Tuesday, November 15, 2011

Aymoré Ferreira – In memoriam.

Fotografias de Aymoré pequeno e já na maturidade, na capa de sua obra A Humanidade na contramão


Aymoré entre a esposa Tereza(à esquerda) e a assistente Renilde



É com profundo pesar que comunicamos a partida do nosso Companheiro Aymoré Ferreira para a Milícia do Além.

Farmacêutico, Professor de Educação Física, criador da Ginástica Psicossomática, Vereador por duas vezes em Ourinhos-SP, pelo Partido de Representação Popular (PRP), fundador e diretor do núcleo da Penha da Associação Brasileira de Cultura (ABC) e autor do livro A Humanidade na contramão, Aymoré Ferreira nasceu a 20 de março de 1918 no Patrimônio do Itaquerê, no Município de Matão, interior de São Paulo, sendo o penúltimo dos doze filhos de João Batista Ferreira e de Maria Gertrudes Ferreira. Passou os primeiros anos de vida na terra natal, depois residindo nos municípios de Xavantes e Salto Grande, em São Paulo, e Cambará, no Paraná, onde, então com cerca de dez anos de idade, trabalhou na Farmácia Santo Antônio, de Manoel Teixeira. Era, evocava ele, no “tempo em que se escrevia farmácia com ‘ph’ e o farmacêutico fazia remédio” [1].

Na época da Revolução Constitucionalista de 1932, Aymoré se mudou, com a mãe e os irmãos, para Jataí, atual Jataizinho, no Paraná, onde já residia seu pai, que ali não só plantava como também trabalhava como empreiteiro de estradas. Algum tempo mais tarde, a família retornou a São Paulo, indo residir em Pau d’Alho, atual Ibirarema, para onde voltariam depois de algum tempo residindo no Ribeirão Vermelho, no Município de Salto Grande. Em todas essas localidades, Aymoré ajudou o pai, trabalhando na roça.

Alguns anos depois, já moço e vivendo em Ourinhos, trabalhou numa empresa de beneficiamento de algodão, ao mesmo tempo em que, graças aos conhecimentos que tinha de farmácia, atendeu por diversas vezes os vizinhos, fazendo curativos e aplicando injeções sempre que necessário. Mais tarde, ainda em Ourinhos, trabalhou como encaixotador e empacotador no depósito da Drogasil, e, depois, como vendedor, na Pró Farma, de Aristides Gomes de Moraes. Em seguida, montou a própria farmácia, em sociedade com um certo Goezinho. Logo, porém, vendeu sua parte na sociedade e partiu para a cidade de São Paulo, onde realizou o Curso Oficial de Farmácia. Era o ano de 1946.

Ainda em 1946, Aymoré Ferreira, havendo concluído o curso de Farmácia, retornou a Ourinhos, onde foi trabalhar na Pró Farma e se casou com Adelina Ronche, de quem já estava noivo e que seria a mãe de seus filhos. Após a falência da Pró Farma, em 1949, nosso saudoso Aymoré adquiriu a própria farmácia, a Ourinhense, que logo adquiriu grande freguesia e prestígio, sobretudo graças à Congregação Mariana e à Sociedade São Vicente de Paulo, associações das quais era membro ativo e destacado.

Poucos anos mais tarde, o autor de A Humanidade na contramão foi apresentado ao Integralismo pelo então futuro Prefeito de Ourinhos, Domingos Camerlingo Caló. Aceitando os postulados espiritualista-cristãos, patrióticos e nacionalistas da Doutrina Integralista, sintetizados no lema “Deus, Pátria e Família”, Aymoré ingressou no Partido de Representação Popular (PRP), que, sob a liderança de Plínio Salgado, levava adiante os nobres e elevados ideais Integralistas. Tornou-se logo depois Presidente do PRP em Ourinhos, se candidatando e sendo eleito Vereador por duas vezes. Na primeira delas, graças, sobretudo, ao apoio da Congregação Mariana e da Sociedade São Vicente de Paulo, sua base eleitoral, foi, segundo conta, o segundo candidato mais votado, apenas quatro votos atrás do primeiro [2]. No primeiro mandato – e não no segundo, como, por um lapso, está escrito em seu livro [3] – foi o líder da oposição, na Câmara de Ourinhos, ao então Prefeito, José Maria Paschoalick.

