Wednesday, February 25, 2015

Ribeiro Couto e o Vale do Paraíba (II)*

Ribeiro Couto no início da década de 1920, retratado por Vicente do Rego Monteiro

Por Victor Emanuel Vilela Barbuy

Nas derradeiras linhas da primeira parte do presente ensaio, publicada na última edição deste jornal, escrevemos que a tuberculose levou Ribeiro Couto a se mudar, em 1922, para Campos do Jordão, onde teve, pela primeira vez na vida, contato com o campo, passando seus sonetos a refletir, como observou Milton Teixeira, a paisagem campestre, que deixaria marcante influência no autor de Canções de amor, Cabocla e Largo da Matriz e outras histórias,[i] tanto no verso como na prosa.
Em Campos do Jordão, residiu Ribeiro Couto, entre 1922 e 1923, num chalé na então Rua do Sapo, atual Rua João Rodrigues da Silva, em Vila Abernéssia, onde escreveu, como vimos na primeira parte deste estudo, a segunda parte de seu livro Um homem na multidão, intitulada O chalé na montanha, e também a Canção de Campos do Jordão, inserida na obra Canções de amor, cuja redação foi, aliás, iniciada na chamada “Suíça Brasileira”, em 1922, e concluída em São José do Barreiro, em 1925, embora fosse somente publicada em 1928.[ii]
Transcrevemos, no final da primeira parte do presente ensaio, a Canção de Campos do Jordão, mas não reproduzimos ali nenhum dos poemas de O chalé na montanha. Visando corrigir tal omissão, transcreveremos, a seguir, dois dos mais belos e célebres poemas daquela segunda parte de Um homem na multidão:
                                      Primavera de Campos do Jordão
                                    A primavera cobriu as várzeas, os campos e os morros/ De um verde unânime./ Como o sol fulgura nas folhas novas!/ Nas pereiras ramalhudas e altas/ Apontam pintas vermelhas./ E os pessegueiros, de ramos esguios,/ Sacodem ao vento os pêssegos ácidos/ Que o sol começa a colorir./ Pelo meio-dia como que anoitece./ Nuvens negras, caminhando rápidas,/ Trazem o repentino aguaceiro./ Nos telhados estala a fuzilaria do granizo./ Depois todo o ruído cessa./ No céu úmido insinuam-se, entre nuvens,/ Claridades anunciadoras./ A alegria da vida palpita nas árvores./ E volta o sol a fulgurar nas folhas novas/ Molhadas de chuva.[iii]

                                       O noturno da Vila Abernéssia
                                      A casa deserta adormeceu./ Uma torneira mal fechada, lá dentro,/ Pinga, num ritmo certo, a sua gota sonora./ Esse rumor é o único rumor da vida./ A casa deserta adormeceu/ A luz elétrica tem a claridade lívida/ Das salas de jogo às três da manhã./ Entretanto, alumia uma sala casta/ Cheia dos meus pensamentos melancólicos./ A vida sempre foi amarga para alguns./ Vem da noite fria, na estrada,/ A surdina fanhosa dos insetos tímidos./ Ali embaixo, na vila adormecida,/ Cabeceiam, amortecidas, algumas luzes./ É a pobre vilazinha dos tísicos./ A vida sempre foi amarga para alguns.[iv]
Como ressaltou Pedro Paulo Filho, participou Ribeiro Couto, no tempo em que residiu em Vila Abernéssia, das tertúlias lítero-musicais que se realizavam na Pensão Azul, a mais elegante da vila, e às quais compareciam, além de Ribeiro Couto, os também escritores Monteiro Lobato e Mário de Andrade e a pianista Guiomar Novaes, dentre outros.[v]
Vila Nova, ou Vila Abernéssia, em Campos do Jordão, em foto de 1924

