Por Victor Emanuel Vilela Barbuy
O século XIX foi o século burguês por excelência. Foi o apogeu desta civilização inautêntica cujo cadáver carregamos hoje e caracterizada pela crença inabalável nos mitos do progresso indefinido [1], do cientificismo, do tecnicismo e do economicismo e por um imperialismo fundado no poderio econômico e militar e justificado pela crença supostamente científica na superioridade irredutível de determinados povos sobre outros.
O século XIX foi marcado, assim como o século que o precedeu, pelo progresso técnico, econômico e científico e pela decadência moral, ética e social; pela absurda ideia de que se constrói o futuro rejeitando o passado e de que o Homem de então era superior a seus antepassados, ideia ainda seguida por aqueles que não percebem que não há verdadeiro progresso sem Tradição e de que não se torna uma Nação maior vilipendiando a memória daqueles que a fundaram.
O século XIX foi o século, por fim, das visões unilaterais do Universo e do Homem; da rejeição de toda ordem transcendente; das legislações inautênticas, avessas aos espíritos nacionais, às constituições não escritas que são as tradições integrais das nações; do destronamento de Cristo e da entronização do dinheiro, do número e da máquina.
Ninguém representa melhor o século XIX do que Karl Marx, o eterno burguês, defensor do materialismo absoluto, que acreditou como poucos nos mitos do cientificismo, do tecnicismo e do progresso indefinido, tudo explicou pelo fator econômico, e foi um homem profundamente racista e etnocêntrico e um apologista do imperialismo, do mesmo imperialismo que seus discípulos, a partir de Lênin, tanto condenariam, a despeito de praticá-lo com impressionante brutalidade.
As concepções de Marx são, como ressalta Giovanni Gentile, concepções rigorosamente econômicas e materialistas para as quais "tudo aquilo que é humano é econômico, e ninguém tem o direito à existência se não é [economicamente] útil" [2], não atentando para o fato de que o fator "econômico não é humanidade, mas instrumento do homem", sendo útil tão somente enquanto serve a este [3]. Com efeito, como aduz Carl Schmitt, em O conceito do político, o sistema marxista é um sistema antes de tudo econômico, intentando pensar economicamente e permanecendo, por conseguinte, "no século XIX, o qual é essencialmente econômico" [4].
Nascido Moses Kiessel Mordechai Levi Marx a 5 de maio de 1818 na bucólica cidade renana de Trier, também conhecida como Trèves, seu nome francês, o futuro criador do socialismo "científico" era descendente, tanto pelo lado materno quanto pelo paterno, de importantes rabinos e talmudistas. Seu pai, o advogado Hirschel Marx, se converteria ao protestantismo, juntamente com toda a família, exceto a esposa, em 1824, mudando o nome para Heinrich em virtude das restrições então impostas aos não protestantes em geral e aos judeus em particular no Estado prussiano. Este, que anexara a católica Renânia após o Congresso de Viena, em 1815, reservava os cargos públicos aos protestantes, sendo que o pai de Marx era advogado do Estado.
Criado na Igreja Evangélica Prussiana, de orientação luterana, e ateu desde a juventude, após uma fase em que aparentou ser um cristão fervoroso, Karl Heinrich Marx, nome que recebeu ao ser batizado, foi, porém, como observa o intelectual anarquista judeu Bernard Lazare, "um talmudista lúcido e claro a quem as minúcias da prática não traziam qualquer embaraço. Um talmudista que se devotou à sociologia e aplicou as suas qualidades de exegeta à crítica da economia política animado pelo antigo materialismo hebraico" [5].
Marx foi o criador de uma ideologia essencialmente burguesa e somente compreensível enquanto fruto da árvore da burguesia, ideologia inautêntica que subsiste graças tão somente a seu caráter religioso [6]. Neste sentido, preleciona Heraldo Barbuy em Marxismo e Religião:
"Dentre as afirmações do marxismo, algumas são inverificáveis; outras, puderam ser confrontadas com a experiência e foram pela experiência refutadas. Mas no marxismo, tanto as proposições inverificáveis, quanto as que foram refutadas pela experiência, funcionam como um sistema religioso. As críticas racionais e a contestação do marxismo pelos fatos, têm sido completamente inúteis em face da eficiência que o sistema tira de seu caráter religioso" [7].
Ao contrário dos sistemas científicos, que perdem a vigência a partir do momento em que deixam de coincidir com a realidade, "os grandes credos coletivos não vivem", como observa o autor de O problema do Ser, "pela força de suas supostas verdades ou erros científicos, e sim pela fé que despertam" [8].
Como diria Guerreiro Ramos, em artigo publicado no Jornal do Brasil a 25 de novembro de 1979, o marxismo é "um culto popular", que "não é teoria nem ciência". O marxismo, afirma o sociólogo baiano, "é a mais influente força obscurantista da história contemporânea, que dificulta o esforço de ordenamento da vida nacional e internacional. Nos chamados regimes socialistas, onde o marxismo prevalece como ortodoxia, reina o obscurantismo e a chatice" [9].
