Foi com profundo pesar que recebemos, há
alguns dias, a notícia do falecimento do advogado, jurista, poeta, contista,
cronista, historiador, memorialista, conferencista e orador Pedro Paulo Filho, ocorrida,
em decorrência de uma parada cardíaca, no último dia 15 de novembro, em sua
residência, na cidade de Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, na região
do Vale do Paraíba paulista. Tal pesar se explica pelo fato de o inspirado
poeta e abalizado historiador e memorialista da chamada “Montanha Magnífica”
haver deixado muitas saudades entre seus parentes e amigos e ter deixado,
ademais, Campos do Jordão, a Serra da Mantiqueira, o Vale do Paraíba, São Paulo
e o Brasil mais pobres moral e intelectualmente.
Sabemos, porém, que o ilustre autor da História de Campos do Jordão e A Montanha Magnífica permanece vivo na
memória de todos aqueles que o conheceram e/ou leram suas obras, assim como
esperamos que, ao chegar ao cimo da íngreme montanha da vida, tenha esse “Homem
das Montanhas” encontrado o Cristo, Sumo Bem e Imperador do Universo, passando
a gozar, no Paraíso, da Verdadeira Felicidade, ou Eterna Beatitude, que vem a
ser a contemplação de Deus na Vida Eterna, como preleciona Santo Tomás de
Aquino [1].
Filho do comerciante Pedro Paulo e de Izabel
Cury Paulo, ambos imigrantes libaneses, nasceu Pedro Paulo Filho em
Pindamonhangaba a 04 de setembro de 1937, radicando-se, porém, em Campos do
Jordão desde as primeiras semanas de vida.
Tanto seu pai quanto sua mãe, cujos nomes tinham sido traduzidos do
árabe para o português (o pai nascera Butros Boulos e a mãe, Zabad Khoury),
tinham chegado ao Brasil em 1924 e, sofrendo de tuberculose, haviam ido alguns
anos mais tarde, em busca de cura, para Campos do Jordão, onde se conheceram,
curaram-se, casaram-se e viveram a maior parte de suas longas vidas, amando a terra
das araucárias e dos plátanos com o mesmo amor com que amavam a terra dos
cedros. Sobre esses dois imigrantes, que muito amaram não apenas Campos do Jordão,
mas também São Paulo e o Brasil e muito contribuíram para o engrandecimento do
Bem Comum, tendo, ainda, criado filhos patriotas e tementes a Deus que
igualmente muito contribuíram para o Bem Comum, escreveu Pedro Paulo Filho um
belo livro, intitulado Izabel e Pedro
Paulo: uma história de amor e coragem e publicado em 2005 [2].
Pedro Paulo Filho, esse ilustre jordanense de
Pindamonhangaba, formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie no ano de 1961, exerceu diversos cargos públicos, culturais
e políticos, na chamada “Suíça Brasileira”. Elegeu-se vereador no ano de 1959,
pelo Partido Social Progressista (PSP), de Adhemar de Barros, reelegendo-se em
1962. Em 1968, voltou a se eleger vereador, desta vez pela Aliança Renovadora
Nacional (ARENA), obtendo os votos de mais de 20% do eleitorado jordanense. Foi
presidente da Câmara Municipal de Campos do Jordão por três vezes, em 1969,
1970 e 1971, e substituiu o Prefeito
José Antônio Padovan no cargo de Prefeito Municipal por trinta dias, em 1971,
por ocasião da viagem do titular ao exterior.
Integrou Pedro
Paulo Filho os quadros de diversas instituições científicas e culturais de
grande prestígio, a exemplo do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo,
da Academia Santista de Letras, do Instituto de Estudos Valeparaibanos, da
Academia Pindamonhangabense de Letras, da Academia Valeparaibana de Letras e
Artes, da União Brasileira de Escritores, da União Brasileira dos Pesquisadores
de História e Genealogia e da Academia de Letras de Campos do Jordão, da qual
foi um dos fundadores e que presidiu por vários anos. Foi, ainda, membro
fundador do Conselho Municipal de Cultura de Campos do Jordão e recebeu, dentre
outros diplomas, aqueles de “Cidadão Jordanense” e de “Cidadão Emérito de
Campos do Jordão”, tendo sido, ainda, agraciado com a Medalha do Mérito
Municipalista, da Associação Paulista dos Municípios.
Advogado militante, foi o autor de A Revolução da Palavra consultor
jurídico da Estrada de Ferro Campos do Jordão, advogado credenciado do
Instituto Nacional de Segurança Social e do Fundo de Assistência ao Trabalhador
Rural e Procurador Geral do Município de Campos do Jordão, havendo sido,
ademais, membro-fundador e primeiro
Presidente da 84ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil, de Campos do Jordão. Escreveu
a bela Oração do advogado, publicada
no Boletim da Associação dos Advogados de São Paulo em 27 de abril de 1988. Infelizmente
não podendo transcrever por inteiro tal oração, por razões de tempo e de
espaço, transcreveremos a seguir apenas suas primeiras e últimas estrofes:
Senhor,
Confiaste-me o
privilégio de defender meus semelhantes
À imagem perene do
Teu Filho Unigênito.
Pequeno e frágil,
Oro a teus pés,
Para que o clarão da
tua presença
Ilumine os meus
passos
Aos caminhos seguros
que levam à Justiça [3].