            Em 1923, já praticamente curado da enfermidade que o levara a se mudar para Campos do Jordão, foi Ribeiro Couto nomeado Delegado de Polícia do Município de São Bento do Sapucaí, ao qual, aliás, o atual Município de Campos do Jordão ainda pertencia. Seu triunfo contra a tuberculose se deveu aos bons ares da Serra da Mantiqueira, ao seu viril “espírito de luta”, assinalado por Manuel Bandeira,[vi] que, aliás, o visitou, por esse tempo, em Campos do Jordão, “na casa da triste Rua do Sapo”,[vii] e, provavelmente, também à intercessão de Santa Teresinha de Lisieux, a quem o jovem poeta, contista e jornalista fizera uma promessa, pedindo a cura de seus pulmões. Segundo escreveu Manuel Bandeira, Ribeiro Couto se curou “(é verdade que com pneumotórax) passando noites em claro a jogar poker com uns turcos horríveis em Abernéssia, ou, de revolver em punho, enfrentando, como delegado de polícia, os inimigos da ordem em São Bento do Sapucaí”.[viii]
            Quando Delegado de Polícia em São Bento do Sapucaí, ali conheceu Ribeiro Couto sua futura esposa, bem como o único grande amor de sua vida, a bela D. Ana Jacinta Pereira, que não é senão a Donana do autobiográfico conto Largo da Matriz, enfeixado no livro Largo da Matriz e outras histórias, de 1940.
            Largo da Matriz é, talvez, o mais belo e tocante dos contos de Ribeiro Couto. Narra a história de seu namoro e noivado com D. Ana Pereira em São Bento do Sapucaí, no tempo em que ali era Delegado de Polícia, e também um pouco da história do Capitão Candinho, pai da moça e antigo chefe político do Município, e de Nhá Rosa, pobre e bondosa negra velha, que pertencia à Irmandade de São Benedito e residia numa casinha humilde, de porta e janela, no mesmo Largo da Matriz em que, num casarão térreo de esquina, morava o Capitão Candinho com a família, incluindo Donana. Esta última era “a moça invisível da cidade, que passava os dias fechada em casa, lendo os romances que encomendava às livrarias do Rio” e que “quase por acaso, uma tarde”, foi vista pelo jovem Delegado-escritor, “de relance, toda pálida, de olhos pretos, um ar grave e longínquo, contemplando o morro em frente – como adivinhando atrás, muito além de léguas e léguas de serra, o mar, o mar das evasões e da infinita viagem”.[ix]
            O conto Largo da Matriz termina quando, anos mais tarde, o ex-Delegado de São Bento do Sapucaí e Donana recebem, em Paris, a notícia do falecimento de Nhá Rosa, em cuja canastra foi encontrado o “único tesouro” de sua casinha pobre: “o uniforme da Irmandade de São Benedito, a fita preta e branca da mesma Irmandade, um par de meias novas, borzeguins também novos e uma nota de cinquenta mil réis para as despesas do enterro”. Era este “o produto de todas as economias de Nhá Rosa, aplicadas com um pensamento de decência e devoção”. Teve a bondosa senhora, muito querida em São Bento, um “enterro muito concorrido”.[x]
            Segundo Ribeiro Couto, nas linhas finais de seu conto,
                             A morte de Nhá Rosa era um pedaço de nós mesmos que desaparecia sem remédio.  Parecia que só então o nosso noivado estava findo.
                                       Agora, quando voltássemos a São Bento, não teríamos aquela salinha de terra batida, com a cadeira de palha rustida, o café feito na hora e Nhá Rosa rindo com as gengivas sem dentes.
                                 Assim havia de ser pelo resto da vida. Pouco a pouco, pessoas e coisas morreriam em São Bento.  De cada vez, havíamos de sentir que o mundo nos despojava de uma realidade remota, mas presente, uma realidade misturada ao nosso ser físico e à nossa memória. Não seríamos então como pessoas mortas, nós dois, a caminhar por um mundo sem contatos?
                               No Jardim das Tulherias tudo era êxtase para os olhos. Os palácios de Paris erguiam cúpulas históricas. Os pardais, descendo dos castanheiros, meigos e ágeis, vinham pedir migalhas de pão aos transeuntes, movendo-se pela areia aos pulinhos.
                                      Em torno, Paris oferecia-nos uma realidade urgente, mais rica de aspectos, de ocupações voluptuárias.
                                     Donana e eu seríamos muito felizes se a curiosidade pudesse absorver-nos por completo, sem aquele Largo da Matriz que subsistia no fundo de nós, com Nhá Chiquinha [mãe de Donana], o capitão Candinho, Quitéria [irmã solteira de Donana], Nhá Rosa, o agente do correio, Joana [neta de Nhá Rosa], a igreja, o morro em frente.
                                     Então compreendemos que nosso maior bem seria aquele: carregar por todas as terras e por todos os mares uma obsessão afetiva, protetora fiel da ingenuidade morta.[xi]