O autoproclamado socialismo "científico", aliás cem vezes mais utópico do que o socialismo a que os marxistas denominam "utópico", é uma religião inautêntica que tem em Marx o seu profeta, em O Capital e no Manifesto Comunista seus livros sagrados, no proletariado seu "povo eleito" e no comunismo seu paraíso.
Também é uma religião o bolchevismo, como, aliás, bem notou Plínio Salgado, que, em O sofrimento universal, sublinhou que a luta que este abrira contra as religiões no país dos sovietes fora "um movimento ao qual podemos denominar sem receio de erro: o grande movimento religioso da Rússia" [10].
O caráter religioso do bolchevismo, ainda mais pronunciado que o do próprio marxismo, se dá sobretudo em razão da influência que este recebeu do espírito profundamente místico da Santa Rússia e de seu povo.
Isto posto, insta ressaltar que o bolchevismo constitui, em diversos aspectos, - como o voluntarismo, o antiimperialismo e a ideia de que o partido comunista se constituiria na vanguarda do proletariado, incapaz de fazer a "revolução" por si próprio - a própria negação das ideias de Marx, um determinista que acreditava que a massa faria a "revolução" por si mesma no momento em que chegasse ao limite a exploração capitalista e, além disso, um defensor do colonialismo. Além do mais, o bolchevismo, ideologia em que se pode sentir algo do cheiro da terra da pátria de Ivã, o Terrível, e de Pedro, o Grande, bem como do sangue e do suor de seu sofrido povo, foi, em diversos momentos, usado como mero instrumento do expansionismo russo, do mesmo expansionismo que Marx – homem profundamente russófobo – tanto temia e condenava. Por ironia do destino, o nome do pensador antipan-eslavista e antitsarista de Trier serviu de bandeira de luta para os tsares vermelhos do Kremlin, que, em nome do socialismo "científico", praticaram a política pan-eslavista e perseguiram o sonho de realizar, por meio da III Internacional, o antigo mito da Terceira Roma.
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Nietzsche viu no Cristianismo uma religião de escravos alicerçada no ressentimento, na inveja e no ódio por tudo aquilo que é grande e belo. Nós, por nossa vez, consideramos – da mesma forma que Max Scheler [11]– que o magno poeta-filósofo de Assim falava Zaratustra jamais compreendeu o verdadeiro sentido do Cristianismo, que é, com efeito, praticamente o contrário daquilo que julgava ser. Ou melhor, cremos que em certos momentos o profeta do Super-Homem até compreendeu, ainda que não integralmente, a mensagem de Cristo, julgando, porém, que ela houvesse sido deturpada por Paulo, a quem se referia como "o ódio de chandala encarnado, feito gênio, contra Roma, contra 'o mundo'", "o judeu, o eterno judeu par excellence" [12].
Isto posto, afirmamos que tudo aquilo que o autor de O anticristo e de A genealogia da moral escreveu contra o Cristianismo, ou contra aquilo a que denominava "cristianismo de Paulo", cai como uma luva para a fé antinatural criada por Marx, o eterno burguês, que se baseia no ódio de morte a tudo aquilo que é superior e nobre.
Marx e Nietzsche partiram ambos da dialética senhor-escravo. O autor de A ideologia alemã defendeu os escravos e seu modelo de Homem é o homo oeconomicus, o mesmo homo oeconomicus de seus mestres liberais Adam Smith e David Ricardo. Já o autor de Vontade de poder defendeu os senhores e, inspirado no "Único" de Stirner e no "Homem do Futuro" de Wagner, engendrou o Super-Homem, o Além do Homem.
Marx teve o mérito de apontar os erros e mazelas do capitalismo, este desumano sistema que engendrou a luta de classes, mercantilizou a propriedade e dessacralizou o Mundo, o transformando em um vasto mercado dominado pelo poder nefasto do dinheiro e que contém em si os germes da própria destruição. O autor de O Capital diagnosticou bem as doenças do Mundo Contemporâneo, mas o remédio que prescreveu para combatê-las causou mais males à Sociedade do que elas próprias.
Nietzsche, por seu turno, teve o mérito de combater o liberalismo, o coletivismo, o cientificismo, o comodismo e a ditadura do ouro, do número e da máquina, ou, em uma palavra, a civilização burguesa. Errou, porém, ao lutar contra o Cristianismo e divinizar o Homem. O sistema por ele criado é, da mesma forma que o marxista, uma religião: a religião do Super-Homem, do Eterno Retorno, da Vontade de Poder e da transmutação de todos os valores.
Tanto Marx quanto Nietzsche foram homens extremamente egocêntricos. O primeiro foi definido pelo poeta Heinrich Heine como um "deus ateu de si mesmo" [13] e nada é preciso dizer sobre o segundo, autor de Ecce Homo, verdadeiro monumento de egolatria escrito quando já se manifestavam claramente os sinais da demência que o destruiria.