Isto posto, cumpre ressaltar que o PRP foi muito forte em Ourinhos. Ao tempo do segundo mandato de Aymoré, com efeito, aquela agremiação política era a que contava com mais representantes na Câmara, e o próprio Prefeito, Domingos Camerlingo Caló, Integralista, havia sido eleito por aquele partido, em coalizão com a UDN e o PTB.

Discípulo de Plínio Salgado, cuja Vida de Jesus, saudada pelo Padre Leonel Franca como “a joia de uma literatura” [4], tinha como livro de cabeceira, Aymoré via no ilustre filho de São Bento do Sapucaí não apenas um dos grandes pensadores e doutrinadores políticos de seu tempo, como também “o maior Profeta do Século XX” [5].

Aymoré Ferreira não foi o único a ver Plínio Salgado como um grande profeta. Dentre outros que igualmente assim o viram ou veem, podemos evocar o jusfilósofo Francisco Elías de Tejada y Spínola, vulto máximo do pensamento político-jurídico tradicionalista e tomista espanhol do século XX, que saudou em Plínio Salgado “o profeta incandescente e sublime de seu povo”, “o profeta do Brasil”, agradecendo a Deus por o haver permitido “conhecer, amar, admirar” aquele insigne varão, em cuja pessoa reconhecia “um dos homens mais geniais” com quem se havia encontrado em sua existência e a “encarnação viva do Brasil melhor” [6].

Em 1959, Aymoré se mudou para a Capital Paulista, onde, na Rua São Miguel, no bairro de Vila Marieta, na região da Penha, fundou a hoje tradicional Drogaria Aymoré. Anos mais tarde, fundou o núcleo da Penha da Associação Brasileira de Cultura (ABC), no qual, durante alguns anos, foram realizadas inúmeras palestras sobre temas políticos, cívicos e culturais, além de festas-baile mensais.

Em 1994, perdeu, em curto espaço de tempo, a esposa Adelina e uma de suas filhas, Sílvia, e se casou, em segundas núpcias, com Tereza Barducco Palmeiro, prima de Adelina e também viúva. No ano seguinte, Aymoré e Tereza ingressaram no programa “Universidade Aberta à Maturidade”, da PUC de São Paulo, onde estudaram por pouco mais de dois anos. Depois disso, o casal trocou a PUC pela Universidade São Judas Tadeu, onde os chamados estudantes da Maturidade podiam frequentar as aulas de Filosofia, permanecendo ali por cerca de quatro anos.

Por essa época, Aymoré, que já havia criado a Ginástica Psicossomática e feito um curso complementar de Educação Física na FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), em São Paulo, se tornou Professor de Educação Física com registro no Conselho Regional de Educação Física de São Paulo.

A Ginástica Psicossomática, conjunto de movimentos e mentalizações visando ao autoconhecimento e ao bem-estar físico e mental, é hoje aplicada em centenas de idosos em diversos parques, igrejas e escolas de São Paulo. Aymoré a lecionou, por vários anos, quase até o fim da vida, no Clube Escola Tiquatira, no parque de mesmo nome, na Penha, chegando a ter mais de cem alunos.

Há poucos anos, foi lançado o livro A Humanidade na contramão, que reúne breve autobiografia de Aymoré Ferreira, explanação a respeito da Ginástica Psicossomática e depoimentos de parentes e admiradores do nosso saudoso Companheiro. O nome da obra se refere ao fato de que hoje vivemos num Mundo marcado pela total e absoluta inversão de valores, seguindo os povos pelo caminho contrário àquele traçado pela Natureza e pela Tradição.

