Sunday, August 30, 2009

Por um Novo Brasil!

Nunca antes na História deste País, o Senado e a Câmara dos Deputados sofreram crise tão profunda. Nunca antes na História deste País, o povo percebeu tanto que a classe política não representa a Sociedade, mas sim seus particulares e espúrios interesses, bem como os interesses ainda mais nefastos da oligarquia financeira a que está subordinada. Nunca antes na História deste País, tantas pessoas se deram conta de que nossa tão propalada “Democracia” não passa de uma politicocracia a serviço da plutocracia internacional, como, aliás, não passam de meras politicocracias a serviço da plutocracia apátrida todas as chamadas democracias modernas, que nada têm de democráticas além do nome.
Não estamos aqui apenas para exigir que o Sr. José Sarney, Senador pelo Amapá, renuncie à Presidência do Senado, mas também e acima de tudo para defender que esta pseudodemocracia, que este “manto de irrisão” apoiado em quimeras que é a liberal-democracia, dê lugar a uma Democracia Autêntica, a uma Democracia Integral onde o povo se sinta efetivamente representado. Estamos aqui, ademais, para sustentar a necessidade de substituição da presente Constituição Federal, abstrata e inautêntica como, em regra, todas as Constituições que temos tido desde 1891, por uma Constituição que emane de nossa Tradição Integral, que reflita o Espírito Nacional, que seja o espelho do País real, do Brasil profundo e autêntico e em que se sinta o cheiro de nossa terra e do sangue e do suor de nosso povo.
Estamos certos de que é absolutamente impossível mudar as Instituições sem antes mudar o Homem, pois não há que se falar em Revolução das Instituições sem antes se falar em Revolução do Homem, em Revolução Interior, em mudança de atitude da Pessoa Humana em face da realidade e dos problemas. Em uma palavra, a Nação do Porvir só poderá ser edificada pelo Homem do Porvir e o Estado Integral somente poderá ser erigido pelo Homem Integral.
Convidamos a todos aqueles que sonham com um Novo Brasil, com um Brasil Maior e Melhor; a todos aqueles que sabem honrar os antepassados e que têm consciência de Pátria, de Nação e de Tradição; a todos aqueles que rejeitam a cômoda vida burguesa e que têm a coragem, a tenacidade, o valor de lutar contra a corrente, contra o Império de Calibã, contra a Idade das Trevas em que vivemos; convidamos, enfim, a todos os homens de pensamento e de ação que pelejam contra estes tempos sombrios, para que se juntem a nós nesta verdadeira Cruzada pela restauração do Império de Ariel, que não é outro senão o do Primado do Espírito sobre a matéria e do Homem sobre a técnica.
Victor Emanuel Vilela Barbuy, Presidente da Frente Integralista Brasileira.

Saturday, August 22, 2009

Em defesa do Folclore Nacional

Por Victor Emanuel Vilela Barbuy
Neste dia 22 de agosto, data em que é celebrado o Dia Nacional do Folclore, a Frente Integralista Brasileira proclama a necessidade de revalorização de nosso Folclore, que é, com efeito, um dos mais relevantes elementos constituintes da Tradição Nacional e vem sendo cada vez mais esquecido graças à ação nefasta do espírito burguês. Este, presente em todos os estratos da Sociedade e tão fortalecido nestes tenebrosos tempos de “globalização”, tem se caracterizado, dentre outras coisas, pelo total desapego às tradições culturais pátrias e pelo culto das tradições estrangeiras, que vêm sendo importadas, a exemplo do chamado Halloween.
O Integralismo, Movimento a que pertenceram os dois mais importantes folcloristas do Brasil – Luís da Câmara Cascudo e Gustavo Barroso -, sempre defendeu a revalorização do riquíssimo Folclore Nacional e o combate sem tréguas ao cosmopolitismo avassalador sustentado pelos burgueses de todos os naipes.
Isto posto, cumpre ressaltar que a burguesia não é uma classe, mas sim um estado de espírito que se tem manifestado em indivíduos de todas as classes sociais e se caracteriza pelo comodismo, pelo hedonismo, pelo cepticismo e pelo desapego aos valores tradicionais, tais como os de Deus, Pátria e Família.
A Frente Integralista Brasileira faz um apelo a todos os brasileiros autênticos para que, honrando os nossos antepassados caídos na luta por um Brasil Maior e pela dilatação da Fé e do Império, filiem-se ao maior movimento efetivamente nacionalista do País, combatendo em defesa da Tradição, da Cultura e do Folclore Nacional.

