguto espectador e profundo conhecedor de todas as
correntes de opinião e de todos os dramas dos diferentes segmentos da Sociedade
Brasileira de seu tempo. Revelou-se, ademais, dotado de formidável capacidade
de compreender e amar todos os antagonismos, assim como de alma para
efetivamente sentir, sofrer e expressar, sem temor ao uso da palavra, todos os
complexos estados de espírito nacionais. Nenhuma frase pode, com efeito,
defini-lo melhor do que aquela em que assim afirmou, no início de sua obra Despertemos a Nação: “O drama de meu
povo apoderou-se de mim”.[xxii]
Conforme observou Francisco Elías
de Tejada, a “vocação de escritor egrégio” impeliu Plínio Salgado “à
literatura, mas uma literatura a serviço dos ideais de um Brasil autêntico”,
tendo sido o romance O estrangeiro
não apenas “uma das cumiadas da literatura brasileira”, mas também “a
necessária análise sociológica” da qual nasceria “um pensamento robustíssimo, o
mais brasileiro que dar-se possa”.[xxiii]
Ainda como notou o autor de As doutrinas
políticas de Farias Brito (1953), Jackson de Figueiredo apreendeu, com sua
característica agudeza, o significado de O
estrangeiro, que “acima dos seus maravilhosos méritos literários, e além do
finíssimo estudo sociológico”, vem a ser “todo um programa político”,[xxiv]
constituindo-se, nas palavras do próprio Jackson de Figueiredo, em “um livro de
esperança e de fé” na grande Pátria Brasileira.[xxv]
Os anos seguintes à publicação de O estrangeiro foram fecundos na vida de Plínio Salgado, que
colaborava em diferentes jornais e revistas e foi figura central dos grupos
modernistas verde-amarelista e da Anta, bem como de diversos outros grupos, na
meditação sobre a realidade e os problemas sociais e nacionais. Assim,
dedicou-se, com Alarico Silveira e Raul Bopp, ao estudo da língua tupi e da
etnografia nacional, ao mesmo tempo em que, ao lado de Cândido Motta Filho,
Fernando Callage, Plínio Mello e outros, estudava Alberto Torres, Euclides da
Cunha, Tavares Bastos, Oliveira Vianna, Calógeras, Oliveira Lima e outros
autores que estudaram nossa Terra e nosso Homem. Ao mesmo tempo, com Augusto
Frederico Schmidt e outros, dedicou-se ao estudo da obra de Jackson de
Figueiredo e de outros pensadores católicos e espiritualistas. E, por fim, com
Mário Pedrosa, Araújo Lima, Plínio Mello e outros, estudou o marxismo, lendo a
obra de Marx, Lênin, Trótski, Plekhanov, Riazanov e outros pensadores socialistas
e considerando válidas suas críticas ao capitalismo, mas não as supostas
soluções por eles apresentadas.
No
ano de 1928, foi Plínio Salgado eleito Deputado Estadual pelo Partido
Republicano Paulista (PRP), entrando pelo 2º turno e sendo o candidato mais
votado. Foi sufragado não apenas por seu partido, mas pela totalidade das
forças eleitorais do 3º Distrito, incluindo o Partido Democrático, de oposição,
o Partido Independente, de Gama Rodrigues, e dissidências locais que se coligaram
para elegê-lo,[xxvi]
cumprindo ressaltar que toda sua atuação no PRP obedeceu ao firme propósito de
criar uma corrente renovadora dentro daquele partido.
Em
julho de 1929, o autor de O estrangeiro
(1926) e de Literatura e política (1927)
tomou posse na Academia Paulista de Letras, ocupando a cadeira de número seis,
cujo patrono é Couto de Magalhães, a quem muito admirava, e para a qual fora
eleito à revelia, como então se usava naquela instituição.