Encerremos esta breve homenagem a um grande caboclo cristão batizado com o nome dado a um grande povo guerreiro de Pindorama. Aymoré Ferreira, que dedicou toda a vida ao Bem Comum, foi, antes de tudo, um bravo, forte e nobre guerreiro de Deus, da Pátria e da Família, um modelo a ser seguido por todos os jovens que verdadeiramente amam a nossa Terra, a nossa Tradição e o nosso Povo. Ele, que partiu para a Vida Eterna, entregando o Espírito nas mãos do Criador, continua também vivo em nossos corações, assim como em seu legado.

Companheiro Aymoré Ferreira! Presente!



Victor Emanuel Vilela Barbuy, Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira.

São Paulo do Campo de Piratininga, 14 de novembro de 2011.

[1] FERREIRA, Aymoré. A Humanidade na contramão. Paraisópolis (MG): IARG (Instituto Alda Ribeiro de Gerontologia), s/d, p. 16.

[2] Idem, p. 27.

[3] Idem, p. 29.

[4] FRANCA, Leonel. Carta a Plínio Salgado. In SALGADO, Plínio. Vida de Jesus. 22ª ed. São Paulo: Voz do Oeste, 1985, pp. IX/XI.

[5] FERREIRA, Aymoré. A Humanidade na contramão, cit., p. 32.

[6] ELÍAS DE TEJADA, Francisco. Plínio Salgado na tradição do Brasil. In VÁRIOS. In memoriam, vol. II. São Paulo: Voz do Oeste/Casa de Plínio Salgado, 1986, pp.47-48.

Monday, November 14, 2011

Na USP, alunos são refens de marxistas

Por Eduardo Ferraz


Escondendo os rostos com capuzes, toalhas e camisas na cabeça, uma horda de marginais equipados com pedaços de madeira e barras de ferro parecia estar se sublevando em algum complexo prisional brasileiro. Com tática similar às identificadas em rebeliões nas unidades de detenção, os marginais invadiam as salas aos berros para intimidar quem estivesse presente e procuravam por alvos pré-determinados, como as câmeras de segurança.
No entanto, era composto o punhado de vândalos por “estudantes” da Universidade de São Paulo (USP). Vestindo moletons de marcas famosas e calçados importados, os “revolucionários” invadiram o prédio da Reitoria da universidade em protesto contra a desocupação de outro prédio do campus e também contra a abordagem policial que flagrou três alunos com maconha no estacionamento da faculdade.
É fato que a Polícia Militar agiu corretamente em todos os momentos, desde a detenção dos delinqüentes que consumiam maconha – pois, apesar de infelizmente não ser mais punido com pena de reclusão, o consumo de maconha, como de qualquer outra droga ilícita, continua sendo crime – à ordeira desocupação do prédio da reitoria durante a madrugada de terça (08/11).


***

Como se fosse insuficiente apresentar provas dos sucessivos crimes praticados pelos marginais e mesmo a manifestação em favor da presença da Polícia Militar no campus organizada pelos verdadeiros estudantes da USP, é possível apresentar outros argumentos e dados que corroboram a necessidade e a legitimidade da permanência da polícia no local. Segundo dados publicados no jornal O Estado de São Paulo, por exemplo, nos poucos meses de presença da polícia no campus os furtos a veículos caíram 92,3%, os roubos tiveram queda de 66,7% e os delitos de lesão corporal diminuíram 77,8%.
A presença da polícia no campus não é um fato que se discuta! Ao contrário do que pregam os aspirantes a intelectuais do PSTU e do PCO – diretamente envolvidos no problema, a universidade não dispõe de soberania, como se fosse um país ou uma cidade-estado dentro da cidade de São Paulo. Ela dispõe de autonomia, como qualquer autarquia dedicada a uma atividade técnica. Autonomia não é soberania. A presença da polícia em qualquer lugar do Brasil não pode ser restringida em função de meia dúzia de revoltados que pretendem criar nas cidades brasileiras uma zona livre para a ação criminosa – no caso o tráfico de drogas.
Paredes da reitoria foram pixadas com ilustrações, digamos, interessantes.