Muitas vezes passamos, em
Campos do Jordão, nos ora já longínquos dias da infância e adolescência, pela
Avenida Pedro Paulo, que homenageia o genitor do autor de Campos do Jordão, meu amor e de Estórias
e lendas do povo de Campos Jordão. Mas apenas tomamos conhecimento da
existência deste último em princípios do ano de 2003, quando, aos dezoito anos
de idade, compramos, juntamente com alguns volumes das Obras Completas de Plínio Salgado, na Livraria ORNABI, (Organizadora
Nacional de Bibliotecas), do meu saudoso amigo Luiz de Oliveira Dias, os Anais da Primeira Semana Plínio Salgado,
obra organizada e apresentada pelo meu então futuro amigo e companheiro de
ideais e lutas Gumercindo Rocha Dorea e recomendada por “Seu” Luiz, profundo
admirador de Plínio Salgado, que fora, aliás, seu amigo e padrinho de
casamento. Em tais anais se encontra
transcrita a palestra de Pedro Paulo Filho intitulada Plínio Salgado, esse injustiçado e proferida em São Bento do
Sapucaí durante a Primeira Semana Plínio
Salgado, realizada naquela cidade entre os dias 07 e 12 de outubro do ano
de 1993.
Em Plínio Salgado, esse injustiçado, Pedro Paulo Filho, com seu vasto
cabedal cultural e seus dotes de grande artífice da palavra, fez uma ótima
síntese da vida, da obra e do pensamento do tão nobre quanto injustiçado
pensador, escritor e líder político Plínio Salgado, mais ilustre dos filhos de
São Bento do Sapucaí, que, nas palavras do autor da História de Campos do Jordão, deixou “à Pátria exemplo inolvidável
de um dos maiores pensadores políticos brasileiros e uma herança cultural
soberba”, que o elenca “entre os mais notáveis escritores do Brasil” [4]. Tendo
apreciado muito tal trabalho a respeito do autor da Vida de Jesus e de Espírito
da burguesia, logo tratamos de procurar ler algumas obras de Pedro Paulo
Filho, principiando pelos seus principais trabalhos históricos sobre Campos do
Jordão, cidade que aprendemos a amar desde a mais tenra idade e na qual não
nascemos, mas renascemos, posto que nela, em julho de 2004, nossa alma, morta
pelo punhal da descrença, renasceu ao reencontrar a Fé perdida, durante o mais
belo crepúsculo hibernal que jamais vimos e que para nós, para parafrasear Paul
Verlaine, valeu por todas as auroras deste Mundo [5].
Assim, lemos, ainda no primeiro
semestre de 2003, a História de Campos do
Jordão e, em seguida, A Montanha
Magnífica.
A História de Campos do Jordão, obra de maior tomo saída da inspirada
e fecunda pena de Pedro Paulo Filho, é um grande trabalho de sistematização dos
fatos históricos mais relevantes daquela belíssima estância climática, cujas
raízes busca aflorar, como escreveu o autor na apresentação do livro [6].
“Trabalho de grande fôlego, que ficará como marco indelével na historiografia
dessa aprazível Estância”, nas palavras do advogado e jurisconsulto Egberto
Lacerda Teixeira, que a qualificou de “esplêndida” [7], a História de Campos do Jordão é, como enfatizou o escritor e
jornalista Henrique Losinskas Alves, uma “obra clássica”, que “representa
subsídio importante para o estudo das gerações e possui rico material de
informações históricas da Estância” [8]. Ao concluirmos a leitura de tal obra,
nossa admiração por Pedro Paulo Filho, já considerável desde quando lêramos Plínio Salgado, esse injustiçado,
recrudesceu ainda mais.
Depois da História de Campos do Jordão, trabalho graças ao qual Pedro Paulo
Filho assumiu “merecidamente o posto de ‘Historiador de Campos do Jordão’”,
como escreveu o escritor Paulo Rangel [9], lemos, como há pouco observamos, a
também monumental obra A Montanha
Magnífica: memória sentimental
de Campos do Jordão,
a respeito da qual fazemos nossas as palavras do escritor e historiador Arakaki
Masazaku:
Pedro Paulo Filho,
escritor festejado, o maior historiador da Mantiqueira, demonstra, mais uma
vez, sua extraordinária capacidade de pesquisador, buscando centenas de
escritos ligados a esta terra, através do trabalho de homens de letras que
escreveram sobre este recanto do Alto da Serra,ou que aqui produziram suas
obras [10].