            Cumpre ressaltar que o casarão de esquina em que residia D. Ana Pereira fica muito próximo da casa em que nasceu Plínio Salgado, que, aliás, foi casado com uma das filhas do Capitão Cândido Justino Pereira (o Capitão Candinho), Maria Amélia Pereira, que morreu a 21 de julho de 1919, dias após haver dado à luz a única filha de Plínio, que também foi batizada com o nome de Maria Amélia e escreveu uma magistral biografia do pai.[xii] Assim, ao se casar, em 1925, com D. Ana Pereira, tornou-se Ribeiro Couto parente por afinidade de Plínio Salgado, de quem talvez fosse também parente de sangue pela família Esteves, de Portugal, sendo Plínio Esteves Salgado o nome completo do autor de O estrangeiro e Rui Esteves Ribeiro de Almeida Couto o nome completo do autor de Cabocla, ambos netos de imigrantes portugueses que tinham o sobrenome de Esteves.
             Outro conto que se encontra na obra Largo da Matriz e outras histórias e se ambienta em São Bento do Sapucaí é o magnífico O baiano, que se passa durante a Revolução Constitucionalista de 1932, quando São Bento foi um dos baluartes das forças paulistas contra as hostes da ditadura de Getúlio Vargas. O personagem central do conto é um soldado baiano que cai prisioneiro dos soldados constitucionalistas, sendo conduzido por estes até a cadeia, de onde é retirado nu por populares sambentistas, que querem matá-lo. Quando o prisioneiro, porém, diz que não liga que o matem, desde que o matem vestido e não com “as partes de fora”,[xiii] tudo muda, e, como ressaltou Alberto Venancio Filho, o povo de São Bento aclama o baiano “pela sua dignidade e pela sua coragem”,[xiv] num clímax que, na expressão de Vasco Mariz, “comove e exalta os bons sentimentos daquela gente simples da serra”,[xv] sendo tal conto, na opinião de Gilberto Amado, “um documento impressionante de psicologia brasileira”.[xvi]
            No último livro de poesias de Ribeiro Couto, Longe, publicado em 1961 e dedicado à esposa D. Ana Pereira Ribeiro Couto, ou Menina, como a chamava na intimidade, “junto ao rio Sapucaí, na serra da Mantiqueira”,[xvii] há o belo poema Largo da Matriz, que julgamos oportuno transcrever na íntegra:
                                                  Largo da Matriz
                                     O Largo da Matriz, quintais e velhas ruas/ Descendo à várzea, ao rio espraiado e barrento/ Em que brincavam de pescar crianças nuas:/ Cidadezinha, assim me apareceu São Bento./ As janelas do casarão eram as tuas./ Moça escondida, com segredos de convento,/ Bonita como tu não podia haver duas./ Falavam-me de ti, do teu ar cismarento.../ Muitas vezes fiquei a olhar tuas janelas/ Alta noite, vulto esbatido na neblina,/ Amoroso da luz que havia numa delas./ Na torre da Matriz o relógio velava/ Como guarda fiel do casarão da esquina/ Onde tinha que estar o bem que me esperava.[xviii]
Também em Longe encontramos a poesia Recordação de Gonçalves Dias, na qual Ribeiro Couto diz imaginar o poeta da Canção do exílio, como ele, em Paris, olhando o rio Sena e a Catedral de Notre-Dame ao fundo, enquanto o sabiá que sempre ouvia “cantava nas palmeiras de outro mundo”. Via Gonçalves Dias admirando as belezas de Paris, não esquecendo, porém, sua gente e seu chão, bem como o seu Imperador Dom Pedro II, e assim dizia ao poeta maranhense, no final de seu belo poema:
                                   Murmuro, debruçado sobre o Sena,/ Tua canção do exílio e, num instante,/ São Bento do Sapucaí me acena/ A água do rio estranho [o Sena] fica cheia/ De imagens meigas cuja voz distante/ É como um sabiá que em mim gorjeia.[xix]
Nestas citações, podemos ver o quão certo está Plínio Salgado ao afirmar, na homenagem póstuma que fez a Ribeiro Couto, na Câmara dos Deputados, em Brasília, que o autor de Longe, Baianinha e outras mulheres e Cabocla, “uma das mais altas figuras produzidas pela literatura brasileira e um dos valores mais nobres da nossa diplomacia”, além “de tudo quanto foi de notável na literatura pátria, além de tudo quanto significou como homem público da maior latitude e altitude”, era, para ele, “particularmente”, o poeta de sua terra natal, São Bento do Sapucaí,[xx] assim como era também seu irmão:
                                 Éramos irmãos por todos os motivos – irmãos em arte, irmãos em idealismo, porque participou do grande movimento que lancei no Brasil um dia, irmãos pelos gostos estéticos, irmãos por sermos, por assim dizer, da mesma terra, daquela que ele tomou como sua terra adotiva; irmãos por laços de parentesco que nos uniam.[xxi]
O “grande movimento” a que se referiu Plínio Salgado em sua homenagem póstuma a Ribeiro Couto não é senão o Integralismo, movimento que reuniu, aliás, nas palavras de Miguel Reale, “o que havia de mais fino na intelectualidade da época” em que surgiu,[xxii] se constituindo, no dizer de Gerardo Mello Mourão, no “mais fascinante grupo da inteligência do País”.[xxiii]
Em 1924, Ribeiro Couto, já noivo de D. Ana Pereira, deixou São Bento do Sapucaí, se tornando Delegado de Polícia do Município de Cunha, também no Vale do Paraíba, onde permaneceu de março a abril daquele ano, sendo depois nomeado Promotor Público em São José do Barreiro, ainda no Vale do Paraíba.
O Largo da Matriz, em São Bento do Sapucaí, no início do século XX