Thursday, August 06, 2009

Tradicionalismo, Patriotismo, Nacionalismo


Por Victor Emanuel Vilela Barbuy


O presente artigo constitui a parte inicial, revista e ampliada, de O nosso nacionalismo, trabalho de nossa autoria que constará do livro sobre o Manifesto Integralista de Outubro de 1932, a ser em breve publicado por Gumercindo Rocha Dorea, e trata do nacionalismo, do patriotismo e do tradicionalismo, uma vez que o autêntico nacionalismo pressupõe o amor à Pátria e à sua Tradição, cumprindo frisar que, como ensina Martin Heidegger:
“Tudo o que é essencial e grande surgiu do fato de que o homem tinha uma pátria e estava radicado em uma tradição” [1].
Patriotismo, sentimento espontâneo e decorrente da Lei Natural, é o amor à Pátria, à Terra Patrum, Vaterland, Terra dos Pais, que é também nossa e de nossos filhos nascidos ou por nascer. Assim, parafraseando e completando Renan [2], em seu célebre aforismo sobre a Pátria, afirmamos que esta é composta dos mortos que a fundaram e consolidaram, dos vivos que a continuam hoje e daqueles que estão por nascer e a continuarão amanhã. Em uma palavra, a Pátria é o Passado, o Presente e o Futuro; o Ontem, o Hoje e o Amanhã.
Errados estão, portanto, todos aqueles que, apegados ao significado etimológico do termo, afirmam ser a Pátria somente a terra de nossos ancestrais, da mesma forma que estão errados os que a consideram somente a terra dos filhos ou, ainda, nossa e de nossos filhos.
O insigne sociólogo e pensador político patrício Alberto Torres infelizmente está entre aqueles que consideram a Pátria apenas a terra dos filhos, sustentando, em A organização nacional, que “à pátria dos pais, dos antigos, sucedeu, para o homem contemporâneo, a pátria dos filhos”, sendo a inversão do sentido de tal palavra, a seu sentir, “um dos mais belos fenômenos de progresso, na vida dos vocábulos” [3].
Isto posto, faz-se mister assinalar que Alberto Torres, que inegavelmente nos legou diversas lições admiráveis de Política, Economia e Sociologia, cometeu muitos equívocos como o acima apontado, sendo tais equívocos fruto, sem dúvida alguma, de seu desapego à Tradição, ao Passado, que, segundo ele, “em seu conjunto, representa a imperfeição” [4], cumprindo destacar que Plínio Salgado soube como ninguém, nem mesmo Oliveira Vianna, absorver as lições positivas do mestre, ao mesmo tempo em que rejeitava seus erros, sobretudo o desapego à Tradição e às bases morais de nossa formação.
Voltemos, todavia, ao conceito de Pátria. Preleciona Rui Barbosa, no célebre Discurso no Colégio Anchieta, de 1903, que esta é a “família amplificada” [5], assim a definindo pouco adiante:
“A pátria não é ninguém: são todos, e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação.
A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos nossos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade” [6].
Havendo citado Rui Barbosa, julgamos oportuno assinalar que este, longe de ser o ferrenho individualista e o liberal ortodoxo de que tanto se tem falado, foi um homem que defendeu, dentre outras coisas, a Democracia Social (que não se pode confundir com a social-democracia de inspiração marxista) e a socialização do Direito, admirando o chamado “socialismo cristão” do Cardeal Mercier, a que preferimos denominar Cristianismo Social, denominação também preferida, aliás, por Alfredo Buzaid em sua esclarecedora conferência sobre Rui e a questão social, pronunciada a 02 de setembro de 1965 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo [7].