A Montanha Magnífica,
obra por nós já várias vezes relida, contém inúmeros estudos sobre
personalidades ilustres que estiveram em Campos do Jordão ou ali viveram e que
em geral escreveram na ou sobre a chamada “Suíça Brasileira”, que, em homenagem
ao escocês Robert John Reid, fundador do bairro jordanense de Vila Abernéssia,
que viu na paisagem dos Campos do Jordão muitas semelhanças com aquelas de sua
pátria distante, também podemos denominar “Escócia Brasileira”. Dentre tais
personalidades, podemos destacar, além do já aqui mencionado escritor, pensador
e líder político Plínio Salgado, outros notáveis escritores como Rui Ribeiro
Couto, Monteiro Lobato, Paulo Setúbal, Dinah Silveira de Queiroz, Menotti Del
Picchia, Guilherme de Almeida, Martins Fontes, Vicente de Carvalho, Dantas
Mota, Jamil Almansur Haddad, Helena Silveira, Lygia Fagundes Telles, Mário de
Andrade, Orígenes Lessa, Sérgio Milliet, Euclides da Cunha, Paulo Dantas,
Domingos Jaguaribe Filho, Nelson Rodrigues, Jorge Amado, Alberto da Costa e
Silva, Assis Brasil, José Carlos Macedo Soares, Genésio Pereira Filho, Afonso
Arinos de Mello Franco, Juò Bananère (pseudônimo de Alexandre Ribeiro Marcondes
Machado), Honório de Sylos, José de Castro Nery, Ary de Andrade, Teodoro
Sampaio, Luiz Arrobas Martins, Péricles Eugênio da Silva Ramos, Luiz Pereira
Barreto, Tulo Hostílio Montenegro, Benedito Dalmo Florence, Antônio Costella,
Adelaide Carraro e os já aqui citados Henrique Losinskas Alves e Arakaki
Masazaku. Não podemos deixar de mencionar, ainda, dentre tais personalidades,
algumas estrelas de primeira grandeza na constelação das letras jurídicas
pátrias, a saber, Miguel Reale, Alfredo Buzaid, Alexandre Corrêa e seu filho
Alexandre Augusto de Castro Corrêa, Goffredo Telles Junior e Tércio Sampaio
Ferraz Júnior; importantes políticos como Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros,
Getúlio Vargas, Carlos Lacerda, Júlio Prestes e Ulisses Guimarães, e cientistas
renomados como Emílio Ribas e Raphael de Paula Souza.
Muito aprendemos nas páginas de A Montanha Magnífica, obra em que
tivemos, aliás, nosso primeiro contato com Rui Ribeiro Couto, desde então um de
nossos escritores prediletos, e sua obra poética, tão magnífica quanto a
Montanha que muito amou e cujos bons ares curaram o seu pulmão.
O terceiro livro de Pedro Paulo
Filho que tivemos o privilégio de ler, ainda no primeiro semestre do ano de
2003, foi A Revolução da Palavra,
trabalho que se constitui, inegavelmente, numa das mais importantes obras de
Retórica já escritas em terras brasílicas. Como escreveu o Professor Admir
Ramos, membro da Academia Paulista de Direito e autor de diversas obras no
campo da Oratória, na Carta-Prefácio à 1ª
edição de A Revolução da Palavra,
Pedro Paulo Filho demonstrou, nesta obra, grande “fecundidade de conhecimento”
na matéria ali versada [11], e, como assinalou, no mesmo sentido, o escritor e
jornalista Torrieri Guimarães, tal livro, “notavelmente bem escrito” e
“ricamente documentado, com a contribuição de artistas e pensadores”, é um
autêntico “repositório de conhecimentos, cuja leitura se torna obrigatória”
[12].
Isto posto, cumpre enfatizar que os
justos elogios feitos por Admir Ramos e Torrieri Guimarães à obra A Revolução da Palavra podem ser feitos
a qualquer das obras de Pedro Paulo Filho que já tivemos a oportunidade de ler,
uma vez que todas elas são notavelmente bem escritas e ricamente documentadas, realmente
se constituindo em verdadeiros repositórios de conhecimentos, cuja leitura é
obrigatória e nos quais o autor de O
bacharelismo brasileiro e de Campos
do Jordão, o presente passado a limpo nos revela a magna fecundidade de seu
conhecimento, ou, noutras palavras, de sua cultura verdadeiramente admirável.
Segundo lemos na contracapa da 2ª
edição de A Revolução da Palavra, tal
estudo se constitui em “um apelo à preservação do homem espiritual”, que, em
nosso sentir, deve ser precedida, na maioria de nós, pela restauração do homem
espiritual e que deverá se dar, no entender do autor, pela “Revolução da
Palavra”, baseada nos ensinamentos de Cristo. Cumpre sublinhar que o vocábulo
“revolução” é aí empregado em sua concepção etimológica, astronômica e
tradicional, segundo a qual tal termo significa retorno ao ponto de partida,
ou, noutras palavras, restauração. Tal sentido foi empregado, dentre outros, por
Chesterton, que escreveu que “não há na história uma
única revolução que não seja uma restauração” [13], e por
Plínio Salgado, que, em discurso proferido na Câmara dos
Deputados, em Brasília, a 29 de abril de 1963, tendo observado que a doutrina
que pregava era revolucionária, ressaltou que “a palavra revolução, conforme
indica a sua etimologia, significa retorno”, posto que “o prefixo re quer dizer volver a alguma coisa”. Assim, segundo Plínio Salgado, “quando se dá
um desequilíbrio econômico, social ou político numa nação, urge uma revolução
para retornar ao equilíbrio perdido” [14].
O sentido dado por Pedro Paulo Filho
à “Revolução da Palavra” fica bem claro nas páginas finais de sua obra, onde,
pouco depois de haver feito suas as palavras de Victor Hugo em que o autor de Os miseráveis proclama que os filósofos
são fachos de luz, enquanto Jesus Cristo é o dia [15], faz igualmente suas as
palavras de Gerardo Mello Mourão em que o autor de A invenção do mar salienta que a palavra dada deve ser mantida, uma
vez que toda promessa é um compromisso e “toda palavra responsavelmente dita
tem carga de eternidade” [16], de modo que peca todo homem que não cumpre sua
palavra. Em seguida, observa o escritor jordanense que a “palavra de honra,
arrebatada de nossos maiores, como a mais alta expressão de dignidade humana”,
se encontra, na hora presente, “bolorenta e jazente dos quartos de despejo da morada
dos homens e da vida das nações”, sendo
tarefa urgente da
nossa geração redimi-la dos nossos pecados.