Como aduziu Milton Teixeira, a passagem de Ribeiro Couto por São José do Barreiro proporcionou ao escritor acontecimentos originais, que inspiraram a feitura de novos poemas, contos e crônicas.[xxiv] Dentre os poemas, podemos destacar aqueles que compõem a terceira parte do livro Um homem na multidão, chamada, aliás, São José do Barreiro, e também os versos de Província, que tratam todos de São José do Barreiro, embora tenham sido escritos em Pouso Alto, no interior de Minas Gerais, entre 1926 e 1928, e publicados em Coimbra, Portugal, pelas Edições Presença, em 1933.
A terceira parte de Um homem na multidão, intitulada, como acabamos de observar, São José do Barreiro, assim principia:
                                         I
                                        A folhagem nova das goiabeiras/ Brilha ao sol, envernizada de verde./ Numa rua qualquer/ Passa um carro de boi, lentamente,/ Com sua lamúria fanhosa e contínua./ No telhado colonial da casa em frente/ Um pássaro pousou e canta./ Das paredes brancas o reboco antigo caiu:/ Paredes grossas de pau a pique,/ Ripas tortas enxadrezadas./ O quintal tem muros de adobe. Por cima aparecem bananeiras./ Uma galinha a passear os pintos ariscos/ Vem catar insetos à minha porta./ Voam moscas na luz nítida.[xxv]
No trecho citado de São José do Barreiro, podemos perceber claramente a simplicidade, a singeleza da poesia de Ribeiro Couto, assinalada por diversos escritores e críticos literários, e que é, justamente, uma das principais causas da beleza de tal poesia,  também marcada pela musicalidade, que, embora mais forte nos poemas dos primeiros livros de versos do autor, particularmente O jardim das confidências e Poemetos de ternura e de melancolia, está presente em todas as suas obras poéticas,[xxvi] sendo importante recordar, aliás, que foi Ribeiro Couto um dos poetas pátrios que teve mais poesias musicadas, havendo, com efeito, compositores como os brasileiros Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Osvaldo Lacerda e Oscar Lorenzo Fernández e o português Armando Leça feito versões musicais de poemas do autor de Província e de Canções de amor. Em São José do Barreiro, confessou o poeta, contista e então futuro romancista de Cabocla e Prima Belinha seu amor às coisas singelas, sendo com tal confissão que fechamos a segunda parte do presente ensaio:
                                    Amo as coisas simples/ Tudo que está em roda de mim/ E existe sem ninguém saber./ A humilde verdade./ Casa pobre.[xxvii]