PSTU e PCO, por sua vez, além de realizarem defesa pública da legalização das drogas, defendem em suas páginas e folhetos que os estudantes seus militantes resistam àquilo que chamam de “militarização da universidade”. Até mesmo um abaixo assinado que revela o nome e a localização de professores possivelmente comprometidos com a “revolução” nas diversas universidades foi disponibilizado como forma de demonstrar apoio público à ação militante do partido. O que explica então a resposta dos militantes marxistas: convocar ontem (09/11) nova assembléia e decidir pela greve geral (?) na universidade.
Veja, a pergunta é necessária: para que serve uma greve de estudantes? Em uma greve de estudantes de universidade pública não é possível identificar outro prejudicado que não seja o próprio estudante de universidade pública. A lógica é essa, se as débeis reivindicações não são atendidas, fazem os demais estudantes reféns do grupo que controla o DCE “Livre” da USP.
Felizmente estes marginais não representam sequer 3% dos estudantes da USP – quase 90 mil alunos – e não conseguiram cooptar ou contar com a simpatia dos verdadeiros estudantes universitários. É pela ação destes últimos, aliás, que a greve não é geral. Alunos do Centro de Engenharia Elétrica e da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, por exemplo, redigiram nota declarando total repúdio às ações unilaterais do DCE, a quem consideram grupos “antidemocráticos” e reforçando que não haverá adesão ou paralisação das atividades em seus respectivos perímetros.
Fica aqui registrado o repúdio aos milhares de militantes infiltrados nas universidades públicas brasileiras; que cumprem dentro das universidades objetivos estratégicos e não acadêmicos. É preciso expressar também o repúdio aos professores que subscrevem tais atitudes ilícitas, os mesmos que corroem como pragas centenas de cursos importantes para a nação, bem como a mente saudável de jovens alunos a partir das aulas de ideologização marxista.
Devem ser expulsos da universidade e levados à justiça os vândalos que violaram o código penal e cometeram crimes contra o patrimônio público, prejudicando as pessoas realmente interessadas em estudar. É preciso que pessoas lúcidas e verdadeiramente comprometidas com a ordem nacional neutralizem os marxistas nas universidades. Eles já não significam nada, estão isolados e não devem representar mais os estudantes. A atitude das pessoas honestas é a solução.