Como fazê-lo?
Vivendo a mais alta
de todas as palavras, na expressão do salmista (a tua palavra me vivifica), a
palavra que liberta, como disse o evangelista (a verdade vos libertará), a
palavra que purifica, como pregou o Santo (são palavras, é verdade, mas
purificam), a palavra que santifica, como proclamam as escrituras (santifica-os
na verdade. A tua palavra é a verdade), a palavra que anima, emanada do Senhor
(quem guardar a minha palavra, não verá a morte eternamente), e, enfim, a
palavra da comunhão, como anunciou Cristo (se permanecerdes em mim e as minhas
palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á dado).
Se alguém me ama,
pregou Jesus, guardará as minhas palavras [17].
Em
julho daquele ano de 2003, encontramos o Dr. Pedro Paulo Filho pela primeira
vez, em seu escritório no centro da Vila Abernéssia, onde tivemos uma longa e
agradável conversa com o autor de Campos
do Jordão, meu amor e lemos, pela primeira vez, alguns de seus belos e
tocantes poemas sobre a terra jordanense. Saímos de seu escritório não apenas
com os livros Estórias e lendas do povo
de Campos do Jordão (1988), Campos do
Jordão, o presente passado a limpo (1997) e Contos bem contados (1999), que nos foram dados de presente pelo
seu autor, como também com a melhor das impressões a respeito deste, que era um
homem tão fino, simpático e generoso quanto sábio e culto.
Lemos
os três livros mencionados, todos eles muitíssimo bem escritos e documentados,
em apenas dois dias, lá mesmo na “Montanha Magnífica”, e, nas páginas de Campos do Jordão, o presente passado a limpo,
encontramos a transcrição de uma carta de Plínio Salgado escrita em 05 de maio
de 1965 e dirigida ao arquiteto e artista plástico Sylvio Jaguaribe Ekman, neto do médico e escritor cearense Domingos
Jaguaribe Filho, um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico de São
Paulo, assim como um dos primeiros moradores de Campos do Jordão e um de seus
mais importantes propagandistas e um dos mais notáveis arautos do Municipalismo
em toda a História Pátria. Tal carta já fora, aliás, parcialmente transcrita no
estudo Plínio Salgado, escritor
injustiçado, que consta da obra A
Montanha Magnífica e é tão brilhante quanto a conferência Plínio Salgado, esse injustiçado, que
foi, com efeito, bastante elogiada por Maria Amélia Salgado Loureiro, filha e
biógrafa de Plínio Salgado, em carta a Pedro Paulo Filho transcrita no referido
estudo. Nesta carta, a autora de Plínio
Salgado, meu pai evoca, dentre outras coisas, o amor de seu ilustre genitor
pelas paisagens jordanenses e o fato de que foi ele, quando Deputado Estadual,
em fins da década de 1920, o responsável pela criação da rodovia que hoje se
chama Monteiro Lobato e liga Campos do Jordão a São José dos Campos. Um fato
relevante de que Maria Amélia Salgado Loureiro se esqueceu de evocar na carta é
aquele de que foi Plínio Salgado também responsável pela criação, em 1928, da
Prefeitura Sanitária de Campos do Jordão, primeiro passo para a emancipação
total da terra jordanense do Município de São Bento do Sapucaí, que ocorreria
no ano de 1934.
Transcrevemos parte da mencionada
carta de Plínio Salgado, que contém algumas das mais belas linhas já escritas
sobre Domingos Jaguaribe Filho, cognominado o “Pedro Álvares Cabral de Campos
do Jordão” e “o Patriarca do Municipalismo” pelo assinalado autor da Vida de Jesus, d’O estrangeiro e de Espírito
da burguesia [18], em pequeno estudo sobre O Município, centro das famílias, célula da Nação, que escrevemos
há alguns anos, a quatro mãos, com o jornalista paranaense Anderson Salim Calil,
e que deve ser publicado no próximo ano, em comemoração aos oitenta e três anos
do chamado Manifesto de Outubro,
documento inaugural do Integralismo, e
aos cento e vinte e anos do nascimento de Plínio Salgado, autor daquele tão
relevante quanto injustamente esquecido documento da nossa História.
Voltemos, porém, aos poemas de Pedro
Paulo Filho que tivemos o prazer de ler na tarde em que o conhecemos
pessoalmente, em seu escritório na Vila Abernéssia. Dentre eles, aqueles que
julgamos mais formosos foram Campos do
Jordão, meu amor, Vila Abernéssia,
Três sentidos, O pinheiro e O Homem das Montanhas,
além do poema em prosa Campos do Jordão,
onde sempre é estação.
Como infelizmente não dispomos de
muito tempo e espaço, conforme já assinalamos anteriormente, transcreveremos a
seguir apenas os poemas Campos do Jordão,
meu amor, Vila Abernéssia, Três sentidos e O Homem das Montanhas. Ao ler tais poemas, verificará o leitor o
fato de que Pedro Paulo Filho não é apenas um dos maiores historiadores e
memorialistas da Mantiqueira e do Vale Paraíba, mas também um de seus mais
inspirados poetas.