Insta ressaltar, ademais, que Rui Barbosa morreu católico e afastado da maçonaria [8], repudiando totalmente o célebre prefácio que escrevera na mocidade, a pedido de Saldanha Marinho, para o livro O Papa e o Concílio, de Janus [9], e chegando mesmo a sair comprando os remanescentes da primeira edição de tal obra, a fim de impedir a propagação de seus erros de juventude [10].
Não podemos deixar de transcrever a admirável preleção do ínclito doutrinador tradicionalista, patriótico e nacionalista espanhol Ramiro de Maeztu y Whitney, mártir da Cruzada Espanhola de 1936/39, em sua obra Defensa de la Hispanidad, no sentido de que “a pátria é espírito”, ao que acrescenta, pouco adiante:
“A pátria é um patrimônio espiritual em parte visível, porque também o espírito do homem encarna na matéria, e aí estão para atestá-lo as obras de artes plásticas: igrejas, monumentos, esculturas, pinturas, mobiliário, jardins, e as utilitárias: estradas, cidades, vivendas, plantações; mas em parte invisível, como o idioma, a música, a literatura, a tradição, as façanhas históricas, e em parte visível e invisível, alternadamente, como os costumes e os gostos. Tudo junto faz de cada pátria um tesouro de valor universal, cuja custódia corresponde a um povo” [11].
Isto posto, cabe ressaltar que o conceito de Pátria é de natureza sentimental e geográfica, do mesmo modo que o conceito de País é meramente geográfico e que o de Nação é sobretudo histórico, cultural e racional [12].
Voltando, porém, ao patriotismo, - virtuoso sentimento que nos une à nossa Terra e ao nosso Povo e que de maneira alguma pode ser confundido com o chauvinismo, o jacobinismo ou o xenofobismo – frisamos que este não exclui de modo algum o universalismo e que, como preleciona o Papa Leão XIII na Encíclica Sapientiae Christianae, é a própria Lei Natural que nos impõe o amor devotado ao país em que nascemos e crescemos [13].
Cumpre sublinhar, entretanto, que o amor à Pátria terrena não se deve sobrepor em hipótese alguma ao amor à Pátria Celeste, a quem devemos, com efeito, a nossa maior devoção.
Isto posto, passemos à definição de nacionalismo. Este é a virtude moral que nos leva a servir e defender a Nação e seus superiores interesses, sendo importante destacar que o termo Nação, conhecido desde a denominada Idade Média, deriva do verbo latino nasci, nascer, trazendo a ideia de filiação, de origem comum.
O nacionalismo, “armadura do patriotismo”, na expressão de Yves de la Brière [14], não constitui, como ensina Antonio Messineo, apenas a virtude moral que nos inclina a amar a nossa Nação, mas também “a cumprir todos os deveres, que a piedade nos impõe para com todos aqueles que nos são unidos pela identidade de origem e cultura” [15].
Não podemos deixar de consignar que, como ensina António Sardinha – inspirado poeta e brilhante líder e doutrinador do movimento tradicionalista, patriótico, nacionalista e monárquico denominado Integralismo Lusitano – o nacionalismo supõe, “em relação ao grande conjunto humano, um universalismo”. Tal universalismo não pode e não deve ser confundido com o cosmopolitismo e o internacionalismo burguês, constituindo, em verdade, “o universalismo que a Idade Média professou e a que Augusto Comte rendia tão calorosas homenagens: a sociedade internacional restabelecida e restaurada sobre as únicas bases duradouras, - as da Cristandade” [16].
O nacionalismo tendente ao universalismo é aquele nacionalismo verdadeiro de que fala Plínio Salgado em Mensagem às pedras do deserto; é aquele nacionalismo cristão que, segundo o autor de Espírito da burguesia, “não deve ser nem exagerado nem superficial”, mas “equilibrado e profundo, justo e lúcido”, espelhando “a personalidade de uma Pátria, constituída pelo conjunto das personalidades congregadas no grupo nacional” [17].