Sunday, November 06, 2011

Breves considerações sobre o PC do B


O ex-Ministro Orlando Silva, do PC do B
  •  No último dia 26 de outubro, pediu demissão do Ministério do Esporte o Sr. Orlando Silva, do PC do B, que, assim como seu partido e o ocupante anterior daquele Ministério, o Sr. Agnelo Queiroz, ex-membro do PC do B e hoje Governador do Distrito Federal pelo autoproclamado Partido dos Trabalhadores, tem sido alvo de diversas denúncias de corrupção. Como bem sabemos, não é de hoje que há comunistas corruptos e desonestos, no Brasil ou em qualquer país do Mundo. Aliás, podemos dizer que a completa desonestidade, tanto material quanto intelectual, tem sido, desde Marx [1], a regra das ações dos militantes comunistas.
  • Orlando Silva, que não pode ser confundido com o grande e saudoso “Cantor das Multidões”, já é o quinto ministro do (des)governo Dilma Rousseff a ter que deixar o cargo após haver sido acusado de corrupção, e, lamentavelmente, não vemos, na grande imprensa, críticas à “Presidenta” [SIC] pelos escândalos de desvio de dinheiro público ocorridos em seu (des)governo. Ao contrário, ainda a vemos pintada como a “competenta” [SIC] varredora, faxineira da corrupção.
  • O novo Ministro do Esporte é o Deputado Aldo Rebelo, do PC do B, o que prova que aquele Ministério se transformou em propriedade daquele partido. Rebelo, que, até onde sabemos, é um homem honesto, é, felizmente, o melhor dos líderes do PC do B e, quiçá, de toda a denominada “base aliada” do (des)governo Dilma. Profundamente incoerente com relação aos dogmas do credo marxista, tem ele um discurso acentuadamente nacionalista, havendo se oposto à criação da Reserva Raposa-Serra do Sol [2], verdadeiro atentado à Soberania Nacional, assim como tecido duras críticas às nefastas ONGs que atuam na Amazônia e ao próprio MST [3], além de sempre haver defendido a Língua Pátria e o fortalecimento de nosso poderio bélico, bem como o culto das tradições pátrias e dos formadores da Nação Brasileira, havendo, com efeito, proferido diversos discursos em homenagem a vultos históricos normalmente satanizados ou, ao menos, desprezados pelos marxistas, a exemplo de Raposo Tavares, de D. Pedro I, do Duque de Caxias e da Princesa Isabel [4]. Todos esses discursos, bem como diversos outros do novo Ministro do Esporte, poderiam ter sido proferidos por qualquer um de nós, assim como por qualquer um de nós poderia ter sido assinada a maior parte de seus artigos ou dos projetos por ele apresentados à Mesa da Câmara dos Deputados. 
  • Esperamos de todo o coração que Aldo Rebelo, chamado depreciativamente “o bandeirante vermelho” por certos “esquerdistas” [5], seja um bom Ministro do Esporte, enfrente a corrupção naquele Ministério, e continue sua cruzada nacionalista e em defesa das tradições pátrias. E esperamos, igualmente, que abandone ele o credo marxista, que nada tem que ver com as ideias que defende, e abrace a doutrina do verdadeiro nacionalismo, deixando de lado as incoerências e se tornando um “bandeirante verde”.
  •  Por falar em incoerências, é disto que mais está cheio o PC do B. O próprio Programa lançado por aquela agremiação política contém um discurso claramente nacionalista, em completo desacordo com os dogmas internacionalistas do marxismo [6]. Por outro lado, recebe aquele partido doações de empresas como Coca-Cola e McDonald’s, que, somadas ao dinheiro desviado do Ministério do Esporte e, certamente, de outras instituições controladas por aquele partido, a exemplo da UNE (União Nacional dos Estudantes), já alvo de diversas denúncias de corrupção, e da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), fazem com que aquele partido viva, financeiramente, uma das mais ricas fases de sua história. Ademais, aquela agremiação política tem servido como “legenda de aluguel” de certas “celebridades”, que certamente mal têm noção do que é o comunismo, a exemplo dos cantores Netinho de Paula, Lecy Brandão e Martinho da Vila.
  •  O mais gritante, porém, no PC do B, é a sua falsificação da história, aliás bem coerente com a linha marxista-leninista-stalinista-maoísta-hoxhaísta que, ao menos até pouco tempo, seguiu aquele partido, o qual, ao contrário do que apregoa, não surgiu em 1922, mas em 1962, como dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB), nome que recebera a partir de 1947 o antigo Partido Comunista do Brasil. A dissidência, como é bem sabido, se deu pelo fato de os então futuros pcdebistas, liderados por João Amazonas, fiéis à memória de Stálin, não aceitarem o “revisionismo” de Kruschev e do PCB.