CAMPOS DO JORDÃO, MEU
AMOR
Verdes campos,
Embrenhados nos
confins da Mantiqueira;
Ao dia, os pássaros,
à noite, os pirilampos,
Entoando agreste
sinfonia, à ribanceira
Dos abismos de
esmeraldas e aos flancos
E às baixadas e
planícies e aos barrancos,
A serra, de silhueta
olímpica e brejeira.
Verdes campos,
Luminosos, feitos de
pedrarias,
Em manhãs hibernais e
de espantos!
Da noturna alcova,
todos os dias
Saltitavas, fresca e
aos prantos,
Que as lágrimas do
orvalho, aos cantos
Dos olhos, belos e
serenos, vertias.
Verdes campos,
Que à beira dos
córregos risonhos
E apaixonados – não
sei quantos!
Viam despencar
cascatas de sonhos
Estilhaçados – e que
foram tantos!
Loucos sonhos de
amor, santos
E malditos, puros e
medonhos.
Noites formosas,
Adornando, com seus
negros cabelos,
Veredas encantadas,
sinuosas,
Que das alturas da
Serra, pelos
Volteios dos rios,
vertiginosas,
Iam caindo,
despetalando as rosas,
Turvando as formas,
rompendo os zelos.
Noites formosas
E solitárias –
bêbadas de amor!
De brumas envoltas, vaporosas,
Prenhes de luz,
morena de cor,
Tangendo as cordas
amorosas
Do seresteiro que
canta glosas
Na musicalidade da
dor.
Noites formosas,
No dorso da Serra,
desmaiadas,
Vesperal de auroras
misteriosas,
Que um dia – doce
conto de fadas!
Em épocas longínquas,
idosas,
Em Oyaguara
seduziram, tanto em prosa
Quanto em verso,
estórias encantadas [19].
VILA ABERNÉSSIA
Desce a neblina com
seu claro manto,
Cobrindo a Vila, aos
poucos, de mansinho;
Logo as encostas,
vestidas de arminho,
Jazem brancas e alvas,
por todo o canto.
Ei-la, a Vila Nova de
antigamente,
Tendo a brancura das
noivas agora,
A distribuir nas
veredas afora,
O encanto da graça,
doce e envolvente,
Heroica Vila de
estórias contadas,
Onde o escocês Reid,
seu fundador,
Um belo dia, perdido
de amor,
Escutou falar de
contos de fadas.
A semelhança com a
terra natal
Levou Robert John
Reid a perguntar:
Por que Vila
Abernéssia não chamar,
Se o encanto é o
mesmo, a formosura igual?
De Aberdeen Reid o
prefixo grafou
E de Inverness o
sufixo extraiu,
Era a
Escócia se juntando ao Brasil
E à Vila
Abernéssia que tanto amou [20].
TRÊS
SENTIDOS
Campos do
Jordão é ver, ouvir e sentir,
Três
provas da existência de Deus.
Ver
O
azul-anil uniforme do céu,
As folhas
douradas dos plátanos,
O verde enfeitiçado
dos pinheirais,
O recorte
sensual [21] das montanhas,
A
natureza cantando as cores,
Nas
nuances, tons e matizes,
E depois
de ver, viver.
Ouvir
A
orquestração dos pintassilgos,
A
monotonia cristalina dos córregos
A brisa
leve a balançar as folhas,
O barulho
surdo da chuva no telhado,
O galo no
romper da aurora,
Anunciando
o nascer do dia,
E depois
de ouvir, sorrir.
Sentir
Saudades dos tempos de
menino,
A lembrança do beijo paterno,
A evocação das serenatas ao luar,
O doce acalanto materno,
As claras manhãs hibernais,
O mistério das noites estreladas,
E, depois de te ver, ouvir e sentir,
Campos do Jordão,
- Já posso morrer! [22]
O HOMEM DAS MONTANHAS
Sou homem
das montanhas,
Minha
fronte é erguida
E toca os
astros siderais.
Sou homem
das montanhas
Minha
coluna verga, mas não quebra
E tem a
verticalidade da vida.
Sou homem
das montanhas,
Minha face
guarda sinais de ozona
E desafia
o chicotear dos ventos.
Sou homem
das montanhas,
Meus
passos são largos, decididos,
E
pressentem os atavios do caminho.
Sou homem
das montanhas,
Estou mais
perto das estrelas
e da morada de Deus.
Sou homem das montanhas,
Tenho olhos de lince
E vejo para além dos horizontes.
Sou homem das montanhas,
Meu espírito é duro como aço
E não dobra às borrascas do destino.
Sou homem das montanhas,
Meus braços são longos e fortes
E enlaçam para a vida e para a morte.
Sou homem das montanhas,
Minhas palavras são espelho d’alma
E refletem a verdade do coração.
Sou homem das montanhas,
Deus, que dá o corpo e o espírito,
Me fez nascer em Campos do Jordão [23].