Plínio Salgado, em alusão ao épico germânico medieval Nibelungenlied (Canção dos Nibelungos), principal das fontes que inspiraram Wagner a compor a monumental Trilogia do Anel, observa que os homens atrofiados de Marx, meras peças da grande máquina da Coletividade, não passam de anões de Nibelungen, ao passo que os homens hipertrofiados e divinizados de Nietzsche não são senão gigantes da montanha. Nós, que partimos de uma visão integral do Universo e do Homem, afirma em seguida o preclaro pensador patrício, "não queremos nem o anão, nem o gigante, mas, apenas, o Homem", "o Homem Integral" [14].
Havendo feito referência a Nietzsche, julgamos oportuno assinalar que foi este um filósofo em toda a extensão de significado que tal termo comporta, ao passo que Marx jamais passou de um pensador medíocre, consideravelmente inferior, por exemplo, a seus rivais "esquerdistas" Proudhon, Bakunin, Dühring, Lassale e Bruno Bauer, sem falar no seu próprio amigo Engels. O autor de O crepúsculo dos ídolos foi, ademais, um grande poeta, sobretudo em prosa, sendo Assim falava Zaratustra certamente o mais belo poema em prosa da Literatura alemã, enquanto o autor da Crítica à Filosofia do Direito de Hegel jamais passou de um poeta fracassado.
Chegou Marx a crer, com efeito, na juventude, que sua tragédia em versos, Oulanen, tornar-se-ia um novo Fausto
[15]. Por essa época, enviou um poema ao Deutscher Musenalmanach (Almanaque Alemão de Musas), de Leipzig, que não o publicou. Resolveu então presentear o pai com toda a sua coleção de versos, mas este não apreciou muito a poesia do filho, afirmando que teria uma grande tristeza caso o visse como um "poetastro qualquer" [16]. Em 1841, dois poemas seus foram publicados no Athenaeum, de Berlim. Selvagens, apocalípticos e repletos de ódio, violência, vontade de destruição e ideias macabras como pactos de suicídio e pactos com o demônio [17], tais poemas, embora carentes de valor literário, têm importância na medida em que neles já estão presentes vários dos princípios do credo marxista.
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Marx foi um grande plagiário. Quase todos os seus ditos mais célebres foram, com efeito, copiados de outros pensadores. De Marat, tomou as frases "Os trabalhadores não têm pátria" e "Os proletários não têm nada a perder senão suas correntes". De Heine, pegou a frase "A religião é o ópio do povo". De Louis Blanc, proveio a fórmula "De cada um de acordo com suas habilidades, a cada um de acordo com suas necessidades". De Karl Schapper, roubou o lema "Trabalhadores de todo o Mundo, uni-vos!" e de Blanqui a expressão "ditadura do proletariado" [18]. O próprio Manifesto Comunista tem sido apontado, por intelectuais como Enrico Labriola, Georg Brandes, Georges Sorel e Tcherkezichvili, como sendo quase que integralmente um mero plágio do Manifesto Democrático de Victor Considerant, socialista "utópico" francês. Brandes chega a afirmar, aliás, que o Manifesto Comunista é "praticamente uma mera tradução [do manifesto] de Victor Considérant"
[19].
Um dos mais graves defeitos de Marx, herdado, aliás, pela absoluta maioria de seus seguidores, é a mais completa desonestidade intelectual, que não se manifesta tão somente nos plágios, mas também no emprego das citações em seus trabalhos. Citemos as palavras do filósofo alemão Karl Jaspers:
"O estilo dos escritos [de Marx] não é o estilo da investigação, ou seja, a constante evocação das instâncias contrárias, a procura de fatos que falam contra a própria tese; mas esses escritos proclamam, de forma inequívoca, a verdade agora definitiva, e só apresentam o que a confirma. Constituem um pensamento de advogado de defesa e não um pensamento investigador, porém um pensamento de advogado que tem a certeza da verdade perfeita não em bases científicas, mas em virtude de fé" [20].
Em 1885, dois estudiosos de Cambridge produziram um artigo para o Clube Econômico de Cambridge intitulado Comentários sobre o uso dos Livros Azuis por Karl Marx no Capítulo XV de "Le Capital". O texto, produto de um estudo realizado com base na edição francesa revisada de O Capital (1872-75), demonstrou que o referido texto de Marx apresenta um desapreço quase criminoso no uso das fontes", permitindo que consideremos quaisquer "outras partes do trabalho de Marx com suspeição". Foi demonstrado, com efeito, que no capítulo de O Capital em apreço, algumas citações dos Livros Azuis da Biblioteca do Museu Britânico haviam sido "convenientemente reduzidas pela omissão de passagens que poderiam ser levantadas contra as conclusões que Marx tentava estabelecer". Ao mesmo tempo, Marx inseriu "citações fictícias" em sentenças isoladas contidas em diferentes partes de um relatório, e que, para burlar o leitor, eram colocadas "entre aspas invertidas com toda a autoridade das citações dos próprios Livros Azuis" [21].