O nacionalismo tendente ao universalismo é, enfim, aquele definido pelo Papa Pio XI como o “justo nacionalismo, que a reta ordem da caridade cristã não somente não desaprova, mas com regras próprias santifica e vivifica” [18].
A Nação, conceito eminentemente histórico, cultural e racional, conforme dissemos há pouco, é caracterizada, antes e acima de tudo, por sua Tradição, que diferencia seu povo em relação aos demais povos do Orbe Terrestre, forjando o caráter da personalidade nacional.
Formada por seus filhos e pelos Grupos Naturais a que estes pertencem e nos quais exercem melhor seus deveres e direitos, a Nação é uma entidade inconfundível, um organismo dotado de fórmula sociológica, vocação e modo de vida próprios, decorrentes de sua formação histórica e social, de seu Passado e Tradição integrais, como aprendemos nas lições de Burke, De Maistre, De Bonald, Möser, Novalis, Adam Müller, Savigny, Ranke, Oliveira Vianna, Plínio Salgado e outros mais.
A Nação é – como ensina Plínio Salgado – uma continuidade histórica, no Passado, no Presente e no Porvir, um “patrimônio territorial no espaço geográfico”, uma realidade social, uma expressão moral e ética, como conjunto de pessoas, famílias, sindicatos, corporações, municípios. “É a unidade humana diferenciada pelo meio físico, pela estrutura étnica, pelos índices culturais, pelo idioma, pelo temperamento e vocação de um povo”, podendo faltar-lhe um ou mesmo mais de um de tais elementos, como a unidade lingüística ou étnica, mas jamais “aquele espírito de grupo a que se refere Durkheim, com certo exagero, mas que nós podemos aceitar nos seus próprios limites” [19].
Não concordamos de forma alguma com René Guénon no que respeita à ideia de Nação. Enquanto o autor de A crise do Mundo Moderno condena tal conceito, vendo, com efeito, a formação das nações, das nacionalidades como um aspecto da desagregação da Cristandade [20] e, mais do que isto, como “o meio utilizado para se destruir a organização social tradicional do Medievo” [21], nós outros vemos a ideia de Nação como tradicional e defendemos a existência de uma Tradição Nacional. Concordamos, pois, com Marcello Veneziani, para quem a defesa da Identidade Nacional e da Tradição Nacional, longe de ser “uma negação da ideia de Tradição”, é como que “um defender a tradição e a identidade de um povo da erradicação e do cosmopolitismo, da colonização e da globalização” [22].
A Nação – voltando à lição de Plínio Salgado – é “consciência de Tradição, de Atitude e de Destino histórico” [23], se exprimindo politicamente numa personalidade coletiva, que tem consciência de onde veio, de onde está e de para onde deve ir [24].
No mesmo sentido, pondera Gustavo Barroso que a Nação “é a continuidade física e moral das gerações unidas pela experiência e pela sucessão dos fatos através dos séculos” [25].
O nacionalismo pressupõe, portanto, não apenas o patriotismo, mas também o tradicionalismo, isto é, a defesa da Tradição Integral que recebemos de nossos maiores e que temos a missão de entregar, de transmitir a nossos descendentes. Este tradicionalismo não se confunde com o passadismo ou o mero conservantismo, sendo, ao contrário, a continuidade no progresso e, com efeito, o único e verdadeiro progressismo, posto que as nações que perdem o sentido de sua Tradição, de sua História, de seu Passado Integral, não conseguem ser grandes no Presente e nem no Futuro e o único progresso efetivo é aquele fundamentado na Tradição. Esta, em latim Traditio, de tradere (entregar), é a transmissão, a entrega constante, através das sucessivas gerações, de um patrimônio de valores comuns, mantidos em sua essência, corrigidos sempre que necessário e incessantemente aprimorados [26], não sendo, como preleciona o magno pensador tradicionalista, patriótico e nacionalista espanhol Víctor Pradera, mártir – como Maeztu – da Cruzada Espanhola de 1936/39, apenas o Passado, mas o Passado que sobrevive e que tem condições de se fazer Futuro [27].