São José do Barreiro em fins do século XIX ou princípios do século XX


* Artigo originalmente publicado no jornal O Lince, de Aparecida-SP (nova fase, ano 8, número 59, Aparecida-SP, setembro-outubro de 2014, pp. 5-7.
[i] Ribeiro Couto, ainda ausente, São Paulo, Editora do Escritor, 1982, p. 108.
[ii] Idem, p. 135.
[iii]Um homem na multidão, 2ª edição, in Poesias reunidas, Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1960, p. 138.
[iv] Idem, p. 156.
[v] Mario de Andrade, poeta do modernismo, in A Montanha Magnífica (memória sentimental de Campos do Jordão), 2º Volume, São Paulo, O Recado Editora Ltda., 1997, p. 159.
[vi] Itinerário de Pasárgada, Rio de Janeiro, Record, 1984, p. 68. Trabalho originalmente publicado em 1954.
[vii] Idem, p. 104.
[viii] Idem, p. 68.
[ix] Largo da Matriz e outras histórias, Rio de Janeiro, Getulio M. Costa, Editor, 1940, p. 14.
[x] Idem, p. 26.
[xi] Idem, pp. 27-28.
[xii] Plínio Salgado, meu pai, São Paulo, Edições GRD, 2001.
[xiii] Largo da Matriz e outras histórias, cit., p. 45.
[xiv] Prefácio, in Ribeiro COUTO, Melhores contos, Seleção de Alberto Venancio Filho, São Paulo, Global, 2002, p. 11.
[xv] O contista, o romancista e o cronista, in Vasco MARIZ (coordenador) e Milton TEIXEIRA (organizador), Ribeiro Couto: 30 anos de saudade, Santos, Editora da UNICEB, 1994, p. 216.
[xvi] Discurso de posse na Academia Brasileira de Letras (29/08/1964). Disponível em: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=12293&sid=264. Acesso em 15/08/2014.
[xvii] Longe, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1961, p. 7.
[xviii] Idem, p.67.
[xix] Idem, p. 58.
[xx] Ribeiro Couto (discurso proferido na Câmara dos Deputados na sessão de 31 de maio de 1963), in Discursos parlamentares (Volume 18 – Plínio Salgado), Seleção e introdução de Gumercindo Rocha Dorea, Brasília, Câmara dos Deputados, 1982, p. 749.
[xxi] Idem, p.67.
[xxii] Entrevista concedida ao Jornal da USP.  Disponível em: http://espacoculturalmiguelreale.blogspot.com/2007/08/entrevista-concedida-pelo-prof-reale-ao.html. Acesso em 15/08/2014.
[xxiii] Entrevista concedida ao Diário do Nordeste. Disponível em:
[xxiv] Ribeiro Couto, ainda ausente, p. 126.
[xxv] Um homem na multidão, 2ª edição, in Poesias reunidas, cit., p. 157.
[xxvi] Cumpre ressaltar que o jornalista e crítico literário Rodrigo Melo Franco de Andrade escreveu, após ter lido O jardim das confidências, que “são canções (...) todos os versos do Sr. Ribeiro Couto e é isso decerto o seu principal encanto” (Um poeta novo, in Ribeiro COUTO, Poesia, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1934, p. 211). O texto citado foi originalmente publicado no jornal O Dia, do Rio de Janeiro, a 25 de setembro de 1921, e se encontra transcrito apenas em parte na obra Poesia, que reúne os dois primeiros livros poéticos de Ribeiro Couto (O jardim das confidências e Poemetos de ternura e de melancolia). Dentre outros que assinalaram a musicalidade, aliás, evidente, dos versos de Ribeiro Couto, podemos destacar Mário Rodrigues, Ronald de Carvalho, Manuel Bandeira, Afrânio Coutinho e Ledo Ivo.
[xxvii] Idem, p. 161.

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