No discurso inaugural da Associação Internacional dos Trabalhadores, em 1864, Marx adulterou criminosamente um trecho da mensagem orçamentária do Primeiro Ministro Britânico, William Gladstone, de 1863. Gladstone dissera que "veria quase com apreensão e dor este inebriante crescimento da riqueza e do poderio se acreditasse que está circunscrito à classe conservadora. A condição média do trabalhador, temos a felicidade de sabê-lo, melhorou nos últimos vinte anos, em um grau que sabemos extraordinário e que podemos quase qualificar como sem paralelo na história de qualquer país e de qualquer época" [22]. Marx, por seu turno, com a completa desonestidade intelectual que lhe era tão peculiar, fez Gladstone afirmar que "este inebriante crescimento da riqueza e do poderio está totalmente circunscrito à classe conservadora" [23].
A desonestidade intelectual está, contudo, muito longe de ser o único defeito de Marx. O grande deturpador da dialética hegeliana e criador da religião ateia do ódio, da violência e da baixeza moral que é o chamado socialismo "científico" foi um homem profundamente cínico, mesquinho, invejoso, interesseiro, violento, desleal e preguiçoso. Na juventude, teria portado irregularmente armas de duelo e tomado parte em pelo menos um duelo, além de ter passado um dia preso por desordens noturnas e embriaguez [24]. E mesmo com mais de quarenta anos, em 1860, ao se encontrar com Bruno Bauer, em Londres, Marx, após muito beber, pôs-se a atirar pedras nos lampiões, fugindo a toda brida assim que viu a polícia se aproximar [25].
O barbudo burguês de Trier jamais foi um operário ou mesmo pisou em uma fábrica e sempre foi profundamente hostil àqueles que o haviam feito, isto é, aos operários que adquiriam consciência política, em virtude de suas ideias moderadas de como se chegar a uma Sociedade mais justa, totalmente avessas ao extremismo de Marx [26].
Ao contrário do que sustentam diversos inocentes úteis, Marx, que chegou a gastar parte substancial da herança que recebeu do pai armando trabalhadores belgas [27], sempre foi um apologista da violência. No Manifesto Comunista, sustentou que os objetivos dos comunistas "só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente" [28]. No ano seguinte, dirigindo-se ao governo prussiano, disse: "Nós somos impiedosos e não pedimos clemência de vocês. Quando a nossa vez chegar, não disfarçaremos o nosso terrorismo". Em 1850, o Plano de Ação que distribuiu na Alemanha igualmente encorajava o emprego da violência: "Longe de nos opormos aos assim chamados excessos, aqueles exemplos de vingança popular contra indivíduos odiados ou edifícios públicos que adquiriram odiosas memórias, nós devemos não apenas perdoar tais exemplos, mas ainda dar a eles a nossa ajuda" [29]. Mais tarde, em O Capital, defendeu que "a violência é a parteira de toda velha sociedade que está prenhe de uma nova" [30].
Na luta contra os adversários políticos, Marx sempre seguiu o princípio maquiavélico segundo o qual os fins justificariam os meios. Impossibilitado de destruir o prestígio de Bakunin, cuja influência sobre os trabalhadores temia e invejava profundamente, o pensador socialista, com o intuito de desmoralizar publicamente o adversário, acusou, na Neue Rheinische Zeitung (Nova Gazeta Renana), o líder anarquista russo de ser um agente secreto da polícia tsarista, dando como fonte documentação que segundo ele estaria em mãos da escritora Amandine Aurore Lucile Dupin, mais conhecida pelo pseudônimo de George Sand. Ao tomar conhecimento da calúnia contra Bakunin, George Sand, indignada, exigiu de Marx imediata retratação e este se justificou afirmando que assim procedia "para defender o movimento socialista dos governos capitalistas" [31].
Com efeito, podemos afirmar, com Paul Johnson, que toda e qualquer coisa que aconteceu na União Soviética sob o regime de Stálin já estava prefigurada quase cem anos antes no comportamento de Marx [32]. Afirmamos, aliás, que a única diferença existente entre o "Guia Genial dos Povos" e o místico ateu de Trier reside no fato de que o primeiro chegou ao poder, se transformando no Tsar ou Cã Vermelho, ao passo que seu mestre jamais chegou sequer perto disso. E a mesma comparação poderíamos fazer entre Marx e Mao Zedong, o "Grande Timoneiro" da "Revolução" (anti)Chinesa, o Imperador Vermelho que fuzilou milhões na "Revolução" (anti)Cultural e matou ainda mais de fome durante o "Grande salto para a frente", que deveria ter se chamado "Grande salto para trás".
Nenhuma vítima de Marx foi, porém, maior do que a própria família. Dos seis filhos que teve com a esposa, Johanna "Jenny" von Westphalen, três morreram ainda na primeira infância, vítimas do estado de penúria a que foram submetidos por conta da leviandade e irresponsabilidade do pai, e dois outros - as filhas Eleanor e Jenny Laura – se suicidaram em 1898 e 1911, respectivamente. A outra filha, a jornalista Jenny Caroline, morrera, ao que parece vítima de câncer, em janeiro de 1883.
O último dos filhos de Marx a morrer foi Frederick "Freddie" Demuth, produto da relação extraconjugal do pensador "alemão" com a criada Helena "Lenschen" Demuth (que nunca recebeu um centavo de Marx) e cuja paternidade fora assumida por Engels para evitar um escândalo. "Freddie", que nasceu em 1851 e faleceu em 1929, só viu Marx uma única vez em sua vida.