Em 1930, Plínio Salgado viajou para o velho mundo,
acompanhando o jovem Joaquim Carlos Egydio de Souza Aranha, percorrendo catorze
países do Oriente Médio e da Europa. Na Palestina, conheceu os lugares que tão
bem haveria de descrever em sua Vida de
Jesus, obra que atingiria várias edições em diferentes países e idiomas e
receberia entusiásticos elogios de notáveis pensadores, escritores, críticos e
autoridades religiosas do Brasil e da Europa. Em Roma, encontrou-se com Benito Mussolini
e com o Senador Giovanni Gentile, filósofo e ex-Ministro da Instrução Pública,
e este, que coordenava os trabalhos da Enciclopédia Italiana, pediu a Plínio
que completasse o verbete dedicado ao Brasil, o que ele fez em uma madrugada,
com o auxílio de Mário Graciotti, Manoel Gomes e Joaquim Carlos Egydio de Souza
Aranha. E em Paris, concluiu o romance O
esperado, publicado no ano seguinte, e redigiu um manifesto que meses mais
tarde se tornaria o Manifesto da Legião
Revolucionária de São Paulo.
Em julho de 1931, foi lançado, em
São Paulo, o primeiro exemplar do jornal nacionalista A Razão, que tinha Alfredo Egydio de Souza Aranha como proprietário
e Plínio Salgado como principal redator e revolucionou a imprensa do País,
tendo como colaboradores intelectuais da estirpe de Tristão de Athayde, Sobral
Pinto, San Tiago Dantas, Mário Graciotti, Paulo Setúbal, João Carlos Fairbanks,
Alpínolo Lopes Casali, Silveira Peixoto, Nuto e Leopoldo Sant’Anna e, é claro,
Plínio Salgado. Este era autor do artigo diário de abertura daquele matutino, a
célebre Nota Política, em que era
analisada a situação do País, pondo-se em evidência pensadores até então
relativamente olvidados, como Farias Brito, Alberto Torres, Euclides da Cunha,
Oliveira Lima, Joaquim Nabuco e Tavares Bastos e rememorando-se fatos do
Império e da República.
Foi na Nota Política, transcrita no jornal Era Nova, da Bahia, e em jornais do Ceará, que Plínio revelou, na
expressão de Virgínio Santa Rosa, o sociólogo que vivia embuçado no romancista,
sendo saudado por Tristão de Athayde como a maior revelação do ano.[xxvii]
Também
em 1931, foi lançado o Manifesto da
Legião Revolucionária, elogiado por intelectuais do quilate de Oliveira
Vianna, Tristão de Athayde, Azevedo Amaral, Octavio de Faria e Humberto de
Campos, dentre outros, e que já é, pelo seu conteúdo, um autêntico manifesto integralista.
Em
12 de março do ano seguinte, Plínio Salgado fundou oficialmente, na Sala de
Armas do Clube Português, em São Paulo, a Sociedade de Estudos Políticos, que
reuniria dezenas de intelectuais preocupados em dar um rumo ao Brasil,
reconduzindo-o às bases morais de sua formação.
A 07 de outubro daquele ano de
1932, divulgou Plínio Salgado o Manifesto que redigira em maio e cujo
anteprojeto fora aprovado em junho, não havendo sido divulgado então por conta
da Revolução Constitucionalista ora já iminente.
O Manifesto de Outubro, que assim passou a ser denominado em virtude
de haver sido divulgado em tal mês, marcou o surgimento oficial do Integralismo
e da Ação Integralista Brasileira.
Inspirado, antes e acima de tudo,
nos ensinamentos perenes do Evangelho, na Doutrina Social da Igreja e nas
lições de grandes pensadores espiritualistas, patrióticos e nacionalistas
patrícios, o Manifesto de Outubro já
trata, ainda que resumidamente, de todos os princípios básicos da Doutrina
Integralista, posteriormente aprofundados em outros manifestos, livros, artigos
e discursos de Plínio Salgado e de outros doutrinadores integralistas.