Neste sentido, ensina Michele Federico Sciacca:
“Uma consciência autenticamente cristã não pode colocar-se em ruptura nem em face da tradição, como o faz a revolução, nem em face do progresso, como o faz o conservadorismo. Põe-se em posição dialética em face de um e em face de outro, isto é, adota a posição justa de conservar renovando e renovar conservando, que é a dialética ou a relação que une a tradição e o progresso, porque não há progresso verdadeiro ou construtivo sem tradição e não há tradição viva e operante sem progresso; mais, a tradição, como tal, é a essência do progresso, movimento, renovação” [28].
Com efeito, Giovanni Gentile - o genial filósofo do Attualismo e doutrinador do Estado Ético, barbaramente assassinado, em 1944, pelos partigiani, vergonha da Itália – sustenta que a Tradição de um povo constitui a sua paternidade e que a rejeição da mesma relegaria os povos ao primitivismo de uma vida absolutamente rudimentar, sem memória e sem arte [29].
A Tradição é – como preleciona Arlindo Veiga dos Santos, inspirado poeta e fundador, Chefe e principal doutrinador do Patrianovismo [30] - um princípio de natureza estático-dinâmica [31].
Herder, verdadeiro pai do admirável movimento tradicionalista conhecido como Romantismo Alemão [32], define a Tradição como a “cadeia sagrada que liga os homens ao passado e que conserva e transmite tudo o que foi feito por aqueles que os precederam” [33]. Tal definição somente não é perfeita porque omite o fato de que a Tradição não liga os homens apenas ao Passado, mas também ao Futuro; une os homens não só aos ancestrais, como também aos descendentes.
Julius Evola, mestre do chamado Tradicionalismo Integral que infelizmente jamais compreendeu a verdadeira essência do Cristianismo, observa que, após a queda da Civilização Medieval, a força da Tradição passou do visível ao invisível, tornando-se uma hereditariedade que se transmite em uma secreta cadeia que une poucos a poucos [34].
Embora no Mundo Moderno e Contemporâneo os valores tradicionais tenham inegavelmente perdido força e os Estados tenham deixado de ser governados pela Tradição, esta – ao contrário do que afirma o inegavelmente genial autor de Revolta contra o Mundo Moderno – nunca se tornou invisível e jamais passou à condição de cadeia secreta que une poucos a poucos. Com efeito, a Tradição, que não é somente esotérica, mas também exotérica, sempre permaneceu e permanecerá como uma cadeia a um só tempo visível e invisível que liga muitos a muitos, sendo tradicionalista a maior parte da população de qualquer país da Terra.
É nosso dever despertar esta maioria silenciosa e lutar contra as ideias inautênticas do Mundo Moderno e Contemporâneo – Mundo da ditadura do ouro, da máquina, da técnica, do número, do capital especulativo, ou, numa palavra, Mundo da Matéria sobre o Espírito, da Burguesia sobre a Nobreza, entendidas estas últimas não como classes sociais, mas sim como estados de espírito -, restaurando o Primado da Tradição, cadeia sagrada que nos liga a nossos maiores e aos nossos descendentes e patrimônio que devemos legar, aprimorado, a nossos filhos nascidos ou por nascer.