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Em A questão judaica (1844), Marx afirma:
"Qual é o fundamento secular do judaísmo: A necessidade prática, o interesse egoísta.
Qual é o culto secular praticado pelo judeu? A usura. Qual o seu Deus secular? O dinheiro.
Pois bem, a emancipação da usura e do dinheiro, isto é, do judaísmo prático, real, seria a autoemancipação de nossa época.
(...) A emancipação dos judeus é, em última análise, a emancipação da humanidade do judaísmo.
(...) O judeu se emancipou à maneira judaica não só ao apropriar-se do poder do dinheiro como também, porque o dinheiro se converteu, através dele e à sua revelia, numa potência universal, e o espírito prático dos judeus no espírito prático dos povos cristãos. Os judeus se emanciparam na medida em que os cristãos se fizeram judeus.
(...) Qual era o fundamento da religião hebraica? A necessidade prática, o egoísmo.
(...) O Deus da necessidade prática e do egoísmo é o dinheiro.
O dinheiro é o Deus zeloso de Israel, diante do qual não pode prevalecer outro Deus.
(...) O Deus dos judeus se secularizou, converteu-se em Deus universal. A letra de câmbio é o Deus real dos judeus" [33].
O autor dos Manuscritos econômico-filosóficos, porém, jamais pode se emancipar do "Deus zeloso de Israel", que, segundo ele, se converteu, por meio da ação dos judeus, no "Deus universal" da sociedade burguesa. Suas egoísticas cartas à família e a Engels estão repletas, com efeito, de pedidos de dinheiro. Uma delas, escrita a Engels em princípios do ano de 1863, quando este perdeu Mary, sua companheira, quase pôs termo à amizade que unia os dois criadores do socialismo "científico".
Na referida carta, Marx dizia que ficara surpreendido e transtornado com o falecimento de Mary, que lembrava ser uma pessoa muito boa, de "humor sereno" e apegada ao amigo, mas logo em seguida passava egoisticamente a ocupar Engels com suas dificuldades econômicas. E assim concluía a carta: "De certo, sou horrivelmente egoísta contando-lhe minhas dificuldades em tal circunstância. Mas o remédio é homeopático; um mal expulsa o outro. E, afinal de contas, que posso fazer? Não poderia ter morrido, em lugar de tua Mary, minha mãe, que anda mal de saúde e já viveu bastante? Veja, a que pensamentos extravagantes chegam os homens, ditos civilizados, quando são oprimidos por certas circunstâncias" [34].
Engels sentiu-se bastante mal ao ler a carta de Marx, especialmente em virtude de haver recebido, após o falecimento de Mary, a afetuosa solicitude de diversos amigos dos quais não esperava tanto. E assim escreveu a Marx: "Você achou que esse momento era oportuno para fazer prevalecer seu gélido modo de pensar" [35].
Alguns dias mais tarde, Marx escreveu a Engels procurando se justificar e demonstrar arrependimento e então o autor de A origem da família, da propriedade privada e do Estado o perdoou, de modo que as relações entre os dois coautores do Manifesto Comunista voltaram a ser aquelas de sempre [36].
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Foi em nome dos ideais de Karl Marx que uma minoria organizada de agitadores fez a "Revolução" (anti)Russa de 1917, bem como todas as demais "revoluções" ditas socialistas do século XX, responsáveis pelo extermínio de mais de cem milhões de pessoas, vítimas dos fuzilamentos, das torturas, da fome e das doenças provocadas pela miséria.
Fora em nome das ideias de Jean-Jacques Rousseau que outra minoria de agitadores profissionais fizera a "Revolução" (anti)Francesa de 1789, que em poucos anos foi responsável pela execução de dezenas de milhares de pessoas, sem contar as vítimas das guerras civis e da chamada "Guerra Revolucionária", por ela provocadas, enquanto a tão demonizada Inquisição Espanhola em trezentos e trinta anos matou, segundo os mais insuspeitos historiadores, cerca de três mil pessoas.
Além de terem sido os principais inspiradores dos dois mais nefandos levantes contra a Tradição e a Ordem Natural das últimas centúrias, Rousseau e Marx têm mais semelhanças do que se imagina. Como frisa Henri de Man, a influência do autor de Do contrato social sobrevivia em Marx muito mais do que este admitia [37].
Consoante aduz o filósofo russo Nikolai Berdiaeff, "ao mito democrático do povo soberano, criado por Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx opõe o mito socialista do proletariado, classe messiânica, também intérprete da vontade geral, destinada a libertar e a salvar a humanidade". A despeito de se revestir de um caráter "manifestamente mitológico" e de se constituir em uma "sobrevivência inconsciente da visão israelita do povo eleito por Deus", a teoria marxista da luta de classes está um pouco menos distante da realidade do que a teoria de Rousseau, que imagina "uma vontade geral, infalível e soberana do povo na democracia. Esta infalibilidade, Marx transmite-a do povo soberano ao proletariado – mas, em verdade, nem num nem noutro ela existe" [38].