A mensagem essencialmente cristã
e brasileira do Manifesto de Outubro
espalhou-se rapidamente por todo o Brasil. Em pouco tempo, a Ação Integralista
Brasileira (AIB) já reunia centenas de milhares de membros e outros tantos
simpatizantes em todo o País, constituindo o primeiro “movimento de massas” e o
primeiro partido de âmbito nacional desde o fim do Império, reunindo, ainda,
diversos intelectuais ilustres, que constituíam, na expressão de Miguel Reale,
“o que havia de mais fino na intelectualidade da época”,[xxviii]
formando, ainda, no dizer de Gerardo Mello Mourão, o “mais fascinante grupo da
inteligência do País”.[xxix]
No mesmo sentido das palavras de
Miguel Reale e de Gerardo Mello Mourão, Roberto Campos, ao falar, em suas
memórias, de San Tiago Dantas, evocou “o
surpreendente fascínio que o Integralismo exerceu em sua geração,
particularmente sobre a parte mais intelectualizada”,[xxx]
e Pedro Calmon, na biografia de seu pai, Miguel Calmon, afirmou que a plêiade
de intelectuais reunida pelo Integralismo “poderia lotar uma Academia, em vez
de ocupar uma trincheira”.[xxxi]
O presente artigo não se propõe a analisar o Integralismo, tão augusta
quanto deturpada Doutrina que se constituiu na glória e na cruz de Plínio
Salgado, “pensador ilustre que arrebatava
multidões na mocidade e serenava a ânsia dos intelectuais com o ouro da sua
pena”, na expressão de Manoel Vítor, e cuja “rota pelo sigma”, ainda nas
palavras deste, “nada mais era que a projeção da sua mesma personalidade em
busca de Deus para dá-lo aos homens”, sendo “a Família e a Pátria” os “degraus
por onde andou semeando rosas que lhe trouxeram o paradoxal perfume dos
espinhos”.[xxxii]
Não podemos deixar de assinalar, contudo, que o Integralismo realizou, como
escreveu o próprio Plínio Salgado, “a maior obra cívica do Brasil”,[xxxiii]
tendo mobilizado desde “o homem do sertão até os numerosos e legítimos
expoentes da cultura nacional”[xxxiv]
e havendo soprado “a brasa do patriotismo aparentemente adormecido do povo
brasileiro, acendendo um clarão como de outro não há notícia na nossa Pátria”.[xxxv]
Ainda como enfatizou o autor de Palavra
nova dos tempos novos (1936) e Espírito
da burguesia (1951), o Integralismo
Ensinou o povo a cantar o
Hino Nacional (que raríssimas pessoas sabiam); levou multidões a aplaudir
freneticamente os desfiles do Exército e da Marinha (que então, como hoje,
passavam nas ocasiões das paradas, em meio ao silêncio de reduzidos
espectadores frios e apenas curiosos); promoveu o culto das datas históricas e
dos heróis do nosso Passado Nacional, realizando comemorações imponentes, como
as de Caxias, de Carlos Gomes, de Tamandaré, de Couto de Magalhães, de Pedro
II, que foram memoráveis; abriu cerca de 3.000 escolas de alfabetização para
adultos e cerca de mil lactários para a infância; organizou bibliotecas e fez
dar cursos de História do Brasil, Geografia, Instrução Moral e Cívica, Economia
Política, elementos de Direito Público e de Filosofia; fundou milhares de
ambulatórios médicos e cooperou na obra de recuperação física da nossa gente;
realizou exposições e concertos e cursos de Cultura Artística, um dos quais foi
notabilíssimo, no salão da Escola Nacional de Belas Artes; e – o que mais
importava! – arregimentou a infância e a adolescência, incutindo-lhes
entusiasmo pelos nobres ideais, formando-lhes os corações segundo a doutrina do
Evangelho, incendiando-as num surto de patriotismo como nem antes nem depois se
viu algo de semelhante.[xxxvi]
O Integralismo, ainda nas palavras
do autor de O Integralismo na vida brasileira,
fez escola de austeridade e
de firmeza de princípios, de altruísmo e abnegação, de idealismo construtor, de
amor ardente pela Pátria, de sacrifício por ela. Uma escola de disciplina e de
ordem, de simplicidade e de modéstia, de preocupação pela coisa pública, de
apostolado pela regeneração dos costumes. Uma escola que tinha por base a
revolução interior, a transformação do próprio Homem pelo domínio de si mesmo,
na luta contra os baixos instintos que perseguem o Ser Humano como consequência
da culpa original. Uma escola de vigilância constante na defesa das bases
fundamentais da vida brasileira: a Religião, a Pátria, a Família.[xxxvii]
Exilado involuntariamente em
Portugal pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, que decretara o fechamento da Ação
Integralista Brasileira em 1937, Plínio Salgado lá permaneceu, juntamente com
D. Carmela Patti Salgado, com quem se casara em segundas núpcias, de 1939 até
1946.