Poucos
dias depois de termos conhecido pessoalmente o Dr. Pedro Paulo Filho,
escrevemos, ainda em Campos do Jordão, um poema, que dedicamos ao poeta de Campos do Jordão, meu amor e que leva o
nome daquela bela e aprazível estância climática, terra dos verdes pinheiros,
dos plátanos de folhas douradas e das hortênsias azuis:
CAMPOS
DO JORDÃO
A Pedro Paulo Filho
Da janela contemplo as derradeiras brumas
A Pedro Paulo Filho
Da janela contemplo as derradeiras brumas
E as últimas sombras
Da fria e escura noite
Que cobre , como um negro véu duma viúva d’outrora,
A encantatória cidade montanhesa,
Suíça Brasileira,
Sem neve e com araucárias,
Helvética Rosa
Na Terra de Santa Cruz.
Parafraseando William Blake,
Clamo à manhã,
Formosa virgem adornada do mais puro alvor,
Que abra os umbrais de ouro dos céus
E desperte a alvorada nos céus adormecida.
Atendendo ao meu clamor,
Abre a manhã
Os celestes portais de ouro,
Atrás dos verdes morros cobertos de araucárias
Que erguem os braços aos céus,
Como numa prece,
Ao mesmo tempo em que faz cair
Sobre os Campos do Jordão,
O branco véu de noiva de suas névoas puras,
Tão puras quanto o azul deste céu hibernal
E o ar destas magníficas e mágicas montanhas,
Onde, a respirar o doce perfume dos pinheiros,
Pela primeira vez andei,
Pela primeira vez falei
E aprendi a rezar
Muitas das poucas orações que conheço.
Sob a límpida luz dos primeiros raios
Do sol invernal
E o alvor das neblinhas da antemanhã,
Que aos poucos se dissipam,
Caminho entre plátanos, pinheiros e hortênsias,
Pedindo ao ar, ao bom ar de Campos do Jordão
Que cure não o meu pulmão
Como
pediu o poeta d'O chalé na montanha [24],
Mas
sim o meu espírito,
O
meu atormentado espírito.
E
assim, entre sonhos e névoas,
Contemplando
a beleza das translúcidas paisagens
Da
montanha
E
ouvindo o cantar alegre dos pássaros
E
a nebulosa cascata de sons tristes
Que
sai dos crepusculares e outonais violinos e violões
Que
plangem dentro de mim,
Vou
caminhando pelas ruas e alamedas de Campos do Jordão,
Suíça
Brasileira,
Sem
neve e com araucárias,
Helvética
Rosa
Na
Terra de Santa Cruz.
No
outono de 2005, estando novamente nas montanhas jordanenses, ali escrevemos,
dentre outros poemas, um outro dedicado a Pedro Paulo Filho, assim como a
Verlaine, e intitulado Outono em Campos
do Jordão:
OUTONO
EM CAMPOS DO JORDÃO
A Pedro Paulo Filho e
Paul Verlaine
Põe-se o sol nas
fímbrias do horizonte,
Atrás das altas
montanhas
Cobertas de verdes
pinheiros.
Sob o alabastrino
manto da névoa,
Que desce dos céus
sobre a bucólica
Cidade serrana,
Vestindo de arminho
as encostas das montanhas,
Como num poema de
Pedro Paulo Filho,
Caminho contra o
vento frio,
Que leva as folhas
amareladas e mortas
Que caem dos plátanos
E que os raios d’ouro
do entardecer
Tingem de dourado,
Enquanto me recordo
de que Carlos Drummond de Andrade
Escreveu que “o
outono é mais estação da alma que da natureza ”,
E, parafraseando
Verlaine,
Digo que é outono em
minh’alma
Como é outono na
cidade.
Então, sob a branca
neblina
E as primeiras
sombras negras
Da noite que cai,
docemente,
Sobre as montanhas,
Pensando no
crepuscular poeta
Dos Poemas saturninos e dos Romances sem palavras,
Lembro-me de sua Canção d’outono
E, junto com o ruído
das folhas secas
Que piso
E o rumor do vento
que leva outras folhas secas
Para cá e para lá,
Escuto “os longos
soluços
Dos violinos
D’outono”,
Que “ferem meu
coração
Dum langor
Monótono”,
E, “todo sufocante
E pálido quando soa a
hora,
Recordo-me dos dias
d’antanho
E choro”,
Choro de saudade e
nostalgia
Daqueles dias dourados,
doces e floridos
Da alvorada de minha
peregrinação terrena,
Que não mais voltarão
E que então pareciam
longos,
Mas na verdade foram
curtos demais.
E assim “vou-me
embora
Ao vento” que não
direi mau, como Verlaine, mas bom
E “que me leva
De cá, de lá
Como uma folha
morta”,
Exatamente igual
Às que piso
E que os bons ventos
de Campos do Jordão
Levam daqui e dacolá,
Enquanto em volta de
mim
As sombras da noite
tudo cobrem
E no céu, entre alvas
neblinas e nuvens,
Surgem uma lua cheia
de pura prata
E dezenas de estrelas
de brilhante,
Que brilham como os
pirilampos que começam a cantar
No mato, perto da
linha do trem.
Pouco depois, chego
Ao elegante e
iluminado centro da Vila Capivari,
Juntamente com os
primeiros pingos
Da chuva que
principia a cair, mansamente,
Sobre a cidade
montanhesa.