Felizmente, Oswald Spengler está certo: "Há já bastante tempo que Rousseau está esquecido. Marx o será em breve" [39].
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Não podemos encerrar o presente artigo sem abordar, ainda que sucintamente, a questão do racismo de Marx, bem como sua defesa do colonialismo europeu e estadunidense do Norte, produto da visão profundamente eurocêntrica do poeta fracassado de Trier.
A 15 de fevereiro de 1849, Marx publicou, na Neue Rheinische Zeitung, um artigo defendendo a agressão imperialista dos Estados Unidos da América contra o México, enaltecendo os estadunidenses do Norte como representantes da civilização e do progresso e atacando Bakunin, defensor dos mexicanos, por seu sentimento humanitarista. Acentuando o dinamismo da nação da bandeira das treze listras, Marx sustentou que não constituíra nenhum desastre o fato de "a bela Califórnia" haver sido "arrancada das mãos dos preguiçosos mexicanos". "A independência de alguns californianos pode sofrer com isso, a justiça e outros princípios morais podem ser feridos – mas isto conta, diante de tais realidades que são o domínio da história universal?", se indagava o amoral criador do marxismo [40].
Em 25 de junho de 1853, em célebre artigo publicado no New York Daily Tribune, Marx, dentro da visão eurocêntrica que lhe era tão peculiar, atacou virulentamente a cultura, a religião e a estrutura social da Índia, considerada um exemplo sólido daquilo a que denominava "despotismo oriental". O artigo, que trata a rica e profunda civilização indiana como bárbara e selvagem, contém o elogio do colonialismo britânico, "instrumento inconsciente da história" ao provocar a "revolução" que, segundo ele, fizera ruir o edifício da sociedade indiana [41]. Não é necessário dizer que tal juízo estava totalmente equivocado, já que o edifício da sociedade indiana ainda está de pé e a maior parte dos indianos permanece fiel às origens, cultuando os Deuses e cumprindo os deveres inerentes à sua casta de acordo com o Código de Manu.
Em outro artigo publicado no New York Daily Tribune, este a 8 de agosto do mesmo ano, Marx afirmou que a Índia não tinha História. "O que chamamos história não é senão a crônica de invasores sucessivos que fundaram impérios na base dessa sociedade imutável e não resistente". É o Ocidente, para o místico ateu e burguês de Trier, quem deve introduzir a História na Índia [42].
Ora, a sociedade indiana, que nada tem de não resistente, tanto que, invadida por diversos povos, sempre conseguiu se manter fiel às suas tradições, somente não teria História caso a História fosse, como na absurda visão marxista, a história da luta de classes, já que a sociedade indiana, fiel aos preceitos do Hinduísmo, jamais conheceu tal aberração.
Isto posto, não podemos deixar de destacar o nosso integral repúdio à ignorância de Marx em face da civilização indiana, uma das mais antigas e importantes da História, que produziu joias como os Vedas, os Upanishads, os Puranas, o Bhagavad Gita, o Mahabharata e o Código de Manu, sem falar em todas as invenções, incluindo o número zero e os chamados numerais indo-arábicos.
A civilização que Marx mais atacou, porém, não foi a indiana, mas sim a russa, pela qual o falso profeta de Trier alimentava ódio verdadeiramente irracional, que, como frisa Meira Penna, não se encontra somente em sua concepção de um modo de produção particular, o denominado "despotismo oriental", que escaparia totalmente às leis da dialética determinista, dividida em três fases: feudalismo, capitalismo e socialismo. Esse modo de produção tornaria a Rússia, bem como a China, a Índia e outros países, "imune à ação das forças que conduzem, pela própria dialética das 'leis férreas da História', ao triunfo futuro do comunismo" [43].
Para Marx, o russo era "o bárbaro das margens gélidas do Neva" e a Rússia, o "bizantinismo mais terrível e mais bárbaro que há", um país em que, como ressalta em sua propositalmente olvidada obra A questão do Oriente, "por sua tradição, suas instituições e sua situação é semiasiático". A Rússia é, para o intelectual apátrida de Trier, "a barbárie russo-mongol em nome da qual os pan-eslavistas se preparam para sacrificar oito séculos de participação efetiva à civilização" [44].
Em 1848, em artigo publicado na Neue Rheinische Zeitung, Marx pregou a "guerra revolucionária" contra a Rússia, que, segundo ele, deveria "virilizar" o povo alemão e permitir-lhe expandir para o Leste a sua civilização em um sacrifício libertador. "Às frases sentimentais que se nos oferecem em nome das nações contrarrevolucionárias da Europa, respondemos: o ódio aos russos foi e permanece a primeira paixão revolucionária dos alemães... Salvaguardaremos a revolução por um terrorismo decidido em relação a esses povos eslavos". "Sabemos agora", acrescentava ele, "onde estão os inimigos da revolução: na Rússia e nos países eslavos da Áustria" [45].