Em Portugal, Pátria de que nasceu
sua Pátria, o autor de Primeiro, Cristo! (1946)
estudou profundamente o pensamento tradicionalista português e espanhol,
proferiu algumas de suas mais belas conferências, escreveu as suas mais
pujantes obras religiosas e foi reconhecido pela intelectualidade católica como
um dos maiores pensadores católicos de todos os tempos e um verdadeiro apóstolo
brasileiro.[xxxviii]
Foi em Portugal, ademais, que
Plínio terminou sua obra prima, a Vida de
Jesus, que o Padre Leonel Franca qualificou de “joia de uma literatura”[xxxix]
e que é inegavelmente um clássico não apenas da Literatura Brasileira, mas da
própria Literatura Universal, assim como uma das obras máximas da Cristologia.
Como salientou o escritor português José Sebastião da Silva Dias, a Vida de Jesus, que “no gênero é o melhor
que até hoje se publicou em língua portuguesa”, tendo realmente “conseguido ser
‘a joia de uma literatura’”, teria “o mundo inteiro por mercado”, caso tivesse
sido “escrita em qualquer das grandes línguas europeias”.[xl]
De volta ao Brasil em 1946,
Plínio Salgado ingressou no Partido de Representação Popular (PRP), que havia
sido fundado no ano anterior por ex-membros da Ação Integralista Brasileira e
que pugnava pelos mesmos ideais cristãos e brasileiros pelos quais esta havia
pugnado. Por este partido foi candidato às eleições presidenciais de 1955 e se
elegeu Deputado Federal em 1956, 1960 e 1964. Exerceu outros dois mandatos na
Câmara, eleito pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), até deixar
definitivamente a política, em 1974. Faleceu um ano depois, no Hospital
Sírio-Libanês, na Cidade de São Paulo, tendo sido sepultado no Cemitério do
Morumbi.
Como Deputado Federal, integrou
sempre a Comissão de Educação, na qual produziu inúmeros pareceres, e
apresentou projetos como os de Reforma Agrária e de criação do Fundo Nacional
para a Reforma Agrária, ambos de 1963, e o da Emenda Constitucional n. 609, que
criaria a Câmara Orgânica, consagrando o princípio organicamente democrático da
representação política dos trabalhadores de acordo com suas categorias
profissionais.
Plínio Salgado, “esse
injustiçado”, nas palavras de Pedro Paulo Filho, deixou à Pátria, ao morrer, “exemplo
inolvidável de um dos maiores pensadores políticos brasileiros e uma herança
cultural soberba”, que o elenca “entre os mais notáveis escritores do Brasil”.[xli]
Como bem salientou Francisco Elías de Tejada, “com todos os defeitos que toda
obra humana possui, e Plínio era um ser humano, a sua obra aparece majestática”
pelo muito “que tem de coerente, pela lógica interna que anima o seu sistema”
e, sobretudo, “pela magnitude do pensamento que sabe elaborar uma teoria da
Tradição brasileira com traços de granítico castelo, destinado a suscitar
adesões para quem queira em tempos vindouros conhecer a substância do Brasil”.[xlii]
Seja esta nossa singela homenagem
a esse grande arauto e apóstolo do Cristianismo e da Brasilidade que foi e é
Plínio Salgado, neste centésimo vigésimo aniversário de seu nascimento. Como
escrevemos algures,[xliii]
os já muitos anos de calúnias, de incompreensões e de silencio não foram
capazes de apagar o brilho do autor da Vida
de Jesus (1942) e de O Rei dos reis (1946),
que fulgirá sempre, magna estrela da constelação do pensamento pátrio,
luciluzente joia da rica coroa que representa a autêntica inteligência
nacional, farol magnífico a guiar a nau dos verdadeiros tradicionalistas,
patriotas e nacionalistas brasileiros pelos tenebrosos mares do Império de
Calibã, que é o Império da Matéria, rumo ao porto seguro do Império de Ariel,
que não é outro senão o Império do Espírito.
Mais genial, pujante e vigoroso
intérprete da Tradição Nacional e do Espírito do Povo brasileiro, esse
assinalado bandeirante da Fé e do Império, general de Deus e da Pátria, viverá,
imortal, em sua obra notabilíssima e sempre atual, em que defende a restauração
do Primado do Espírito e da Tradição, a recristianização integral do Brasil e a
instauração de um Estado Ético e de uma Democracia Integral, assim como viverá
sua alma igualmente imortal, junto do Cristo que tanto amou. Em uma palavra, o
nome de Plínio Salgado perpetuar-se-á, conforme previu Juscelino Kubitschek,
“como um símbolo iluminando o futuro”[xliv]
deste vasto Império da Terra de Santa Cruz-Brasil.