  •  Ademais, de todas as figuras que, na propaganda do PC do B veiculada na Televisão, têm aparecido como ícones daquele partido, nenhuma delas jamais pertenceu a ele. Jorge Amado abandonara o PCB, o stalinismo e a militância comunista no início dos anos 50, ainda antes da desestalinização daquele partido. Patrícia Rehder Galvão, mais conhecida como Pagu, rompera com aquela agremiação no princípio da década de 40, trocando o stalinismo pelo trotskismo. Portinari, após uma fase de simpatia pelo fascismo, em que chegou a escrever que o Brasil necessitava de um estadista como Mussolini [7], aderiu, nos anos 40, ao então stalinista PCB, ao qual se manteve fiel até o fim de sua vida, que se deu dias antes da criação do PC do B. Oscar Niemeyer, apesar de fiel ao stalinismo até hoje, se manteve igualmente fiel ao PCB após o cisma de 1962. Carlos Drummond de Andrade apenas flertou com o comunismo por um breve período da década de 40, quando, embora não militando no Partido Comunista, foi editor, a convite de Prestes, do jornal A Tribuna, órgão daquela agremiação política, do qual logo saiu, por descordar da censura que ali havia. Drummond, que nos anos 20 fora editor do jornal Minas Gerais, órgão do liberal Partido Republicano Mineiro, e depois apoiara e servira o Estado Novo de Getúlio Vargas (1937-1945), jamais foi comunista e, inclusive, apoiou o Movimento cívico-político-militar de 31 de Março de 1964, que depôs o (des)governo demagógico de João Goulart, aliado dos comunistas [8]. Por fim, sobre Luís Carlos Prestes, Secretário-Geral do PCB até 1979 e sobre sua amante, a comunista e terrorista judia-“alemã” Olga Benário, morta em um campo de concentração alemão em 1942, não é necessário sequer comentar.
  •  Encerremos este artigo. O PC do B, que, nos anos 60 e 70, praticou o terrorismo e a guerrilha, sempre com o intuito de transformar o Brasil num país à imagem e semelhança da União Soviética de Stálin, da China de Mao Tsé-Tung ou da Albânia de Enver Hoxha, e que hoje, diante da impossibilidade de implantar em curto prazo um regime como esses no Brasil, aderiu à liberal-democracia burguesa; o PC do B, que tem se caracterizado pela completa desonestidade material e intelectual, bem coerente com o marxismo, falsa religião do ódio, da inveja e da desagregação moral e social de que é, no entanto, separado pelas diversas incoerências, sobretudo ideológicas; o PC do B, enfim, como partido de passado e presente sombrios, deve ser combatido por todas as formas legítimas, como uma ameaça ao Brasil Maior e Melhor pelo qual lutamos. E esperamos que, um dia, todos os verdadeiros nacionalistas que militam naquele partido percebam a própria incoerência e o abandonem, se tornando autênticos bandeirantes verdes.
  • Pelo Bem do Brasil!
  • Victor Emanuel Vilela Barbuy,
  • Presidente Nacional da Frente Integralista Brasileira (FIB).
  • São Paulo do Campo de Piratininga, 03 de novembro de 2011-LXXIX.
  •  [1] Sobre a desonestidade de Marx: BARBUY, Victor Emanuel Vilela. Marx está morto!. Disponível em: http://www.integralismo.org.br/?cont=781&ox=17&vis=. Acesso em 02 de novembro de 2011.
  •  [2] V. REBELO, Aldo. Raposa-Serra do Sol: O índio e a questão nacional. Brasília: Thesaurus, 2010. Tal livro reúne artigos e entrevistas de Aldo Rebelo publicados pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela revista Interesse Nacional, além de dois breves ensaios inéditos de sua lavra.
  •  [3] As críticas de Aldo Rebelo ao MST, em entrevista dada à revista Veja, podem ser lidas em: http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/politica-economia/72608-com-o-pe-na-estrada--entrevista-com-aldo-rebelo-na-veja.html. Acesso em 02 de novembro de 2011.
  •  [4] V. REBELO, Aldo. Construtores do Brasil. Brasília: Câmara dos Deputados, 2008.
  •  [5] V., por ex., FREIRE, José Ribamar Bessa. Aldo, o bandeirante vermelho. Disponível em: http://www.socioambiental.org/inst/esp/raposa/?q=node/557. Acesso em 02 de novembro de 2011.
  •  [6] PC do B. Programa Socialista para o Brasil: O fortalecimento da Nação é o caminho, o socialismo é o rumo. Disponível em: http://www.pcdob.org.br/documento.php?id_documento_arquivo=1. Acesso em 02 de novembro de 2011.
  •  [7] V. PORTINARI, Cândido. Um movimento de renovação nas Bellas Artes. In Hierarchia, Anno I, Vol. V, Rio de Janeiro, março-abril de 1932, p. 189.
  •  [8] Sobre a complexa relação de Drummond com a política: NIGRI, André. Drummond: O poeta de opiniões fortes. Disponível em: http://bravonline.abril.com.br/materia/drummond-poeta-opinioes-fortes. Acesso em 02 de novembro de 2011.