Nas páginas que escreveu sobre a Rússia, tanto em livros quanto em jornais, Marx sempre atacou virulentamente o país dos tsares, sustentando que este tinha origens bizantinas e tártaras e que estavam em Gêngis Cã e na Horda de Ouro as origens do poder e do expansionismo do Kremlin. Em sua pouco conhecida obra A Rússia e a Europa – Revelações sobre a história diplomática do século XVIII (1857), livro profundamente antirrusso em que defendeu a tese de que a Inglaterra estava por trás da transformação da Rússia em potência mundial, Marx afirma:
"É na lama sangrenta da escravidão mongol e não na rude glória da época normanda que nasceu a Moscóvia, da qual a Rússia moderna é apenas a metamorfose" [46]
Curioso é saber que Marx – que em suas páginas sobre a Rússia, cheias do mais apaixonado ódio e onde sustenta princípios tão estranhos às suas teorias materialistas quanto a defesa da Civilização Ocidental – acreditava fielmente na absurda lenda do testamento de Pedro, o Grande, programa apócrifo que o fundador de São Petersburgo haveria deixado a seus sucessores para a conquista do Mundo [47].
Como dissemos há pouco, o nome de Marx, por ironia do destino, se transformou em bandeira de luta dos seus mais odiados inimigos, justificando a política expansionista russa que ele tanto combatera. Isto se torna, aliás, mais grave caso concordemos com o juízo de alguns no sentido de que a "Revolução" (anti)Russa de 1917 foi o triunfo da Rússia tártara contra a Rússia europeizada, a vingança de Kazan contra a Moscóvia, ou, a exemplo de Spengler, julguemos que na Rússia de 1917 rebentaram duas "revoluções", a "branca" e ocidentalizada e a "de cor", representante do "bolchevismo asiático" e que, sob o regime de Stálin, teria suplantado a primeira [48].
Julgamos oportuno concluir esta breve exposição a respeito do racismo e do eurocentrismo de Marx, citando um trecho de uma das diversas cartas suas que contêm passagens extremamente racistas. Esta carta, escrita a Engels em 30 de julho de 1862, é talvez a mais célebre e reveladora de todas. Nela, se referindo ao líder socialista Ferdinand Lassale, Marx escreveu:
"Está completamente claro para mim agora que ele, como é provado por sua formação cranial e seu nariz, descende de negros do Egito (supondo-se que sua mãe ou avó não tenha cruzado com um negro). Agora esta união de Judaísmo e Germanismo com uma substância negra básica deve produzir um produto peculiar. A impertinência do camarada é também própria de Crioulo" [49].
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Somos contra Marx porque, assim como Giovanni Gentile, "somos contra o liberalismo que ele combatia, mas de cujo espírito se pode dizer que ele foi o mais franco, o mais lógico representante" [50].
Marx, que, no plano econômico, foi discípulo de Adam Smith, do banqueiro judeu David Ricardo e dos fisiocratas franceses, acreditou combater a burguesia, mas na verdade nunca se libertou do espírito burguês dominante em seu tempo. E, aliás, caso estivesse certa a sua tese no sentido de que "a natureza dos indivíduos depende das condições materiais que determinam sua produção" [51], isto é, da classe social a que pertencem, ele seria burguês, e, por conseguinte, seu ideário seria também burguês.
Marx está morto. O marxismo, religião nascida do liberalismo e da civilização burguesa, fruto do século XIX e somente compreensível enquanto tal, está morto desde que a Humanidade ultrapassou a época do tear mecânico e dos lampiões de gás. É somente em certos países da África e da Ásia e na denominada América Latina que Marx e seu nefando credo ainda são levados a sério pelos intelectuais. Vinte anos após a queda do Muro de Berlim, marco da ruína, na Europa, do sistema que mais matou e oprimiu na História, promovendo a igualdade entre os Homens tão somente na escravidão, ainda carregamos o cadáver putrefato desta ideologia espúria, baseada nos mais baixos instintos do Homem e destinada a permanecer para sempre na latrina da História.
Seremos verdadeiramente grandes apenas quando nos livrarmos de tal cadáver, o que se dará tão somente quando erradicarmos as fontes do marxismo, que são o espírito burguês e o sentimento de revolta dos injustiçados pelos desmandos do desumano sistema capitalista. Seremos verdadeiramente grandes quando fizermos triunfar o Espírito da Nobreza, restaurando o Primado da Tradição e, ao mesmo tempo, substituirmos o atual sistema político, econômico e social por outro mais justo, solidário e fraterno, que sirva à Pessoa Humana e não seja servido por ela.
NOTAS:
[1] Sobre o mito do progresso: BARBUY, Heraldo. O mito do progresso. In BARBUY, Heraldo. O problema do Ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio/ EDUSP, 1984, pp. 101-118.
[2] GENTILE, Giovanni. Economia ed etica. In GENTILE, Giovanni. Memorie italiane e problemi della filosofia della vita. Florença: G. C. Sansoni – Editore, 1936-XIV, p. 285.
[3] Idem, p. 287.
[4] SCHMITT, Carl. O conceito do político - Teoria do partisan. Trad. de Geraldo de Carvalho. 1ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, p. 91.
[5] LAZARE, Bernard. Antisemitism – It's History and Causes. Lincoln: University of Nebraska Press, 1995, p. 157.