Por Cristo e pela Nação!
Victor Emanuel Vilela Barbuy,
Presidente Nacional da Frente
Integralista Brasileira e 1º Vice-Presidente da Casa de Plínio Salgado.
São Paulo, 22 de janeiro de
2015-LXXXII.
*Artigo originalmente publicado em http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=334.
[i] A notável oração do Dr. Hipólito Raposo, in VV.AA., Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. II.
São Paulo, Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1986, p. 189.
[ii] Plínio Salgado na tradição do Brasil, in VV.AA., Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. II,
cit., p. 47.
[iii] Idem, p. 70.
[iv] O cavaleiro do Brasil Integral, in Sei que vou por aqui!, ano I, n. 2, São Paulo, setembro-dezembro de
2004, p. XVII. Artigo originalmente publicado no Jornal do Brasil a 20/07/1933.
[v] Plínio Salgado na tradição do Brasil, in VV.AA, Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. II,
p. 48.
[vi] Idem, p. 49.
[vii] Plínio Salgado, meu pai, São Paulo, Edições GRD, 2001, p. 9.
[viii] Cf. Juscelino KUBITSCHEK,
Carta a Plínio Salgado, in VV.AA., Plínio
Salgado: “In memoriam”, vol. I.,
São Paulo, Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1985, p. 223.
[ix] Plínio Salgado na tradição do Brasil, in VV.AA., Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. II,
cit., p. 49.
[x] Plínio Salgado (biografia), 5ª ed., São Paulo, De Cápua, 2000, p.
5.
[xi] O Direito em Plínio Salgado, in Gumercindo Rocha DOREA (Organizador
e introdutor), Anais do centenário e da
2ª Semana Plínio Salgado, São Paulo, Edições GRD; São Bento do Sapucaí, São
Paulo, Espaço Cultural Plínio Salgado, 1996, p. 97. Trabalho escrito para as
comemorações do centenário de nascimento de Plínio Salgado, em 1995, e que foi
tema da palestra proferida pelo autor a 08 de outubro daquele ano, em São Bento
do Sapucaí, por ocasião da 2ª Semana Cultural Plínio Salgado.
[xii] Idem, p. 98.
[xiii] Plínio Salgado na tradição do Brasil, in VV.AA., Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. II,
cit., pp. 52-53.
[xiv] Plínio Salgado, o fraterno amigo, in VV.AA., Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. I., cit., p. 45.
[xv] Cf. RODRIGUES, Rodrigo, O Pensamento Nacionalista no Modernismo
Brasileiro, São Paulo, EditorAção, 2005, p. 35.
[xvi] Bem nos lembramos de que, durante a conversa que
tivemos, no ano de 2005, com o Professor Miguel Reale, concordou este conosco
quando dissemos que O estrangeiro é o
maior poema em prosa do Modernismo Brasileiro e ressaltou, em seguida, que não
apreciava muito os poemas em verso de Plínio Salgado, mas gostava bastante de
seus poemas em prosa, como os romances O
estrangeiro, O esperado, O cavaleiro de Itararé e A voz do Oeste, assim como a Vida de Jesus.
[xvii] O modernismo, 4ª edição, São Paulo, Editora Cultrix, 1973, p. 251.
Cumpre ressaltar que Wilson Martins cometeu um pequeno equívoco ao considerar o
romance O esperado, escrito quase que
integralmente em 1930 e publicado no ano seguinte, como uma obra da década de
1920.
[xviii] In A Hebraica, São Paulo, julho de 1995, p. 33.
[xix] Despertemos a Nação, 3ª edição, in Obras Completas. 2ª ed., vol. X, São Paulo: Editora das Américas, 1957,
p. 9.
[xx] Forças novas, in VV.AA., Plínio
Salgado: “in memoriam”, vol. I, cit., pp. 112-113.
[xxi] Oitenta anos de “O estrangeiro”,
in Linguagem Viva, ano XVIII,
nº 214, junho de 2007, p. 4. Também disponível em: http://www.linguagemviva.com.br/214.pdf.