Então, na minha
penumbrista e brumista
Cidade Interior,
Onde quase sempre é
outono e crepúsculo,
Nuvens de puro ouro
Começam a derramar
lágrimas
Sobre as ruas
estreitas e nevoentas,
Enquanto, no alto das
torres da Catedral,
Sinos de prata
badalam melancolicamente,
Anunciando a hora da
Ave-Maria,
Que lá fora há muito
já passou,
E me recordo, uma vez
mais,
Dos dias d’outrora
E choro,
Choro de saudade e
nostalgia
Daqueles dias
dourados, doces e felizes
Da alvorada da minha peregrinação
terrena,
Que não mais
voltarão,
Mas que talvez
estejam vivos dentro de mim,
E que então pareciam
longos,
Mas na verdade foram
curtos demais.
Embora não sejam estes os únicos poemas de
nossa lavra que dedicamos a Pedro Paulo Filho ou em que citamos o poeta
jordanense, consideramos oportuno, por razões de tempo e de espaço, não mais
transcrever aqui nenhum deles.
Depois da primeira visita que fizemos ao
historiador, memorialista e poeta de Campos do Jordão, em julho de 2003, ainda
o encontramos, nos anos seguintes, mais três vezes, as duas primeiras em seu
escritório e a última por ocasião de uma sessão da Academia Jordanense de
Letras, em que o escritor e advogado sambentista Genésio Pereira Filho, nosso grande
amigo e companheiro de ideais e membro-fundador daquela Academia, fez uma belíssima
conferência sobre a poeta Cecília Meirelles, de quem fora amigo e a quem
escolhera como patrona de sua cadeira na referida Academia. Foi nesta ocasião,
aliás, que conhecemos pessoalmente o escritor Paulo Dantas, também
membro-fundador daquela Academia, que faleceria pouco depois e de quem já então
lêramos os romances O capitão Jagunço e
Cidade enferma, este último
ambientado, aliás, em terras jordanenses.
Entre
fins de julho de 2003, quando conhecemos pessoalmente o Dr. Pedro Paulo Filho e
lemos os livros com que este nos presenteou, e este mês de dezembro de 2014 em
que escrevemos estas linhas, lemos diversos trabalhos de sua lavra, todos eles
escritos num português lapidar e revelando a profunda erudição de seu autor.
Dentre tais trabalhos, podemos destacar, além dos já aqui mencionados Izabel e Pedro Paulo: uma história de amor e
coragem (2005) e O bacharelismo
brasileiro (1997), os livros Grandes
advogados, grandes julgamentos (1989), Conto,
canto e encanto com a minha terra – Campos do Jordão – onde sempre é estação
(2003), Notáveis bacharéis na vida boêmia
(2005), Advogados e bacharéis, os
doutores do povo (2005), Famosos
rábulas no Direito brasileiro (2007), Cerejeira
em flor: a história da imigração japonesa em Campos do Jordão (2008), História da Estrada de Ferro Campos do
Jordão (2008) e Camargo Freire, o pintor
da paisagem de Campos do Jordão (2012), assim como os prefácios aos livros Uma casa, Campos do Jordão (2013), de
autoria anônima, e Poetas paulistas (2004),
coletânea de poesias de autores de São Paulo organizada por Paulino Rolim de
Moura.
Isto
posto, cumpre confessar que ainda não lemos a maior parte das diversas obras
jurídicas do Dr. Pedro Paulo Filho, a respeito das quais ouvimos, aliás,
grandes elogios proferidos por advogados ilustres. Falta-nos ler, com efeito, os
seguintes livros jurídicos do autor de O
bacharelismo brasileiro: As ações na
locação imobiliária urbana (1999), Absolvição
sumária nos crimes dolosos contra a vida (2000), Contratos no Direito brasileiro (2001), Novo Direito de Família (2003), Divórcio
e separação (2004) e Concubinato,
união estável, alimentos e investigação de paternidade (2004), estes três
últimos escritos em parceria com a esposa, a advogada Guiomar Apparecida de
Castro Rangel Paulo, mão de seu filho, Pedro Paulo Netto, advogado e
administrador de empresas.
Gostaríamos
de dispor de tempo e espaço para tratar de cada um dos trabalhos do autor de Notáveis bacharéis na vida boêmia que
tivemos a oportunidade de ler, todos eles magníficos como a Montanha em que
foram escritos, mas, como, infelizmente, não dispomos de tal tempo e de tal
espaço, encerramos aqui o presente artigo em memória de Pedro Paulo Filho,
manifestando, uma vez mais, nossa esperança de que, ao chegar ao cume da
montanha da existência, tenha esse “Homem das Montanhas” encontrado o Cristo,
princípio e fim da Pessoa Humana, passando a gozar, no Paraíso, da felicidade
eterna. Aliás, bem sabemos que esse varão de raras e excelsas virtudes não
temia a morte, pois bem sabia que é com o fim de nossa peregrinação terrena que
se inicia a Verdadeira Vida, ou, como diz a Oração
de São Francisco de Assis, “é morrendo que se ressuscita para a Vida Eterna” [25].
Assim
terminamos nossa singela, porém sincera homenagem a Pedro Paulo Filho,
historiador, memorialista e poeta de Campos do Jordão e um dos filhos mais
ilustres da terra jordanense, cujo nome permanecerá vivo, iluminando, como um
farol, a “Montanha Magnífica”, a Serra da Mantiqueira e todo o Vale do Paraíba,
de que foi e é, inegavelmente, um dos maiores intelectuais e escritores. E
roguemos a Deus, Criador e Sumo Regente do Universo, que suscite, na atual
geração e naquelas vindouras, homens com as qualidades morais e intelectuais do
autor da História de Campos do Jordão.