[6] Sobre o caráter religioso do marxismo: BARBUY, Heraldo. Marxismo e Religião. 2ª ed. São Paulo: Editora Convívio, 1977; BERDIAEFF, Nicolas. O marxismo e a religião. Prefácio e trad. de Duarte de Montalegre. Coimbra: Mensagem, 1948.
[7] BARBUY, Heraldo. Marxismo e Religião, cit., p. 15.
[8] Idem, loc. cit.
[9] RAMOS, Guerreiro, apud DOREA, Gumercindo Rocha. Posfácio. In SALGADO, Plínio. Manifesto de Outubro de 1932 (Edição do Cinquentenário). São Paulo: Editora Voz do Oeste, 1982, p. 72.
[10] SALGADO, Plínio. O sofrimento universal. 3ª ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, p. 28.
[11] SCHELER, Max. Das Ressentiment im Aufbau der Moralen. Frankfurt am Main: Klostermann, 1978.
[12] NIETZSCHE, Friedrich. Der Antichrist. In Nietzsche Werke, v. 13.
Ed. por Giorgio Colli e Mazzino Montinari. Berlim, Nova Iorque: Walter de Gruyter, 1969, p. 244.
[13] Citamos de memória.
[14] SALGADO, Plínio. A Quarta Humanidade. 1ª ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1934, p. 109.
[15] , Paul. Intellectuals. Nova Iorque: Harpers Perennial, 1990, p. 54.
[16] CHIERICATI, Cesare. Marx. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1975, p. 7.
[17] JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., loc. cit.
[18] Idem, p. 53.
[19] BRANDES, Georg. Ferdinand Lassale. Nova Iorque: Bernard G. Richards, 1925, p. 115.
[20] JASPERS, Karl. Razão e anti-razão em nosso tempo. Trad. de Álvaro Vieira Pinto. Disponível em:
http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/smartsection/item.php?itemid=53. Acesso em 12 de novembro de 2009.
[21] JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., p. 67.
[22] GLADSTONE, William, apud JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., p. 66.
[23] MARX, Karl, apud JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., p. 67.
[24] CHIERICATI, Cesare. Marx, cit., p. 7.
[25] Idem, p. 14.
[26] JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., p. 60.
[27] Idem, p. 74.
[28] MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. 5ª ed. Rio de Janeiro: Vitória, 1963, p. 62.
[29] MARX, Karl, apud JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., p. 71.
[30] MARX, Karl. O capital. II vol. São Paulo: Nova Cultural (Col. Os Economistas), 1985, p. 286.
[31] Cf. PONTES, Ipojuca. Sobre a moralidade de Karl Marx. In Jornal da Tarde, São Paulo, 20/10/2001.
[32] JOHNSON, Paul. Intellectuals, cit., loc. cit.
[33] MARX, Karl. A questão judaica. Trad. e apres. de Wladimir Gomide. Rio de Janeiro: Achiamé, s/d, pp. 41-43.
[34] MARX, Karl, apud CHIERICATI, Cesare. Marx, cit., p. 63.
[35] ENGELS, Friedrich, apud CHIERICATI, Cesare. Marx, cit.,loc. cit.
[36] Cf. CHIERICATI, Cesare. Marx, cit.,loc. cit.
[37] MAN, Henri de. Le Socialisme constructif. Trad. francesa de L. C. Herbert. Paris:Éditions Alcan, 1933, p. 43.
[38] BERDIAEFF, Nicolas. Le Christianisme et la lutte des classes.Trad. francesa de I. P. H. M. Paris: Éds. Demais, 1932, pp. 30-31.
[39] SPENGLER, Oswald. La decadencia de Occidente: Bosquejo de una morfología de la Historia Universal. Trad. espanhola de Manuel G. Morente. Buenos Aires, México: Espasa-Calpe Argentina S.A., 1952, Tomo II, p. 588.
[40] Marx, Karl, apud PONTES, Ipojuca. Sobre a moralidade de Karl Marx, cit.
[41] MARX, Karl, apud PENNA, J. O. de Meira. A ideologia do século XX. 2ª ed. São Paulo: IL/ Nordica, 1994, pp. 191-192
[42] MARX, Karl, apud PENNA, J. O. de Meira. A ideologia do século XX, cit., p. 193.
[43] PENNA, J. O. de Meira. A ideologia do século XX, cit., p. 183.
[44] MARX, Karl, apud , J. O. de Meira. A ideologia do século XX, cit., p. 185.
[45] MARX, Karl, apud , J. O. de Meira. A ideologia do século XX, cit., p. 187.
[46] MARX, Karl, apud , J. O. de Meira. A ideologia do século XX, cit., p. 189.
[47] PENNA, J. O. de Meira. A ideologia do século XX, cit., p. 188.
[48] SPENGLER, Oswald. Anos de decisão. Trad. Herbert Caro. Porto Alegre: Edições Meridiano, 1941, pp. 184-185.
[49] MARX, Karl, apud WHEEN, Francis. Karl Marx. Trad. de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 58.
[50] GENTILE, Giovanni. Economia ed etica, cit., p. 293.
[51] Citamos de memória.
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