Acesso em 22 de janeiro de 2015; Plínio Salgado, arauto e apóstolo de Cristianismo de
Brasilidade, in O Lince, nova fase, ano 4, nº 31, Aparecida-SP, jan/fev. de 2010,
p. 17. Também disponível em: http://www.jornalolince.com.br/2010/fev/pages/focus-plinio-salgado.php.
Acesso em 22 de janeiro de 2015.
[xxii] Despertemos a Nação, cit., loc. cit.
[xxiii] Plínio Salgado na tradição
do Brasil,
in VV.AA., Plínio Salgado: “in memoriam”,
vol. II, cit., p. 50.
[xxiv] Idem, p. 51.
[xxv] O saci, o Avanhandava e o imperialismo pacífico,
in VV.AA., Plínio Salgado: “in memoriam”, vol. I,
cit., p. 100. Artigo originalmente publicado na Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, a 1 de dezembro de 1926.
[xxvi] Cf.,Maria Amélia Salgado LOUREIRO,
Plínio Salgado, meu pai, cit., p.
154.
[xxvii] A personalidade de Plínio Salgado,
in VV.AA., Plínio Salgado, 4ª edição, São Paulo, Edição da Revista
Panorama, 1937, p. 73.
[xxviii] Entrevista concedida ao Jornal da USP. Disponível em: http://espacoculturalmiguelreale.blogspot.com/2007/08/entrevista-concedida-pelo-prof-reale-ao.html.
Acesso em 22 de janeiro de 2015.
[xxix] Entrevista concedida ao Diário do Nordeste. Disponível em:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=414001.
Acesso em 22 de janeiro de 2015..
[xxx] A lanterna na popa, Rio de
Janeiro, Topbooks, 1994, p. 843.
[xxxi] Miguel Calmon – uma grande vida,
Prefácio de Afonso Arinos de Melo Franco, Rio de Janeiro, José Olympio Editora;
Brasília, INL, 1983, p. 170.
[xxxii] Plínio Salgado, pensador ilustre, in VV.AA., Plínio
Salgado: “In memoriam”, vol. I., cit., pp. 41-42.
[xxxiii] O Integralismo na vida brasileira, in Enciclopédia do Integralismo,
vol. I, Rio de Janeiro, Edições GRD/Livraria Clássica Brasileira, s/d (1958),
p. 37.
[xxxiv] Idem, p. 7.
[xxxv] Idem, p. 37.
[xxxvi] Idem, pp. 37-38.
[xxxvii] Idem, p. 38.
[xxxviii] Sobre as atividades
realizadas por Plínio Salgado durante o exílio em Portugal, bem como sobre o
reconhecimento que ali recebeu dos mais altos vultos do pensamento católico
lusitano: Augusta Garcia R. DOREA, Plínio
Salgado, um apóstolo brasileiro em terras de Portugal e Espanha, São Paulo,
Edições GRD, 1999.
[xxxix] Carta a Plínio Salgado,
Plínio SALGADO, Vida de Jesus, 22ª edição, São Paulo, Voz do Oeste, 1985, pp.
IX/XI.
[xl] Vida de Jesus,
de Plínio Salgado, in in VV.AA., Plínio Salgado: “in
memoriam”, vol. II, cit., pp. 146-147.
[xli] Plínio Salgado, esse
injustiçado, in Gumercindo Rocha DOREA (Organizador e
apresentador), São Bento do Sapucaí, São Paulo, Espaço Cultural Plínio Salgado,
1994, p. 25. Texto da palestra proferida por Pedro Paulo Filho em São Bento do
Sapucaí a 07 de outubro de 1993, por ocasião da 1ª Semana Plínio Salgado.
[xlii] Plínio Salgado na tradição
do Brasil,
in VV.AA., Plínio Salgado: “in memoriam”,
vol. II, cit., p. 53.
[xliii] Plínio
Salgado, arauto e apóstolo de Cristianismo de Brasilidade, cit., p.
18. Também disponível em: http://www.jornalolince.com.br/2010/fev/pages/focus-plinio-salgado.php.
Acesso em 22 de janeiro de 2015.
[xliv] Carta a D. Carmela Patti
Salgado, in VV.AA., Plínio Salgado: “In memoriam”, vol. I.,
cit., p. 225.
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