Victor
Emanuel Vilela Barbuy, Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira e
1º Vice-Presidente da Casa de Plínio Salgado.
São
Paulo e Campos do Jordão, dezembro de 2014-LXXXII.
[1] Suma contra os
gentios, Livro III, Capítulo XXXIX, 1. Tradução de D. Odilão
Moura O.S.B. Revisão de Luís A. de Boni, Porto Alegre, EDIPUCRS, Edições EST,
1996, volume II, p. 437.
[2] Izabel e Pedro Paulo: uma história de amor e coragem,
Pindamonhangaba, Gráfica e Editora São Benedito, 2005.
[3] Oração do advogado. Disponível em: http://www.apdcrim.com.br/#!homenagem-4/c5t5. Acesso
em 15 de dezembro de 2014.
[4] Plínio Salgado, esse injustiçado, in Gumercindo Rocha DOREA
(Organizador e apresentador), São Bento do Sapucaí, São Paulo, Espaço Cultural
Plínio Salgado, 1994, p. 25.
[5] In Jules HURET, Enquête sur l’évolution littéraire, 1ª edição, Paris, Charpentier,
1891, p. 71.
[6] História de Campos do Jordão, Aparecida, São Paulo, Editora
Santuário, 1986, p. 5.
[7] Citado na “orelha” da
contracapa do volume I da obra A Montanha
Magnífica: memória sentimental de Campos do Jordão, de Pedro Paulo Filho
(São Paulo, O Recado Editora Ltda., 1997).
[8] Citado na “orelha” da
contracapa do volume I da obra A Montanha
Magnífica: memória sentimental de Campos do Jordão, de Pedro Paulo Filho
(Op. cit.).
[9] Citado na “orelha” da
contracapa do volume I da obra A Montanha
Magnífica: memória sentimental de Campos do Jordão, de Pedro Paulo Filho
(Op. cit.).
[10] Citado na “orelha” da contracapa do
volume I da obra A Montanha Magnífica:
memória sentimental de Campos do Jordão, de Pedro Paulo Filho (Op. cit.).
[11] Carta-Prefácio
à 1ª edição, in A Revolução da
Palavra: uma visão do homo “loquens”, 2ª edição, atualizada e ampliada, São
Paulo, Edições Siciliano, 1987, p. V.
[12] Citado na “orelha” da
contracapa do volume II da obra A Montanha
Magnífica: memória sentimental de Campos do Jordão, de Pedro Paulo Filho
(Op. cit.).
[13] O que há de errado com o mundo, Tradução de Luíza Monteiro de Castro
Silva Dutra, Campinas, São Paulo, Ecclesiae, 2013, p. 42.
[14] Exposição em torno do projeto de lei agrária,
o problema da terra e a valorização do homem, in Discursos
parlamentares (Volume 18 – Plínio
Salgado), Seleção e introdução de Gumercindo Rocha Dorea, Brasília, Câmara dos
Deputados, 1982, p. 613.
[15] A Revolução
da Palavra: uma visão do homo “loquens”, cit., p. 240.
[16] Apud Pedro PAULO FILHO, A Revolução da Palavra: uma visão do homo
“loquens”, cit., p. 242.
[17] A
Revolução da Palavra: uma visão do homo “loquens”, cit., p. 242.
[18] Apud Pedro PAULO FILHO,
Campos do Jordão, o presente passado a limpo,
São José dos Campos, Vertente, 1997, p. 70.
[19] Campos do Jordão, meu amor. Disponível em: http://www.pedropaulofilho.com.br/poesias_cj.php.
Acesso em 18 de dezembro de 2014. Cumpre ressaltar que há erros de transcrição
na versão do portal citado, aparecendo, por exemplo, a expressão “noites
famosas” duas vezes no lugar de “noites formosas”.
[20] Vila Abernéssia. Disponível em: http://www.pedropaulofilho.com.br/poesias_abernessia.php.
Acesso em 18 de dezembro de 2014.
[21] Cumpre sublinhar que o
termo “sensual” não foi aí empregado no sentido de “voluptuoso”, mas sim no
sentido de que apela aos sentidos.
[22] Três sentidos. Disponível em: http://www.pedropaulofilho.com.br/poesias_sentidos.php.
Acesso em 19 de dezembro de 2014.
[23] O Homem das Montanhas. Disponível em: http://www.pedropaulofilho.com.br/poesias_homem.php.
Acesso em 19 de dezembro de 2014.
[24] Rui Ribeiro Couto.
[25] Preghiera di San Francesco d’Assisi. Disponível em: http://www.vaticanoweb.com/preghiere/preghiera_di_san_francesco.asp.
Acesso em 20 de dezembro de 2014. Tradução nossa.
1 comment:
Sinto falta integrante do belo artigo que traduz um pouco da fascinação que exerceu, sempre , sobre todos o conhecimento profundo de Pedro Paulo Filho; apenas e tão sómente da sua completa bibliografia, juntada ao texto desse autor que vivenciamos Vitor Emanuel, atual presidente do Integralismo Brasileiro.
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