NOTAS



[1] HEIDEGGER, Martin. Ormai solo un dio ci si può salvare. Intervista con lo “Spiegel”. Trad. italiana de A. Marini. Parma: Guanda, 1987, p. 135.
[2] Citamos de memória.
[3] TORRES, Alberto. A organização nacional. Primeira parte: a Constituição. 3ª ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1978, p. 112.
[4] Idem, p. 198.
[5] BARBOSA, Rui. Discurso no Colégio Anchieta. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1981, p. 7.
[6] Idem, p. 8.
[7] BUZAID, Alfredo. Rui e a questão social. In BUZAID, Alfredo. Rui Barbosa processualista civil e outros estudos. São Paulo: Editora Saraiva, 1989, p. 99.
[8] NOGUEIRA, Rubem. História de Ruy Barbosa. 2ª ed. Salvador: Livraria Progresso Editora, 1957, pp. 34-36.
[9] LIMA, Alceu Amoroso. (Tristão de Athayde). Estudos. Quinta série. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, S. A,, 1933, p. 232.
[10] Idem, p. 233.
[11] MAEZTU, Ramiro de. Defensa de la Hispanidad. 2ª ed. Madri: Ediciones Fax, 1935, p. 232.
[12] SALGADO, Plínio. Direitos e deveres do Homem. 1ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Clássica Brasileira, 1950, pp. 131-132.
[13] Leão XIII. Encíclica Sapientiae Christianae, dada em Roma a 10 de janeiro de 1890. Disponível (em inglês) em: http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_10011890_sapientiae-christianae_en.html. Acesso em 15 de outubro de 2007.
[14] BRIÈRE, Yves de la. Quels sont nos devirs envers la cité?. Paris: Editions Flammarion, 1930, p. 62.
[15] MESSINEO, A. La Nazione. Roma: La Civiltà Cattolica, 1944, p. 144.
[16] SARDINHA, António. Ao princípio era o verbo. 2ª ed. Lisboa: Editorial Restauração, 1959, p. 12.
[17] SALGADO, Plínio. Mensagem às pedras do deserto. 2ª ed. In SALGADO, Plínio. Obras Completas. 1ª ed., vol. XV. São Paulo: Editora das Américas, 1956, pp. 341.
[18] PIO XI. Encíclica Caritate Christi Compulsi. Disponível (em italiano) em: http://www.vatican.va/holy_father/pius_xi/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_19320503_caritate-christi-compulsi_it.html. Acesso em 15 de outubro de 2007.
[19] SALGADO, Plínio. Direitos e deveres do Homem. Op. cit., pp. 129-130.
[20] GUÉNON, René. La crisi del Mondo Moderno. Trad. italiana e intr. de Julius Evola. Roma: Edizioni Mediteranee, 2003, p. 45.
[21] GUÉNON, René. Il Regno della Quantità e i Segni dei Tempi. Trad. italiana de Tullio Masera e Pietro Nutrizio. Milão: Gli Adelphi, 2009, p. 208.
[22] VENEZIANI, Marcello. De pai para filho: Elogio da Tradição. Trad. de Orlando Soares Moreira. São Paulo: Edições Loyola, 2005, p. 130.
[23] SALGADO, Plínio. Direitos e deveres do Homem. Op. cit., p. 134.
[24] Idem, p. 132.
[25] BARROSO, Gustavo. História Militar do Brasil. 1ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1935, p. 119.
[26] SOUSA, José Pedro Galvão de; GARCIA, Clovis Lema; CARVALHO, José Fraga Teixeira de. Dicionário de Política. São Paulo: T.A. Queiroz, 1998, p. 533.
[27] PRADERA, Víctor apud SOUSA, José Pedro Galvão de; GARCIA, Clovis Lema; CARVALHO, José Fraga Teixeira de. Dicionário de Política. Op. cit., loc. cit.
[28] SCIACCA, Michele Federico. Revolución, Conservadorismo, Tradición. In Verbo, nº 123, p. 283, Madri. Apud José Pedro Galvão de; GARCIA, Clovis Lema; CARVALHO, José Fraga Teixeira de. Dicionário de Política. Op. cit., p. 533.
[29] GENTILE, Giovanni. La tradizione italiana. In GENTILE, Giovanni. Frammenti di estetica e di teoria della storia, vol. II. Florença: Le Lettere, 1992, pp. 97-98.
[30] Sobre o Patrianovismo, movimento tradicionalista, patriótico e nacionalista que prega a instauração, no Brasil, de uma Monarquia Tradicional, orgânica e social: SOUSA, José Pedro Galvão de; GARCIA, Clovis Lema; CARVALHO, José Fraga Teixeira de. Dicionário de Política. Op. cit., pp. 408-409; LIMA, Alceu Amoroso. (Tristão de Athayde). Estudos. Quinta série. Op. cit., pp. 299-309; MALATIAN, Teresa. Império e missão: um novo monarquismo brasileiro. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2001.
[31] SANTOS, Arlindo Veiga dos. Ideias que marcham no silêncio... São Paulo: Pátria Nova, 1962, p. 43.
[32] Sobre o Romantismo Alemão: BARBUY, Heraldo. A nação e o romanstismo. In BARBUY, Heraldo. O problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio/Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP), 1984, pp.259-291.
[33] HERDER, Johann Gottfried apud VENEZIANI, Marcello. De pai para filho: Elogio da Tradição. Op. cit., p. 113.
[34] EVOLA, Julius. Heidnischer Imperialismus. II ed. italiana revisada com Imperialismo pagano. Roma: Edizioni Mediteranee, 2004, p. 197.



BIBLIOGRAFIA


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